ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO E RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
Por: Cristina Soares • 6/12/2016 • Trabalho acadêmico • 1.101 Palavras (5 Páginas) • 393 Visualizações
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FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CENTRO CIRÚRGICO
ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO E RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
Fabiana Vasconcelos de Albuquerque Conceição.
RIO DE JANEIRO
MARÇO, 2014
DESENVOLVIMENTO
Os pacientes que precisam ser internados em qualquer unidade hospitalar de uma maneira geral sofreram algum tipo de acidente envolvendo trauma, estão sofrendo algum a doença grave ou aguda e terão com isso que se submeter a cirurgias sejam elas de pequeno, médio ou grande portes, mesmo as de caráter de urgência ou emergência.
A cirurgia pode ser necessária devido a inúmeras razões, podendo ser por motivo diagnóstico, como no caso de uma biópsia ou uma laparotomia exploradora; para tratar uma patologia como retirar um tumor ou numa apendicectomia; reparadora, ao se reconstruir várias cicatrizes; cosmética, no caso de uma mamoplastia ou plástica estética ou lifting facial; ou paliativa, com finalidade de diminuir a dor ou obter a correção de um determinado problema, como no caso da colocação de uma sonda de gastrostomia. Todas os procedimentos cirúrgicos têm sua classificação e esta depende da urgência a que ela está envolvida, como por exemplo emergência, urgência, requerida, eletiva e opcional.
O paciente deve ser orientado antes de entrar na sala de cirurgia sobre a retirada obrigatória de peças como grampos e próteses dentárias, jóias e alianças e também realizar funções fisiológicas com a mesma antecedência, exceto daqueles com distúrbios urinários.O prontuário do paciente deve conter o registro de todas as orientações fornecidas e este deve acompanhar o paciente desde a entrada na sala até a alta para a sua residência.
O paciente deve chegar a recepção do setor pré-operatório transportado na maca 30 a 60 minutos antes do momento em que vai receber a anestesia. Nesta etapa o paciente não deve em nenhum instante permanecer desacompanhado devido à grande incidência de estresse e agitação e pelo próprio procedimento a que vai ser submetido. Há a necessidade, quando houver chance, da presença dos familiares para que o paciente seja tranqüilizado pela equipe e seja cercado de atenção de seus parentes próximos para que adquira confiança. Crianças e idosos tem direito legal a acompanhante e que esses possam ficar na sala do pré-operatório até se iniciar o procedimento anestésico.
Durante a fase perioperatória a enfermagem deve assistir ao paciente de forma individualizada, segmentada e contínua estruturada, o quer dizer que este profissional deve estar preparado para acompanhar tal cliente em todo o período durante o procedimento cirúrgico, incluindo a avaliação pré, transoperatória e pós-operatória de enfermagem. No dia da cirurgia, o enfermeiro conversa com o paciente e repassa todo o procedimento e tira suas duvidas, sua identidade é revista e nele é realizada infusão endovenosa imediatamente.
Os pacientes quando estão no ambiente cirúrgico ou até mesmo quando se encontram na iminência de tal procedimento sentem-se muito carentes, invadidos e afetados em suas necessidades mais básicas, desta forma, os períodos pré e trans-operatórios influenciam muito esses aspectos e acabam por culminar em estresse no pós-operatório. Por exemplo, um paciente que tem algum tipo de insegurança quanto ao procedimento ou a qual tipo de anestesia vai ser submetido tenderá a elevar bastante seu nível de ansiedade, o que será de enorme risco para seu estado no período de recuperação no pós-operatório.
No caso estritamente do profissional de enfermagem que atua na área cirúrgica, é vital que haja uma interação forte entre a enfermagem e os demais serviços do hospital, visto que a forma como estes setores são organizados e trabalham são dependentes de um ambiente aonde haja profissionais acostumados a cooperar, se comunicar, ter criatividade e serem incentivados a solucionar questões entre as equipes de trabalho que por ventura ocorram.
A enfermagem perioperatória envolve um trabalho sistemático e estruturado a partir de um planejamento composto de diversas etapas integradas. Desta maneira, podemos entender que para conceituar esta prática englobamos as atividades executadas na assistência, pré-operatória, intra-operatória e pós-operatória, ramos tradicionais da enfermagem, além das mais avançadas, processo educacional voltado ao paciente, abordagem, coleta de dados, planejamento e avaliação.
Torna-se muito importante que haja uma ligação forte entre estas etapas assistência de enfermagem durante o perioperatório. É preciso que todos os enfermeiros estejam em comum acordo para formalizar os registros dos pacientes para que o trabalho seja realizado em favor da assistência. O referido período se divide em imediato que compreende as primeiras 12 ou 24 horas após o final do procedimento cirúrgico, contudo, depende do tamanho e gravidade do mesmo e o estado do paciente ao seu final.
Logo depois se segue o mediato iniciado após as primeiras 24 horas e se segue por um tempo que varia até a alta do paciente do hospital. Nos procedimentos de menor porte naturalmente é mais breve e dura no máximo dois a quatro dias. No caso de cirurgias de grande porte é normal aumentarem de sete a dez dias. Finalmente temos o pós-operatório tardio que pode se prolongar por 1 a 2 meses e depende da total cicatrização das feridas cirúrgicas e melhora do quadro geral do paciente, como ganho de peso e condições gerais.
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