O PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE DOADORES DE CÓRNEA
Por: daianapaulla • 12/8/2018 • Resenha • 753 Palavras (4 Páginas) • 216 Visualizações
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE DOADORES DE CÓRNEA
PAULA D, WEISSHEIMER G, SILVA JOM.
FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE, CURITIBA, PARANÁ, BRASIL.
Objetivo: identificar o perfil sociodemográfico dos doadores de córneas por meio de informações contidas no formulário/histórico do doador.
Metodologia: estudo de caráter exploratório-descritivo retrospectivo, documental com abordagem quantitativa. As informações foram coletadas em 218 prontuários contendo os dados sociodemográficos de um Banco de Tecidos Oculares na cidade de Curitiba. Os prontuários foram escolhidos de forma aleatória no período de setembro de 2010 a setembro de 2011. A análise dos dados foi realizada através da estatística numérica utilizando-se planilhas do Microsoft Excel, apresentando-se os resultados por meio de gráficos e tabelas. Foram respeitados os preceitos das diretrizes e normas regulamentadoras de realização da pesquisa através do Código de Ética 196/96. O projeto de pesquisa foi aprovado no Comitê de Ética do Hospital Pequeno Príncipe sob o Registro de nº 1028-11
Resultados: houve prevalência de doadores do sexo masculino correspondendo a 84%. Em relação a faixa etária dos doadores, percebeu-se número maior de doadores entre 21 a 30 anos, correspondendo a 60 (29%) doadores, seguido de forma decrescente, a faixa etária 31 a 40 anos com 53 (24%) doadores, 41 à 50 anos com 40 (18%) doadores, 51 a 60 anos com 33 (15%) doadores, e a faixa etária de 11 à 20 correspondeu a 24 (11%) doadores. Foi possível observar que nas faixas etárias de 5 a 10 anos e 60 anos ou mais, caracterizou-se, respectivamente, por 1 (1%) doador, e 7 (3%) doadores. A etnia foi predominantemente branca com 93% dos doadores. Ao realizar estatística da causa mortis, a de maior destaque foi o ferimento por arma de fogo, sendo 95 doadores, correspondendo a 45% da amostra total. O trauma cranioencefálico representou 26 (12%) doadores, politraumatismo teve 24 (11%) doadores, as doenças cardíacas e vasculares corresponderam a 25 doadores (11%), acidente de trânsito retribuiu a 5 (2%) doadores, acidente vascular encefálico 5 (2%) doadores, e ferimento por arma de branca 9 (4%) doadores. As outras causas de óbitos como, broncoaspiração, agressão física, broncopneumonia, neoplasia de próstata, carcinoma no estômago com metástase pulmonar, choque hipovolêmico, cirrose hepática, cisto epidérmico em glândula pineal, edema agudo do pulmão, esclerose purperosa, suicídio por enforcamento, representaram 29 (13%) doadores a morte por ferimento por arma de fogo correspondeu por 45% das causas mortis. Em relação ao local onde o procedimento de enucleação do tecido fora realizado, observou-se que 190 ocorreram no Instituto Médico Legal (IML), correspondendo à 87% dos doadores, e 28 (13%) dos doadores teve a captação realizada no ambiente hospitalar.
Conclusões: Percebeu-se que a causa mortis de ferimento por arma de fogo teve maior destaque, assim como, a faixa etária de jovens adultos e adultos, corroborando com as informações da Secretária Estadual de Saúde do Paraná (2009), onde as causas externas, como acidentes de trânsito, suicídios, homicídios, entre outros, são a terceira causa definida de morte no Brasil, e considerando-se o gênero, constituem a segunda causa de morte no gênero masculino como principal causa de morte na faixa etária de 01 até 39 anos, isto assume um importante fator para preocupação social, sendo necessárias medidas para a prevenção de mortes violentas.
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