A Importância da Atuação de Enfermagem na UTI

 A importância da atuação de enfermagem na UTI

Catarina Aguiar de Almeida^[1]

Karina Cascique (orientador)^[2]

RESUMO

Estudo qualitativo que objetivou compreender os significados atribuídos pelos técnicos de enfermagem ao trabalho em uma unidade de terapia intensiva de um hospital-escola. Das informações obtidas, surgiram as seguintes categorias: o cuidado ao ser humano como finalidade do trabalho dos técnicos de enfermagem, o desgaste no cotidiano do processo de labor, trabalhar em equipe, experiência que traz sentimentos ambíguos e criando uma identidade com a unidade. Os resultados demonstraram que os pesquisados vivenciam sentimentos como: sofrimento, impotência, prazer, cansaço e estresse. Dessa forma, é fundamental que o labor seja flexível e auxilie os trabalhadores no enfrentamento dos problemas cotidianos.

Palavras-chave: Equipe; UTI; capacitação; enfermagem; departamento;

1 INTRODUÇÃO

Nas instituições de saúde e principalmente nos hospitais, o serviço de enfermagem desempenha um papel central no processo de tratamento de cada unidade. Quando se trata de pacientes graves internados em unidades de terapia intensiva (UTI), esse cuidado é considerado complexo e especial.

 No Brasil, as primeiras UTIs foram introduzidas na década de 1970 e tornaram-se unidades especializadas consideradas muito sofisticadas. Para manter ou prolongar a vida humana, foi necessária a aquisição de dispositivos cada vez mais complexos.

Assim o trabalho tem como objetivo discutir sobre a temática, visando ter por mais interesse por parte dos profissionais a terem um olhar mais  cirúrgico sobre a área de UTI, resultando em mais conhecimento e ditando fatores de resolução para as dificuldades encontradas.

 Foi também necessário completar os recursos humanos que ali trabalham constantemente. As unidades de terapia intensiva são locais que visam tratar pacientes graves e de alto risco e devem possuir recursos materiais e humanos que possibilitem monitoramento contínuo, tratamento rápido e eficaz de acordo com o objetivo individual comum de recuperação.

 A importância do trabalho em equipe de enfermagem e saúde na unidade de terapia intensiva é essencial para a qualidade efetiva do cuidado aos pacientes e seus familiares. Todos os dias, os profissionais enfrentam desafios relacionados com a complexidade técnica dos cuidados que prestam, incluindo as exigências dos pacientes, dos familiares, muitas vezes dos médicos, e das instalações.

 Na maioria dos ambientes de saúde, um enfermeiro geralmente lidera o gerenciamento e a supervisão das operações, com os técnicos de enfermagem cuidando da maior parte do atendimento direto ao paciente. São estes técnicos que realizam as atividades mais difíceis, cansativas e necessárias ao cuidado do paciente, como higiene, alimentação, medicação, curativo e outras atividades essencialmente manuais.

 Observa-se também que o trabalho nas unidades de terapia intensiva está majoritariamente voltado para a ajuda orientada pelo modelo biomédico, ou seja, ao organismo e às doenças do paciente, muitas vezes esquecendo-se de outros fatores que influenciam a formação e o desenvolvimento da doença.

 Para conseguir uma ajuda humanizada é necessário criar oportunidade para a existência daqueles outros fatores que fazem parte da vida, da história, das emoções, da cultura, do estilo de vida de uma pessoa. Portanto, é importante que toda equipe de saúde que atua em unidade de terapia intensiva considere os princípios norteadores do cuidado.

Nesse sentido, é importante compreender os próprios sentimentos enquanto trabalhador de saúde desta unidade para poder ter empatia com os sentimentos dos pacientes e seus familiares.

1.1 O PROBLEMA

Como a equipe de enfermagem pode atuar com efetividade devido a sua

importância enquanto profissional?

1.2 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Estudar os vínculos predominantes da equipe de enfermagem e o desempenho

com sua prática hospitalar, para análise de competência na UTI.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

• Compreender a enfermagem atuante no setor da unidade de

terapia intensiva.

• Analisar a competências da temática por meio qualitativo.

• Verificar o que está em funcionamento perante as atividades

atribuídas para a equipe de enfermagem.

• Entender meios de melhorias nas práticas de enfermagem na

UTI.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Metodologia

O trabalho trará em sua base de pesquisa a revisão literária onde foi buscado informações em artigos de 2012 a 2022 com suas temáticas semelhantes trazendo também autores que fazem ênfase aos conhecimentos sobre o papel do enfermeiro no setor de UTI. Portanto, será escolhida a pesquisa qualitativa, que ajudará a explicar e construir hipóteses sobre as questões demonstradas, refinar ideias, fundamentar os temas abordados na pesquisa. Portanto, tal pesquisa envolve investigação bibliográfica e deve ser realizada entre múltiplas fontes, buscando consultar trabalhos conceituados e recentes.

Procurou-se resgatar alguns aspectos relacionados à avaliação de enfermagem ao paciente crítico que irão subsidiar, além da discussão dos resultados, a proposta de instrumento para essa avaliação. Para esta construção utilizou-se como fonte de consulta, principalmente, publicações em livros médicos e de enfermagem, relacionados a área de terapia intensiva.

Optou-se por apresentar a avaliação por sistemas orgânicos e obedecer a sequência cefalocaudal frequentemente utilizada pelos profissionais da saúde, em especial os que atuam no cuidado ao paciente crítico.

2.1 Resultados e Discussão

A construção de uma identidade profissional mobiliza um processo de vingança simbólica em que outros reconhecem a singularidade do trabalhador através da sua contribuição para a organização do trabalho. A identidade é assim mediada por atividades de trabalho que envolvem avaliação mútua.

O coletivo aparece como ligação fundamental e é um ponto sensível na dinâmica intersubjetiva da identidade. A identidade representa a abertura que cada pessoa pode ter ao mundo em que se encontra num determinado momento. Onde quer que haja uma relação, com qualquer ser no mundo, há uma questão de identidade.