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NOS PORÕES DA LOUCURA

Por:   •  4/10/2017  •  Resenha  •  407 Palavras (2 Páginas)  •  479 Visualizações

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Turma: EM 731

Docente: Cilene Bisagni

Discentes: Dhiego Henrique de Barros Sarmento, Victor Luiz Camiliê de Souza, Thiago Diniz Mouzinho, Lucas Monteiro de Souza

EM NOME DA RAZÃO: NOS PORÕES DA LOUCURA

O documentário ocorre no marco da reforma política de saúde mental no Brasil, Barbacena, Minas gerais, em 1979, Hospital Colônia e seus pacientes. Relatos dos funcionários sobre a forma de funcionamento reforçam as imagens do caos e não existência dos direitos humanos, da dignidade desprezada e animalização dos pacientes como pessoa. Estrutura física de uma prisão e toda sua imponência de clausura e exclusão do mundo, muros altos q não apenas delimitam fisicamente, também escondem a dor e o sofrimento da alma. Mentes conturbadas por patologias, sim, estavam lá, mas juntamente acompanhavam inúmeras discórdias e desavenças familiares, comportamentos não bem vistos pela sociedade e até mesmo uma forma de livrar-se de uma situação problema com alguém, esse era o perfil dos usuários do hospital, sem muito critério, ou nenhum!

Cuidados medicamentosos com intuito de sedar e acalmar os surtos, controlar muitas vezes com a força física, brutalmente violentados e amarrados. Alimentação inadequada, sem o mínimo de qualidade. Vestimentas era artigo para poucos, assim como a higiene e acessórios como roupas de cama, a maioria ficava desnudo e no chão puro. A proliferação de doenças era certa, não somente as de origem clínicas, mas também as psíquicas, pois muitos pacientes eram internados sem apresentar nenhum transtorno psiquiátrico, acabavam desenvolvendo pela clausura e convivência forçada com o absurdo diário no qual fora jogado. O tempo ocioso só era quebrado nos momentos da alimentação que era servida e do recolhimento para dormir, nenhuma atividade era oferecida, apenas a espera e a incerteza diária da morte que aguardava a grande maioria dos pacientes.

A grande maioria dos funcionários não tinha nenhum preparo e formação adequada para trabalhar. E colaboravam com os atos de crueldade e tortura. Outros presenciavam e se omitiam, pois precisavam do emprego. Poucos eram aqueles que agiam de forma coerente e profissional, enxergando o ser humano por trás dos atos não racionais.

A reforma é um ato que perdura até os dias de hoje em defesa da inclusão social, diagnóstico, tratamento, reabilitação e prevenção no que se refere à saúde mental. Com o avanço tecnológico, especializações na área de saúde, e o olhar voltado para o paciente de forma empática o cenário está se modificando e a qualidade de vida dos portadores de doenças psiquiátricas aumentando.

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