O Que é Sociologia

                   GIDDENS, Anthony. Sociologia: O que é sociologia?

 Capítulo 1°. Porto Alegre: Artmed, 2005,4ª ed 600p

Primeiramente, para a compreensão da sociologia é essencial sabermos que é o estudo da vida social humana, dos grupos e das sociedades, usando como objeto de estudo o nosso comportamento perante a sociedade, como seres sociais. Sob essa perspectiva ela requer mostrar a necessidade de uma visão mais abundante sobre nossos desdobramentos nos atos individuais ou comunitários, como eles podem ser influenciados fortemente por forças culturais, históricas e sociais. Com o intuito de sairmos da vida cotidiana e nos libertando das rotinas familiares para colocar em prática a imaginação sociológica, que é observar de modo renovado.

Para Anthony Giddens, um sociólogo é apto a se liberta do meio social e pensar num contexto mais amplo, que a sociologia tem várias implicações na nossa vida como nos permite ver a sociedade a partir de outros pontos de vistas e permite o auto-esclarecimento. Os meios sociais influenciam nas decisões que consideramos as certas, por que agimos de certa maneira e por que somos assim.

O conceito de estrutura social é importante na sociologia, pois refere ao fato de que os contextos sociais do nosso cotidiano não são apenas eventos aleatórios ou ações que são estruturados ou padronizados de formas diferentes, pois a sociedade está sempre em processo de estruturação a todo momento por nós seres humanos.

A origem da sociologia foi uma série de mudanças posto por revoluções. A revolução Francesa com triunfo das ideias e dos valores, como liberdade e igualdade. A segunda foi na Grã-Bretanha que foi a transição para novos processos de manufatura. Foi a Revolução Industrial que mudou o social e econômico, pois inovou o aspecto tecnológico, como resultado teve a grande e rápida expansão de áreas urbanas e um novo perfil social.

O autor Augusto Comte inventou o termo sociologia, com o intuito de distinguir suas concepções das dos outros. Ele refletia os movimentos da sua época que tinha como destaque a Revolução Francesa, inseria mudanças relevantes na sociedade, alterando a vida tradicional da população francesa. Comte procurou criar uma ciência que buscasse explicar as leis do mundo social, ciência positiva, com os métodos da ciência natural. Uma parte importante para destacar é a lei dos três estágios, teológico metafisico e positivo. No teológico os pensamentos eram baseados pela crença e pelas ideias religiosas, no metafisico a sociedade é vista de modo natural e não sobrenaturais, no positivo se forma aplicação de técnicas cientificas no mundo social.

O escritor Émile Durkheim teve um impacto mais longo na sociologia moderna. Vi a sociologia como uma nova ciência utilizada para resolver questões filosóficas tradicionais, que era necessário estudar a sociedade com o mesmo propósito do estudo do mundo natural. Como objeto de estudo central ele tratava do fato social, que representa a força de pensar, agir ou sentir que são externos aos indivíduos, modelando as suas ações que significa o poder coercitivo sobre a sociedade ou indivíduo. Os fatos sociais influenciam a ação humana indo à punição absoluta, à rejeição social e a incompreensão. Um das suas que se destacou foi O Suicídio, o autor mostrou que os fatos sociais influenciavam no comportamento suicida, que não era um ato restritamente pessoal.

Karl Marx focou a maior parte de suas obras em temas relacionadas a economia, sempre se preocupou em ligar os problemas econômicos a instituições sociais. Marx, buscava explicar as mudanças que estavam ocorrendo durante a época da Revolução Industrial, essas mudanças estavam diretamente ligadas ao desenvolvimento do capitalismo que dois elementos destacados pelo autor. O primeiro é o capital, qualquer bem, que será utilizado para produzir bens futuros e a segunda a mão-de-obra assalariada que não possuem algumas condições de sobrevivência, mas necessita dos empregos fornecidos pelos detentores do capitalismo. Marx destaca que o capitalismo é um sistema de classes no qual as relações de classes são relacionadas por conflitos, como a exploração, pois o proletariado tem pouco ou nenhum controle sobre o seu trabalho. Na visão de Karl que ele chamava de concepção materialista da história, não são as ideias ou os valores que são as fontes de mudança da sociedade, mas as influencias econômicas. O autor acreditava que uma revolução dos trabalhadores poderia derrubar o sistema e implantar uma sociedade sem classes.

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