História Eugenia
Por: Monique da Silva • 15/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.486 Palavras (6 Páginas) • 490 Visualizações
Eugenia
O objetivo da ciência eugênica é o objetivo de seleção racial e aperfeiçoamento.
Como isso já aconteceu na história da humanidade? Aconteceu e especificamente na Educação Física Brasileira houve uma relação muito forte entre a ciência eugênica e os processos de implantação da Educação Fisica no Brasil entre os anos 1920 e 1930, principalmente através de Fernando de Azevedo;
A Educação Física se estabelece no Brasil sob medida de grande influência do pensamento higienista, na medicina higienista, que cuidava da higiene dos corpos, da limpeza, mas associada a eugenia com objetivo de seleção e aperfeiçoamento racial no Brasil. Isso tem um significado especial, porque o Brasil é um País mestiço, então quando se pretende fazer da ciência eugênica uma forma de ciência protuberante no Brasil, não está querendo nada mais do que eliminar algo que era considerado absolutamente nocivo para nós, sermos mestiços, e a Educação Física no Brasil terá essa função, e vai ser vista como principal agente promotor desse aperfeiçoamento racial, como veículo do embranquecimento da sociedade brasileira este é o passado triste da Educação Física.
A grande preocupação do Brasil como todo, era a preocupação de ordem eugênica, ou seja, a principal preocupação desses intelectuais especialistas era a regeneração racial do povo brasileiro. E quando isso vai ser possível? Renovando geração em geração. Fazendo que cada geração seja mais perfeita que a anterior. O objetivo da eugenia era a regeneração racial. Essa é a grande preocupação que muitos intelectuais entendem que o Brasil tem um sério problema com a formação racial.
Quando o texto se refere “as qualidades hereditárias dos indivíduos das gerações” indicam a preocupação dessa ciência chamada eugenia com a formação racial, enquanto eles acreditavam que enquanto no Brasil as gerações fossem formadas por indivíduos mestiços era uma geração fadada ao fracasso.
Os intelectuais da época acreditavam que enquanto a população fosse formada, por sua maioria, por mestiços, o Brasil estaria fadado ao fracasso. Isso porque a gente tinha como espelho de perfeição a sociedade europeia e essa sociedade (Itália, Alemanha e França) formada por sua grande maioria por brancos, com pouquíssimas presença de negros ou mulatos. Na Europa tudo dando certo, no Brasil não! Era formado por índios, negros e brancos. E essa mistura racial segundo esses intelectuais era um dos motivos do fracasso do Brasil como País. Como não era branco como a Europa, racialmente estávamos fadados ao fracasso. Essa tese desse problema relativo a mestiçagem se faz presente na derrota de 50. Muitos jornais da época de 1950, atribuíram ao fato da seleção brasileira ser formada por negros a derrota do Brasil para o Uruguai. O Brasil celebra hoje uma mestiçagem que durante muito tempo foi considerado como problema,
Na seleção de 30 foi proibido a presença do negro na copa, e a desculpa era: “não faremos o País passar vergonha na Europa”.
A eugenia tinha um objetivo de formar gerações futuras racialmente forte (que no caso são os brancos). Proibição ou a tentativa de proibição de reprodução de indivíduos considerados racialmente fracos. Objetivo muito claro: embranquecer o País com esses indivíduos racialmente fortes, então trata-se de um projeto de renovação de geração em geração, até chegar a geração forte. A medida que você minimiza a possibilidade desses indivíduos cruzarem entre si, você vai diminuindo essa geração considerada fraca. Criando essas novas gerações brancas, eles acreditavam que um dia o Brasil inteiro estaria assim, substituindo essas gerações é o que Hitler tentou fazer na Alemanha;
Um povo se enfraquece e degenera quando no seu seio, os inferiores tem mais filhos que os capazes e bem dotados. Enquanto os fracos continuarem procriando o Brasil está fadado ao fracasso.
Pessoas bonitas, fortes e sadias devem procriar mais, os que vão supostamente gerar uma raça superior.
As mulheres serão um elemento importante nesse projeto, porque gerarão filhos. Umas das formas de educar as mulheres é fazer com que pratique exercícios físicos para que possa gerar filhos saudáveis e gerando filhos saudáveis a geração se renova. Temos a pescrição de exercícios físicos com intenção de tornar essa mulher a obreira da vida, exerciocios físicos aqueles não considerados muito violentos. A mulher provavelmente não poderia lutar boxe, jogar futebol, só jogos, só dança, nenhuma luta, nada porque era considerado incompatível com a delicadeza feminina. Em 1940, o futebol feminino foi proibido no Brasil, e tinha um decreto claro: esporte considerado violento era proibido para a pratica feminina. Tinha a mulher como reprodutora de indivíduos fortes. Havia dentro da ginástica e da Educação Física uma diferença muito grande entre os exercícios para os homens e os para mulheres.
Os intelectuais eugenistas possuíam a necessidade de ter os movimentos eugênicos no Brasil, mas tem um lugar que este precisa aterrissar: na escola, porque na escola iria se expandir para a sociedade. E realmente a escola tem esse poder de homogeneizar algumas coisas, porque é um instrumento de educação, o conteúdo que se põe ali, tem um objetivo de propagação maior.
Vai ser um problema a educação a partir dos ideias eugênicos é que a Educação Física, segundo Fernando de Azevedo, precisa necessariamente estar vinculada à medicina. Fernando de Azevedo, vai entender que o professor de Ed. Física, a aula dele precisa ser orientada pelo médico. A figura do professor de Educação Física nessa época, digo tendência eugênica, era secundaria, antes dele vem o médico, e mais importante quem prescreve exercícios sãos os médicos, quem avalia se os professores estavam dando uma aula adequada eram os médicos, era uma aula absolutamente voltada para essa tentativa de formação de uma raça forte, mas a partir da medicina, portanto, não possuía pedagogia, era visto apenas como promotora da saúde desses corpos robustos e saudáveis.
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