AÇÃO DA VIGILÂNCIA EPIDEMOLÓGICA EM IRAS
Por: leosobr • 6/5/2018 • Trabalho acadêmico • 2.843 Palavras (12 Páginas) • 253 Visualizações
CURSO DE ENFERMAGEM
AÇÃO DA VIGILÂNCIA EPIDEMOLÓGICA EM IRAS
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO_________________________________________________________1
O QUE SÃO IRAS ______________________________________________________2
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES PRIMÁRIAS _________________________________4
AÇÃO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM IRAS__________________________5
CONCLUSÃO _________________________________________________________7
REFERÊNCIAS ________________________________________________________8
INTRODUÇÃO
De acordo com Nogueira et. al. (2014), as doenças infecciosas presentes na assistência hospitalar foram expostas durante o século XX, à vista disso, foi observada a necessidade de indicadores de controle nas instituições hospitalares. Dessa forma, as infecções hospitalares começaram a ser contidas de maneira metódica nos países mais desenvolvidos. Desde a metade da década de 90, a expressão “infecções hospitalares”, foi modificada para “infecções relacionadas à assistência em saúde” (IRAS), sendo essa nomeação uma extensão conceitual que engloba todo e qualquer tipo de infecção relacionado à assistência em todos ambientes.
A diminuição dos episódios de doenças infecciosas foi uma grande conquista no decorrer deste século. Porém, em certas regiões do mundo, mais precisamente em países pouco desenvolvidos, as doenças transmissíveis ainda se proliferam, deixando consequências nos indivíduos afetados, ou mesmo levando à óbito. (BRASIL, 1975).
As doenças transmissíveis, até hoje no Brasil, continuam sendo a maior causa de morte em meio a população infantil. Tais doenças são passíveis de serem contidas através de vacinação, e por esse motivo, ainda continua a tirar vidas de muitas crianças (FORATTINI, 1976).
Sabe-se que existe diversas estratégias para a melhoria deste problema, de acordo com peritos, uma destas estratégias é o aumento da cobertura da população pelos sistemas de infraestrutura de saúde, de cada região, usando ao máximo todos os recursos oferecidos. Todavia, para que os recursos disponíveis sejam plenamente aproveitados, se faz necessário uma reestruturação da equipe de saúde para que novas funções sejam assumidas. Uma das vertentes mais indispensáveis desta questão, é a aplicação dos princípios epidemiológicos, no fornecimento de serviços de saúde. O estudo das propagações de doenças é extremamente úteis para o planejamento, aplicação e avaliação de serviços de saúde, sejam eles em hospitais ou na comunidade. Em alguns países que estão em desenvolvimento, assim como o Brasil, ainda existe uma necessidade de um melhor aproveitamento dos recursos hospitalares. Sendo assim, os conceitos epidemiológicos, possuem um grande valor em todas as etapas de fornecimento de assistência médica e de enfermagem, principalmente em relação a doenças infecciosas (ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD, 1976).
É importante lembrar que as infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS), possuem uma influência sobre a mortalidade hospitalar, custos e tempo de internação.
O crescimento de situações que levam a internações de pessoas em estados graves e com o sistema imunológico comprometido, acrescido ao aparecimento da resistência a antimicrobianos, atribui às IRAS especial magnitude para a área da saúde pública. Para mais, como foi dito anteriormente, os países menos desenvolvidos apresentam maior número de IRAS, podendo ser 20% superior aos países mais desenvolvidos (ALLEGRANZI et. al, 2011).
Alguns fatores que contribuem para este cenário são: a falta de recursos humanos, uma estrutura física inapropriada para serviços de saúde e a insuficiência de conhecimento dos métodos para controle de IRAS. Considerando as ocorrências de IRAS como um obstáculo da saúde pública, a OMS (Organização Mundial da Saúde), recomenda que as autoridades responsáveis pelos setores de saúde, qualifique uma agência para a administração de um programa no ramo nacional, o qual terá que estar associado aos demais objetivos da saúde (PITTET, 2008).
Este trabalho tem por objetivo expor os principais pontos a respeito das IRAS, bem como os métodos que devem ser utilizados para evitar a ocorrência de IRAS nas instituições hospitalares. Para tanto será evidenciada a importância da Vigilância Epidemiológica no controle das IRAS.
O QUE SÃO IRAS
A infecção hospitalar pode ser também classificada como institucional ou ainda mais abrangente, como IRAS (infecções relacionadas à assistência a saúde), que, conforme a Lei nº 9.431 de 1997, é todo e qualquer tipo de infecção contraída após uma internação de indivíduos em hospitais, e que se apresente no período de internação, ou ainda, após a alta hospitalar (BRASIL, 1997).
De acordo com o Ministério da Saúde, Portaria nº 2.616 de 1998, a infecções hospitalares são consideradas como sendo de alto risco para os pacientes em internação nos hospitais, sua prevenção e contenção englobam vários padrões de classificação de vigilância sanitária, assistência hospitalar, entre outras, as quais são utilizadas em todo Estado, município e hospitais, relacionados ao seu funcionamento (BRASIL, 1998).
As IRAS (infecções relacionadas à assistência a saúde) representam ocorrências adversas ainda resistentes nos setores de saúde, provocando um considerável aumento dos custos com os cuidados dos indivíduos internados em instituições hospitalares, além de que, promovem uma elevação na duração do período de internação, e na taxa de mortalidade nos serviços de saúde (ANVISA, 2013c).
Já que as IRAS são uma grande ameaça entre os pacientes, é dever dos serviços de saúde agir com muita cautela para que seja possível minimizar os riscos de contração das IRAS, ou ainda, minimizar os efeitos colaterais das mesmas quando elas não conseguem ser evitadas ANVISA, 2013a).
Vale ressaltar que existe uma relação crítica entre a segurança do indivíduo em internação, a ocorrência de IRAS e a particularidades dos serviços de saúde. Já que a prevenção e a administração das IRAS são praticáveis, não se deve medir esforços para que novas estratégias e métodos de prevenção sejam desenvolvidos, em uma busca constante de evolução da qualidade assistencial e proteção dos pacientes (ANVISA, 2013a).
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