A UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
Por: Anelise Baggio • 21/9/2021 • Trabalho acadêmico • 2.703 Palavras (11 Páginas) • 184 Visualizações
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Trabalho de produção textual em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Introdução à Biologia Celular e do Desenvolvimento; Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal; Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Imune e Hematológico. Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar, Locomotor e Reprodutor; Saúde Pública. 2° semestre do Curso de Graduação em Enfermagem.
Professores (as): Ana Paula Scaramal Ricietto; Cristiane da Mota Leite; Danieli Juliani Garbuio Tomedi.
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Vacaria/RS
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 FISIOPATOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NA COVID-19 5
3 CONCLUSÕES 11
REFERÊNCIAS 12
INTRODUÇÃO
No final de 2019, relatos de casos de uma pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan, na China, começaram a surgir e rapidamente se espalharam pelo país chamando a atenção do mundo. Identificado como um novo coronavírus, o SARS-CoV-2 é o sétimo membro da família Coronaviridae, conhecido por infectar seres humanos.
O súbito aumento de casos fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarasse, em janeiro de 2020, a infecção pelo SARS-CoV-2 como emergência de saúde pública de interesse internacional e em março de 2020, uma pandemia, afetando a saúde, a economia e o cotidiano das populações globalmente.
Muitos questionamentos e especulações sobre a origem do SARS-COV-2 têm corrido o mundo, no entanto, ao que tudo indica a origem é zoonótica, sendo improvável que tenha sido criado em laboratório.
Os sintomas são variáveis incluindo desde um leve resfriado até complicações graves, atingindo principalmente o sistema respiratório. Grande parte dos casos pode ser assintomático, o que dificulta o rastreamento.
Fronteiras foram fechadas e medidas de distanciamento ou isolamento social foram utilizadas para conter a propagação do vírus, no entanto, devido à baixa cobertura vacinal e sem um tratamento medicamentoso eficaz, há uma multiplicação de casos, deixando o vírus “livre” para sofrer mutações, o que faz com a pandemia persista em 2021, sem breves perspectivas de fim.
O presente trabalho versará sobre uma situação hipotética onde o paciente é diagnosticado com Covid-19, apresentando sinais de comprometimento pulmonar, tendo progressão da doença e precisando de suporte ventilatório na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com posterior melhora e alta após um tempo considerável. O objetivo é, portanto, investigar as alterações sistêmicas que podem ter levado o paciente à UTI e possíveis sequelas que o mesmo possa apresentar após a alta hospitalar, assim como o papel da vigilância epidemiológica na pandemia do novo coronavírus.
fISIOPATOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NA cOVID-19
O SARS-CoV-2 é um vírus RNA de fita simples, encapsulado por uma membrana na superfície externa, na qual existe em abundância uma glicoproteína, conhecida como proteína S. Essa proteína desempenha um papel fundamental para a entrada do vírus nas células, pois através dela que ocorre a interação com o receptor da célula hospedeira (UZUNIAN, 2020).
A entrada do vírus nas células humanas inicia pela ligação da proteína S do envelope viral com o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) com o auxílio de uma enzima, denominada serino protease transmembrana tipo II (TMPRSS2), que atua clivando e ativando a proteína S, permitindo a união do envelope viral com a membrana da célula-alvo, tendo como resultado posterior a liberação do material genético do vírus para o citoplasma (UZUNIAN, 2020).
A ECA2 está presente na membrana das células epiteliais do trato respiratório superior e inferior, rins, intestino, coração e outros órgãos, isso explica a multiplicidade de apresentações clínicas. (NAPOLEÃO et al, 2021). É também um componente vital do sistema renina-angiotensina (SRA) que atua na regulação da homeostase eletrolítica, na pressão arterial além da regulação e modulação de processos metabólicos da cicatrização de feridas e inflamação. Os principais elementos que fazem parte desse sistema são: o angiotensinogênio, as angiotensinas (I, II, III, IV e 1-7), as enzimas conversoras de angiotensina ECA e ECA2 e os receptores de angiotensina AT1, AT2, AT4 e AT1-7 (PETTO, 2021).
O angiotensinogênio é sintetizado no fígado e clivado pela renina, uma enzima produzida, armazenada e liberada principalmente pelos rins através do aparelho justaglomerular, resultando na formação de Ang I. Em seguida, a ECA catalisa a conversão de Ang I em Ang II, a qual através dos receptores AT1, induz à vasoconstrição, reabsorção renal de sódio e excreção de potássio, síntese de aldosterona, elevação da pressão arterial e indução de vias inflamatórias e pró-fibróticas (FERNANDES et al, 2016). A ECA2, por sua vez, tem efeitos contrários à ECA. Sua função é converter Ang II em angiotensina (1-7), a qual produz efeitos vasodilatadores, anti-inflamatórios e antifibróticos mantendo dessa forma a regulação do sistema renina-angiotensina (SCHOLZ, 2020).
Quando a glicoproteína S se liga ao receptor da ECA2 faz com que a mesma perca sua função catabólica, e deixe de exercer sua função (de regular a quantidade ANG II disponível). Como consequência, o equilíbrio do SRA é afetado, causando problemas de circulação (tanto pulmonar como sistêmica) levando a um estado pró-trombótico e estimulando uma resposta imunológica que leva à secreção de importantes citocinas pró-inflamatórias (SCHOLZ, 2020).
A inflamação é um mecanismo de defesa do organismo desencadeada a partir de um estimulo lesivo. Seu propósito é eliminar o agente agressor e reparar o dano tecidual (cicatrização e regeneração) (PORTH, 2021).
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