A HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL E MUNDO DESDE OS SEUS PRIMÓRDIOS.
Por: mikaaaaaaa • 30/3/2016 • Artigo • 10.827 Palavras (44 Páginas) • 1.093 Visualizações
UNIVERSIDADE IGUAÇU
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
Amauri da Paixão
Narla Rodrigues da Silva Ferreira
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL E MUNDO DESDE OS SEUS PRIMORDIOS.
NOVA IGUAÇU
2015
Amauri da Paixão
Narla Rodrigues da Silva Ferreira
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL E MUNDO DESDE OS SEUS PRIMORDIOS.
Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Iguaçu como requisito de avaliação da disciplina de Introdução a Farmácia.
Orientador: Professor Alex Baiense
NOVA IGUAÇU
2015
Sumário
1. INTRODUÇÃO 6
2. O LEGADO TERAPÊUTICO DA ANTIGÜIDADE: DO PRIMEIRO MILÊNIO a.C AO SÉCULO XVI. 7
2.1. Objeto, fontes e métodos 7
2.1.1 Conceitos básicos e evolução da História da Farmácia 7
2.1.1.1. Primeiros passos. 7
2.1.2. Da história da profissão à história do medicamento. 8
2.1.3. Aspectos científicos e sociais e formas de abordar a História da Farmácia. 9
2.2. Crítica histórica 11
3. OS SISTEMAS MÉDICOS NAS SOCIEDADES PRÉ-URBANAS E URBANAS ARCAICAS 12
3.1. Sociedades pré-urbanas. 12
3.2. Sociedades urbanas arcaicas. 13
3.3. Saúde e Magia na Mesopotâmia 15
4. A MEDICINA CLÁSSICA GREGA 16
4.1. O culto de Asclépio. 16
5. A DIFUSÃO DA MEDICINA GREGA NO MUNDO ANTIGO 17
5.1. A Escola de Alexandria. 17
5.2 Medicina Greco Romana 18
5.3. Dioscórides 18
5.4. Galeno 19
5.5. A utilização de drogas e especiarias na Antiguidade 20
5.6. Profissões da área farmacêutica. 22
5.6.1. Grécia 22
6. MEDICINA E CRISTIANISMO NA ANTIGUIDADE 23
6.1. A cristianização do mundo antigo 23
6.2. A visão cristã da Medicina 24
6.2.1 Doença e pecado. 24
6.2.2 Medicina e Cristianismo na Antiguidade 25
6.2.3. Dor, sofrimento e religião curativa 25
6.2.4. A condenação do culto de Asclépio 26
6.2.5. Herança da Filosofia e Medicina clássica 26
5.2.5. O culto dos santos 28
7. A MEDICINA E A FARMÁCIA NO MUNDO ÁRABE 29
7.1. O Islã e a herança greco-romana. 29
7.1.1. A ascensão do Islã. 29
7.1.2. A Farmácia como profissão autônoma. 29
8. A MEDICINA E A FARMÁCIA NO OCIDENTE CRISTÃO 30
8.1. A Medicina e a Farmácia monástica. 30
8.2. Farmácia laica e separação das profissões médicas. 31
8.2.1. As universidades. 31
8.2.2. Separação das profissões médicas 32
9. A HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL 34
9.1. Primeiro boticário do Brasil 34
9.2. Regimento 1744 34
9.3. Cronograma do Surgimento da Farmácia no Brasil 35
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 37
1. INTRODUÇÃO
Há relatos que o início das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas naquela época. Neste mesmo período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais. Neste período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e armazenamento dos medicamentos. Com um grande surto de propagação da lepra, Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, ampliou o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da médica e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início à separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura.
2. O LEGADO TERAPÊUTICO DA ANTIGÜIDADE: DO PRIMEIRO MILÊNIO a.C AO SÉCULO XVI.
2.1. Objeto, fontes e métodos
2.1.1 Conceitos básicos e evolução da História da Farmácia
2.1.1.1. Primeiros passos.
Embora existam crônicas e outros textos anteriores, podemos considerar o século XIX como o do nascimento da historiografia farmacêutica, com o aparecimento, logo após 1800, de várias introduções históricas em livros de texto alemães. A primeira obra ibérica dedicada à História da Farmácia apareceu em Espanha em 1847, devida a C. Mallaina e Q. Chiarlone1. A esta seguiu-se, em 1853,
aquela que é geralmente considerada como a primeira obra de fôlego sobre esta disciplina, escrita pelo francês A. Phillippe2, que deu origem dois anos depois a uma versão alemã, desenvolvida por J. F. H. Ludwig (1855). Em Portugal, a primeira grande obra de investigação sobre a História da Farmácia, da autoria de Pedro José da Silva (1834-1878), começou a ser publicada em 18663, poucos anos, portanto, após as suas congêneres espanhola e francesa. A História da Farmácia começou por ganhar um reconhecimento institucional e acadêmico na Alemanha, nos finais do século passado e princípios do atual, principalmente com o trabalho de Julius Berendes (1837-1914)4, Hermann Peters (1847-1920) e Hermann Schelenz (1848-1922).O desenvolvimento da História da Farmácia tem assentado essencialmente no trabalho realizado sobre três eixos: as instituições de ensino superior e investigação onde existe esta disciplina, as sociedades científicas a ela dedicadas e os museus de farmácia. A inclusão da História da Farmácia nos programas de ensino superior farmacêutico encontra-se hoje generalizada, tanto como disciplina independente como agrupada com outras matérias de intersecção das ciências farmacêuticas com as ciências sociais e humanas. O primeiro país a incluí-la no currículo farmacêutico foi a Espanha em 1852. Estudos de pós-graduação, incluindo doutoramentos, sobre História da Farmácia, são atualmente realizados em vários países, tanto na Europa como nos EUA. Em Portugal, o primeiro doutoramento com uma tese sobre História da Farmácia teve lugar em 1991. A primeira sociedade dedicada à História da Farmácia, a Societé d’Histoire de la Pharmacie, surgiu em 1913 em França, seguindo-se-lhe várias outras sociedades nacionais e internacionais.
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