O Transtorno Psicótico
Por: isabellafs515 • 12/8/2023 • Resenha • 923 Palavras (4 Páginas) • 107 Visualizações
Transtorno Psicótico
São transtornos em que há perda do juízo da realidade, mas sem queda do nível de consciência, levando a uma situação que é similar a uma alucinação mantida (sonho mantido). Não existem causas orgânicas identificáveis para o seu acontecimento.
A psicose é um estado alterado do psiquismo, com sensações que não correspondem à realidade, com pensamentos que fogem do controle do paciente. São comuns alucinações auditivas, visuais ou olfativas e delírios. Outros sintomas incluem sensação de que o ambiente está estranho, agitação, confusão, agressividade, insônia e inapetência, sensação de que os mais diversos fatos não são coincidência e atribuição de significados diferentes a coisas reais. Além disso, o indivíduo costuma apresentar um comportamento estranho e isolado, com episódios de pensamento bloqueado, interrompido e com desleixo com a aparência e higiene pessoal. Causas mais comuns: esquizofrenia, distúrbio afetivo bipolar, parto (psicose puerperal) e reação medicamentosa (anfetaminas e cortisona).
Um exemplo de transtorno psicótico é a esquizofrenia, doença psiquiátrica endógena que acomete 1 a 1,5% da população geral. É uma doença grave, sem cura que geralmente acomete o adulto jovem (final da adolescência e início da fase adulta, +/- 25 anos), não havendo correlação entre gênero (contudo, há relação entre idade e sexo, acometendo mais precocemente os homens, levando a um prejuízo global maior) e classe social. Apresenta-se com alterações da linguagem (egolalia – repetição do que foi dito, neologismos – criação de novas palavras). Alucinação: auditiva – paciente começa a ouvir vozes, sentindo-se conectados a elas. Essas vozes o faz sair da sua realidade e do seu comportamento padrão – ou cenestésicas (corporais) – paciente sente que arrancaram partes do seu corpo, levando-o ao estresse e ao desespero. Delírio: distorção do pensamento, incapacidade de ver a realidade (“fica viajando na maionese o tempo todo”), levando-o a acreditar em verdades absolutas que só são reais para o paciente.
A esquizofrenia é classificada em paranoide, hebefrênica, catatônica e residual. O tratamento é feito com antipsicóticos e neurolépticos típicos e atípicos:
Já o transtorno delirante persistente é similar a esquizofrenia, mas sem alucinação. A idade também difere um pouco, pois atinge principalmente pessoas após os 40 anos. Há um delírio fixo, não bizarro, por, pelo menos, um mês. O paciente apresenta bom funcionamento psicossocial, possuindo apenas aquele delírio específico que geralmente está relacionado ou a traição, ou a um envenenamento ou a uma infecção.
O transtorno esquizoafetivo ou transtorno bipolar se caracteriza pela alternância de períodos em que a pessoa fica mais exaltada (mania), de episódios de depressão (hipomania) e de normalidade. É classificado em Tipo I, quando o portador do distúrbio apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas há vários meses. Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem. O quadro pode ser grave a ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas. No Tipo II há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem prejuízo maior para o comportamento e as atividades do portador. Já no Tipo Misto os sintomas sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem em número nem no tempo de duração para classificar a doença em um dos dois tipos anteriores. Existe também o transtorno bipolar ciclotímico que é É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor, que podem ocorrer até no mesmo dia. O paciente alterna sintomas de hipomania e de depressão leve que, muitas vezes, são entendidos como próprios de um temperamento instável ou irresponsável.
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