ATIVIDADE COMPLEMENTAR – Neoplasias
Por: David12345678 • 18/5/2018 • Trabalho acadêmico • 997 Palavras (4 Páginas) • 264 Visualizações
ATIVIDADE COMPLEMENTAR – Neoplasias
CASO CLÍNICO
Uma mulher de 41 anos de idade apresentou uma massa em sua mama esquerda. Inicialmente, durante o autoexame, a paciente notou um nódulo pequeno, que dobrou de tamanho durante os últimos dois meses antes da apresentação ao médico. O histórico familiar demonstra uma tia materna que morreu de câncer de mama aos 59 anos de idade; não há relato de nenhum outro familiar afetado por câncer. A paciente tem duas filhas jovens. O exame físico revelou uma massa, não fixa (móvel), em sua mama esquerda. Não havia sinais de edema ou evidência de alterações do mamilo. Um único linfonodo axilar palpável foi encontrado, o qual era também móvel. A mamografia confirmou a presença de uma massa de 2,5 cm de diâmetro. As tomografias computadorizadas do tórax e de abdome não revelaram massas nos pulmões, fígado, glândulas suprarrenais, rins, baço ou ovários. A cintilografia óssea foi também negativa. O cálcio sérico estava elevado com medida de 12,5 mg/dL, sem sinais ou sintomas específicos. A dosagem de parato-hormônio (PTH) sérico estava discretamente baixa. A paciente foi submetida a uma mastectomia radical modificada para remover o tumor, incluindo a dissecção dos linfonodos axilares. Dos 14 linfonodos axilares removidos, um estava completamente substituído por células tumorais, e três outros exibiam envolvimento microscópico. A coloração imunoistoquímica do tumor com o anticorpo anti-fator de von Willebrand é demonstrada na imagem do computador. As células tumorais se coraram intensamente para expressão HER2/neu (ERBB2) e foram positivas para receptores de estrogênio e de progesterona. Células tumorais viáveis foram desagregadas e analisadas por citometria de fluxo para avaliar o conteúdo de DNA, revelando índice proliferativo relativamente alto sem aneuploidia. Baseado no estadiamento clínico, a paciente recebeu radioterapia adjuvante na mama esquerda e na axila. A paciente apresentou queixas de dores de cabeça e turvamento de visão dez meses depois da cirurgia. O líquido cefalorraquidiano foi analisado.
1 – Na figura 1 está mostrado a superfície de corte mostra uma massa cinza-esbranquiçada que está em meio de gordura e não pode ser facilmente delimitada. O que implica o fato de o tumor ser dificilmente delimitado? O que essa aparência nos informa sobre o possível comportamento do tumor? Qual é a implicação que esse aspecto teve em relação ao procedimento cirúrgico de tratamento dessa neoplasia?
[pic 1]
Figura 1: Massa na mama – Macroscopia, superfície de corte
Resposta:
Delimitação: em virtude da replicação atípicas das células neoplásicas.
Comportamento: Por não ser facilmente delimitado, ele pode invadir o estroma e assim encontrar vasos que, por fim, pode se disseminar pelo corpo.
Procedimento Cirúrgico: em virtude do aspecto ao qual mostra bordas não delimitadas e há infiltração do tumor na massa mamaria, o procedimento cirúrgico necessitou deve ser feito com retirada de massa maior, denominada margem de segurança ao qual se tem por objetivo a não recidiva do tumor, deve-se ainda realizar o mesmo procedimento caso tenha sido encontrado células neoplásicas nos gânglios axilares e esternocostais. Vale ressaltar que a retirada da margem de segurança também evita que células neoplásicas atinjam a corrente sanguínea durante o procedimento cirúrgico evitando assim a criação de metástases distais.
2 – A figura 2 demonstra o aspecto microscópico do tumor da fig.1. As células tumorais são vistas invadindo o parênquima normal da mama. A formação extensa, anormal e irregular de glândulas pode ser vista mesmo nesse aumento. De acordo com o aspecto morfológico como pode ser classificado o tumor, quanto ao tipo e a nomenclatura?
[pic 2]
Figura 2: Mama, espécime de biópsia do tumor – Pequeno aumento
R.: Neoplasia Maligna de Mama – e uma vez que as células formam glândulas e invadem o parênquima (estroma) classifica-se como Carcinoma ductal invasivo (mama)
3 - Anticorpos utilizados para corar um corte do espécime da biópsia mostram que virtualmente todas as células tumorais expressam a proteína receptora de estrogênio (coloração marrom) (Figura 3). Como a expressão dos receptores de estrogênio pode estar envolvida na etiologia desse tumor? Baseado em seu conhecimento sobre a influência do estrogênio nas células que expressam esse receptor, como esse achado pode ser explorado terapeuticamente?
[pic 3]
Figura 3: Mama, coloração imunoistoquímica para receptor de estrogênio – Aumentos pequeno e médio
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