A Farmacologia

ANDRÉIA APARECIDA BICUDO

“Farmacoeconomia: perspectiva emergente no processo de tomada de decisão”

A farmacoeconomia tem seus conhecimentos pautado na economia da saúde, uma especialidade que surgiu nos países desenvolvidos no período pós guerra.

O estudo nessa área visa a constatação de gastos com a saúde, seu crescimento em ritmo acelerado.

Dentre os gastos elevados com a saúde, temos como destaque o envelhecimento populacional, as transformações nas estruturas de morbimortalidade de população.

O custo da atenção médica nos idosos representa cerca de 20 vezes a mais que no grupo de 0 a 17 anos.

As transformações nos padrões de morbimortalidade das sociedades contemporâneas, podem ser explicadas pela redução das doenças infectocontagiosas e o aumento das doenças que estão relacionadas a fatores de risco como tabagismo, alimentação, stress, sedentarismo, entre outros.

As empresas provedoras de tecnologia despertam interesses econômicos, nas necessidades crescentes entre profissionais e na população, elevando o consumo e tornando mais complexa e onerosa a prestação de cuidados a saúde.

A discussão que surge em torno do uso da tecnologia na saúde e a avaliação da efetividade e custos, no sentido de garantir a viabilidade das instituições, tendo como garantir a universalidade, equidade e qualidade no sistema de saúde.

Podemos considerar economia como uma ciência de eleição, onde são realizadas escolhas, ela vai analisar os custos benefícios e a melhor maneira de distribuir recursos, cuja questão central é encontrar soluções socialmente aceitáveis diante das infinitas necessidades dos indivíduos e a limitação da sociedade em responder a essas demandas.

O conceito de aspectos conceituais e metodológicos da farmacoeconomia surgiu em países desenvolvidos.

A farmacoeconomia representa a descrição e análise de custos da terapia medicamentosa para o sistema de saúde e sociedade, segundo a definição estabelecida por Townsend.

O termo farmacoeconomia é também utilizado como sinônimo da avaliação econômica de medicamentos, de uma forma mais restrita.

Na avaliação econômica global de um medicamento distingue-se a avaliação clínica, baseada na eficácia ou efetividade, e a avaliação farmacoeconomica baseado na eficiência em que se inclui o cálculo de custos.

Custos diretos são aqueles relacionados diretamente aos serviços de saúde , que implicam dispêndios imediatos, identificação objetiva correspondendo aos cuidados médicos  não médicos.

Custos indiretos são relacionados á perda da capacidade produtiva do indivíduo ante o processo de adoecimento ou mortalidade precoce.

Intangíveis são custos de difícil mensuração monetária. São os custos do sofrimento, da dor, da tristeza e da redução da qualidade de vida.

A eficácia diz respeito aos benefícios, consequências, resultado do medicamento quando utilizado em condições ideais.

Eficiência representa a relação entre os recursos financeiros utilizados em determinada intervenção.

Na análise farmacoeconomica temos quatro tipos de análises recomendadas: minimização de custo, custo benefício, custo efetividade e custo utilidade.