TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Industria de fitoterápicos

Por:   •  1/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  419 Visualizações

Página 1 de 7

5.0. PRODUTOS FABRICADOS E INSTALAÇÕES

O desenvolvimento do material vegetal na indústria de fitoterápicos se dá pelas seguintes fases: cultivo e colheita da droga vegetal, secagem, estocagem, moagem ou redução de tamanho, extração, filtração / clarificação, concentração: eliminação parcial do solvente, e secagem: obtenção extrato seco. O processo é acompanhado/realizado desde o cultivo e a colheita da planta, que influenciam muito na qualidade final do produto.

        Para que haja qualidade desde o processo de obtenção das plantas, há a necessidade de atender as especificações botânicas e agronômicas/fitoquímicas das plantas, para que se possa obter uma produção abundante e homogênea de matéria-prima. Após a colheita, deve-se fazer uma inspeção visual, limpeza e descontaminação das plantas, para avaliar o rendimento das plantas e leva-las para o processo de secagem, armazenamento e transporte.

A extração da droga vegetal é realizada pelas seguintes etapas dentro da indústria: Planta fresca › Secagem (droga vegetal) › Moagem (droga em pó) › Extração (utilizando água ou álcool, por maceração e/ou percolação) › Extrato fluído /tintura › Extrato seco (Spray dryer/ liofilização) › Extrato padronizado.

Para que possamos seguir estes processos com qualidade, precisamos da utilização dos seguintes equipamentos para as etapas de:

Secagem

        A secagem é feita por meio de estufas com circulação de ar, pois as plantas necessitam de ação moderada de temperatura, reduzindo assim os riscos de danificar princípios ativos durante secagem, melhorando a eficiência através de processo com circulação e renovação de ar.

[pic 1][pic 2]

Estufas de secagem com circulação e renovação forçada de ar.

Moagem

A moagem é um mecanismo de redução da superfície de contato da planta, tornando seus ativos mais acessíveis ao solvente ou a forma de administração, além de facilitar a manipulação de tais plantas na indústria. Para cada tipo de planta, há um tipo diferente de moinhos, sendo estes:

› Moinhos de facas: tem como ação o corte, sendo utilizado para materiais fibrosos, tais como folhas, talos, cascas e raízes.

› Moinhos de martelo: tem como ação o impacto, servindo para todos os materiais, mas destacando-se seu uso para drogas friáveis, contém resinas.

› Moinhos de discos: tem como ação a pressão e o atrito, sendo mais utilizado para extratos secos, frutos dessecados, sementes.

[pic 3]                                     [pic 4]

Moinho de facas, Tipo Wiley, que pode ser utilizado sobre a bancada.

 Moinho de martelo, modelo industrial.

Peneiramento

        Para separar as plantas pelo tamanho da superfície de contato da planta, há a etapa de separação de tamanho, podendo utilizar-se de “peneiras” que podem funcionar por vibração, ventilação ou por sistema combinado, dependendo do tamanho do pó desejado.

[pic 5]

Peneirador por vibração.

Extração

A extração é um processo preliminar para a fabricação dos extratos secos. Existem vários métodos, tais como: maceração e a percolação; a escolha de qual método que será utilizado depende de vários fatores, tais como: tamanho da partícula, porosidade, agitação, temperatura e o solvente utilizado para realizar a extração. O processo de extração ocorre com a molhagem do pó pelo solvente e, em seguida, ocorre a lixiviação das substâncias na superfície e dissolução das substâncias no interior das células e difusão (pela afinidade química).

› Maceração

[pic 6]

É uma das técnicas mais utilizadas devido à simplicidade e ao baixo custo e utiliza tanques de maceração, onde a planta ficará em contato com o solvente.

A matéria prima fica em recipiente fechado, em temperatura ambiente, por tempo prolongado.

Tanques de maceração de aço de preferência são de inoxidável, fáceis de limpar e de grande volume. Mas também podem ser de Metal, Polímero, Fibra, dependendo do porte e da categoria.

› Percolação

[pic 7]

A percolação é um processo dinâmico, onde o princípio ativo da planta é retirado pela passagem contínua de líquido extrator. Os maiores benefícios deste método é a economia do liquido extrator e o tempo relativamente curto que este utiliza para realizar o processo.

O percolador possui baixo custo e baixo consumo de energia, tendo também uma facilidade no manuseio.

Spray Drying (secagem)

A secagem para a obtenção do extrato seco pode ser feita a partir de secagem em estufas (longo tempo de exposição a temperatura de 40ºC), liofilização (onde há o congelamento e sublimação da água), microondas (frequências de 2400 a 2500 MHz, sob pressão reduzida) e, o mais utilizado: a secagem por aspersão (spray drying). A secagem por aspersão ocorre quando há transferência de calor por convecção à alta temperatura para líquido na forma de gotículas, ou seja: as gotículas de água entram em contato com o ar aquecido e há a evaporação do solvente e a formação da partícula sólida.

[pic 8]     [pic 9]

Figura ilustrando o aspersor pneumático (figura A), e o aspersor de disco giratório (figura B), adaptado de Oliveira, Petrovick (2010).

Formação de partícula por secagem por aspersão, adaptado de Oliveira, Petrovick (2010).

Com a transferência de calor do ar aquecido às gotículas, o líquido da superfície evapora-se rapidamente. As vantagens desse equipamento na indústria apresentam-se pelo custo baixo do processo, rapidez e rendimento, processo contínuo, baixa agressividade ao produto, o que a faz apropriada para produtos termossensíveis devido ao curto tempo de contato com a fonte de calor, podendo assim, ser empregada com sucesso na produção de produtos fitoterápicos, controle da uniformidade e do tamanho das partículas do produto pela manipulação das variáveis do processo, ou seja, maior estabilidade físico-química do produto obtido.

Desenvolvimento das formas farmacêuticas sólidas

› Cápsulas

Para o processo de encapsulamento dos extrato seco (pós), pode-se utilizar cápsulas gelatinosas duras e cápsulas gelatinosas moles, de acordo com a forma e as dimensões das substâncias medicinais.

[pic 10][pic 11]

Encapsuladora ESA 11.000, este modelo executa as três operações envolvidas no encapsulamento: colocação das cápsulas, alimentação do pó e fechamento das cápsulas e produz de entre 11.000 e 12.000 cápsulas/hora.

› Sólidas

Para as formas sólidas, necessitar-se-á de um misturador e de um compressor. Pois, de acordo com o comprimido necessitar-se-á de adjuvantes, como material de enchimento (lactose, sacarose), desintegrante (amido, celulose), aglutinante úmido (gelatina, PVE), aglutinante seco (celulose, metilcelulose), deslizante (sílica), lubrificante (estearato de magnésio), antiaderente (talco).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.2 Kb)   pdf (463.3 Kb)   docx (519.9 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com