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Artigo de Residencia Enfermagem

Por:   •  25/4/2016  •  Artigo  •  8.405 Palavras (34 Páginas)  •  510 Visualizações

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Mortalidade e gravidade: análise comparativa entre o estimado e o previsto em uma Unidade de Terapia Intensiva do Distrito Federal

Mortalidad y severidad: análisis comparativo entre las estimaciones y el previsto en una Unidad de Cuidados Intensivos del Distrito Federal

Mortality and severity: comparative analysis between the estimated and the predicted in an Intensive Care Unit of the Federal District

Carolina de Souza Santos1, Judith Aparecida Trevisan2[pic 1]

RESUMO

Estudo retrospectivo de caráter quantitativo, cujo objetivo foi avaliar índices prognósticos e realizar análise multivarada de fatores associados à mortalidade. Avaliou-se 116 indivíduos com média de idade de 57,55± 20,41 anos, maioria sexo masculino. Doenças do aparelho respiratório corresponderam ao diagnóstico mais prevalente. O APACHE II médio foi de 21,11±8,39, com média de risco estimado de 39,29% ±21,59, enquanto o APACHE IV médio foi de 62,25 ± 20,46, com risco estimado de 32,86% ±22,46 e a mortalidade observada foi de 48,28%. Os pacientes apresentaram mais de uma disfunção orgânica e a mais prevalente foi a do sistema respiratório conforme SOFA. Quanto aos fatores: idade, comorbidades, intubação orotraqueal, uso de ventilação mecânica, uso de droga vasoativa e sepse estão correlacionados com o óbito. Conhecer o perfil dos pacientes admitidos, realizar avaliação dos escores prognósticos e identificar os fatores relacionados à mortalidade é essencial para planejar e organizar a assistência nas UTI’s.

PALAVRAS- CHAVE: APACHE, Mortalidade, Unidades de Terapia Intensiva.

RESUMEN

Estudio retrospectivo de naturaleza cuantitativa, cuyo objetivo fue evaluar el pronóstico de los índices y realizar multivarada análisis de factores asociados a la mortalidad. Se evaluaron 116 individuos con edad promedio de 57,55 ± 20,41 años, la mayoría eran hombres. Las enfermedades respiratorias correspondió al diagnóstico más prevalente. El promedio de APACHE II fue de 21,11±8,39, con un promedio de riesgo estimado de EUR 39,29% ± 21,59, mientras que el APACHE IV tiempo promedio fue de 62.25 ± 20.46, con un riesgo estimado de 32.86% ± 22,46 y la tasa de mortalidad fue de 48,28%. Los pacientes presentaban más de una disfunción orgánica y más prevalente fue el sistema respiratorio como sofá. En lo que respecta a los factores: edad, comorbilidades, orotraqueal intubación, ventilación mecánica, uso de drogas vasoactivas y sepsis se correlacionan con la muerte. Para conocer el perfil de los pacientes ingresados, realizar evaluación de scores pronósticos e identificar los factores relacionados con la mortalidad es fundamental para planificar y organizar la asistencia en unidades de cuidados intensivos (UCI).

PALABRAS CLAVES: APACHE, Mortalidad, Unidades de Cuidados Intensivos.

[pic 2]

ABSTRACT

Retrospective study of quantitative nature, whose objective was to evaluate the prognostic indexes and perform multivarada analysis of factors associated with mortality. It was evaluated 116 individuals with average age of- 57.55± 20.41 years, most were male. The respiratory diseases corresponded to the most prevalent diagnosis. The mean APACHE II was 21,11±8,39, with average estimated risk of EUR 39,29% ±21.59, while the APACHE IV mean time was 62.25 ± 20.46, with an estimated risk of 32.86% ± 22,46 and the mortality rate was of 48.28%. The patients presented more than one organic dysfunction and the most prevalent was the respiratory system as SOFA. As regards the factors: age, comorbidities, orotraqueal intubation, mechanical ventilation, use of vasoactive drugs and sepsis are correlated with the death. To know the profile of patients admitted, perform assessment of prognostic scores and identify factors related to the mortality is essential to plan and organise assistance in ICUS.

KEYWORDS: APACHE, Mortality, Intensive Care Units. 

1Pós graduanda do Programa de Residência Multiprofissional em Unidade de Terapia Intensiva, Fundação de Ensino e Pesquisa do Distrito Federal, Brasília, Brasil.

2 Doutoranda em Área de Educação, UCB; Mestre em Gestão dos Serviços de Saúde ISCTE/ PT/UNB; Pós graduada em UTI, Luisa de Marilac; Coordenação de Enfermagem, ICESP/PROMOVE, Brasília, Brasil

INTRODUÇÃO

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracteriza-se como unidade complexa, de alto custo, destinada a assistência aos pacientes gravemente enfermos ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos, os quais necessitam de ininterrupto cuidado e apoio da equipe multiprofissional, com suporte humano, equipamentos de ponta e monitorização contínua, com possibilidade de recuperação aumentada devido suporte e tratamento intensivo. 1

Apesar de ser sinônimo de gravidade, desde a década de 1930 que a UTI é responsável pela alteração de prognóstico de indivíduos, com redução de óbitos em até 70%. 1 Contudo, alguns autores, ainda apontam para uma crescente mortalidade, que varia de 28,4% até 61,9%, relacionando tal fato ao aumento das admissões de pacientes críticos. Isso é preocupante e, torna-se cada vez mais objeto de estudo, no intuito de compreender os fatores relacionados a esse desfecho e, para aperfeiçoar a abordagem e observação destes clientes. 2

Os pacientes admitidos neste setor apresentam sinais de alerta antes da internação e a demora da identificação resulta em um atraso na intervenção e aumento da morbimortalidade hospitalar. Alguns estudos trazem que mais de 70% dos pacientes são identificados com situação crítica, com alterações 72 horas antes da admissão e evolução da deterioração clínica, justificando tal incidência pelo desconhecimento da gravidade do cliente por parte dos profissionais assistenciais ou pela dificuldade de acesso à UTI. 3

A identificação dos pacientes com risco para morrer é critério essencial para atenção clínica e adoção de medidas em tempo adequado. Nesse sentido, a Sociedade Americana de Terapia Intensiva (SCCM) elaborou critérios para admissão na UTI, priorizando indivíduos com maior possibilidade de benefícios aos cuidados intensivos. Dividindo as prioridades em quatro níveis: prioridade 1- pacientes graves, instáveis, que necessitam de tratamento intensivo e monitorização em UTI, com chances significativas de recuperação; prioridade 2- não apresentam instabilidade, porém necessitam de monitorização, justificado pela possível descompensação do seu quadro clinico; prioridade 3- clientes instáveis, com pequena probabilidade de recuperação devido presença de comorbidades ou gravidade da doença aguda e;  prioridade 4- aqueles sem indicação de admissão em UTI, por estarem muito bem ou muito mal para se favorecerem deste cuidado.4,3

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