DETERMINAÇÃO DE ETANOL EM SANGUE
Por: Rafaela Scalco • 17/3/2016 • Relatório de pesquisa • 1.142 Palavras (5 Páginas) • 3.465 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS – UNIFAL-MG
MARIA PAULA DE SOUZA E SILVA
RAFAELA SCALCO FERREIRA
DETERMINAÇÃO DE ETANOL EM SANGUE
ALFENAS-MG
2012
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A determinação de etanol em sangue é uma das análises mais freqüentes e importantes realizadas pelos laboratórios de toxicologia clínica e forense.
O etanol é uma das substancias químicas mais consumidas no mundo e é considerada um problema de saúde publica, principalmente em virtude das conseqüências negativas que pode acarretar.
O etanol é rapidamente absorvido e tem a concentração plamatica máxima atingida em cerca de 30 e 90 minutos. Grande parte do etanol ingerido é oxidado, sobretudo no fígado pela álcool desidrogenase (ADH), catalase e sistema de oxidação microssômica do etanol.
Existem inúmeras finalidades para a detecção de etanol tanto para pesquisas como para pratica clinica, âmbito forense, monitorização do uso de etanol no ambiente ocupacional e em outras situações onde o consumo de álcool é inadequado, como gravidez, crianças e adolescentes expostos e programas de controle e prevenção do uso de álcool.
A forma mais usual para a determinação de etanol e compostos relacionados em fluidos biológicos é pela cromatografia gasosa com amostragem por headspace estático associada a detectores de ionização em chama. O método se baseia na separação do etanol por um aumento na temperatura, tempo e compartimento fechado a qual substâncias voláteis se deslocam da matriz para o espaço de gás disponível. Após, o gás é injetado no cromatógrafo permitindo a separação das amostras voláteis presentes na amostra.
A destilação também pode ser aplicada para determinar etanol. Este método baseia-se na adição de excesso dicromato de potássio que reage com etanol formando ácido carboxílico. O excesso de dicromato reage com iodeto de potássio formando iodo, este por sua vez, é titulado com Na2S2O3. Lembrando que na titulação do branco um volume maior de Na2S2O3, já que não há etanol para reagir com o dicromato de potássio, o que faz com que mais iodo seja formado e titulado.
- DESCRIÇÃO DO MÉTODO
Primeiramente, realizou-se a determinação de etanol em sangue por meio da titulação. Para isso, transferiu-se 5 mL de sangue para o balão de destilação e adicionou-se 40 mL de água destilada e 40 mL de solução saturada de ácido pícrico e algumas esferas de vidro. A seguir, realizou-se a destilação recolhendo-se 20 mL do destilado em uma proveta graduada. Transferiu-se 1 mL do destilado para o erlenmeyer com rolha esmerilhada e adicionou-se 2 mL de solução nitrocrômica. Aguardou-se 10 minutos e em seguida, adicionou-se 25 mL de água destilada e 10 mL de solução de KI 1%. Após 1 minuto, titulou-se o iodo liberado com solução de Na2S2O3, usando 0,5 mL de goma de amido como indicador. Acompanhou-se a determinação com branco de reativos. O volume gasto na titulação da amostra e do branco será utilizado para realização dos cálculos necessários para determinar a concentração de etanol em sangue.
O segundo procedimento realizado foi a determinação do etanol por headspce/ cromatografia gasosa. Colocou-se no frasco apropriado, 0,5 mL de solução de butanol 1,0 g/L, que corresponde ao padrão interno. Em seguida, adicionou-se 0,5 mL da amostra (sangue total), lavando a ponteira nessa solução e ao mesmo tempo homogeneizando a mistura. Os frascos foram fechados com tampa de borracha e com lacre de alumínio e depois, foram colocados em estufa na temperatura de 80 º C durante 10 minutos. As amostras devem permanecer na estufa até adquirirem o aspecto marron achocolatado. Decorrido os 10 minutos, retirou-se os frascos e com auxílio de uma seringa, introduziu-se a agulha na tampa de borracha e aspirou-se 0,1 mL do vapor e injetou-se rapidamente no cromatógrafo.
- RESULTADOS
- Determinação de etanol em sangue por titulação
A concentração de etanol em sangue é calculada pela equação abaixo:
[pic 1]
sendo:
a: volume (mL) gasto para titular a amostra;
b: volume (mL) gasto para titular o branco;
va: volume da amostra (mL);
vd: volume do destilado;
0,115: equivalente, em mg de etanol a 1 mL da solução de Na2S2O3 0,01N
[pic 2]
Concentração de etanol = 2,07 g etanol/ L de sangue
- Determinação de etanol em sangue por cromatografia gasosa
Tabela 1: Valores das áreas de etanol, butanol, relação etanol/butanol, média e desvio padrão dos padrões.
Concentração |
| Etanol | Butanol | Etanol/Butanol | Média | Desvio Padrão |
0,2 g/L | 1ª leitura | 146,156 | 2010,026 | 0,072713487 | 0,072273 | 0,000622761 |
2ª leitura | 101,603 | 1414,438 | 0,07183277 | |||
0,5 g/L | 1ª leitura | 343,683 | 1824,885 | 0,18833132 | 0,179487 | 0,012508367 |
2ª leitura | 82,184 | 481,617 | 0,170641817 | |||
1,0 g/L | 1ª leitura | 1036,204 | 2045,442 | 0,506591729 | 0,496214 | 0,014676922 |
2ª leitura | 255,067 | 525,007 | 0,485835427 | |||
2,0 g/L | 1ª leitura | 2528,46 | 2708,39 | 0,933565698 | 0,883448 | 0,070877748 |
2ª leitura | 1883,617 | 2260,351 | 0,833329425 | |||
3,0 g/L | 1ª leitura | 2088,855 | 1741,375 | 1,199543464 | 1,275811 | 0,107858491 |
2ª leitura | 3170,129 | 2344,634 | 1,352078405 | |||
4,0 g/L | 1ª leitura | 875,732 | 572,634 | 1,529304931 | 1,640686 | 0,157516668 |
2ª leitura | 254,486 | 145,249 | 1,75206714 |
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