Modelo Assistencial Para Pacientes Com Asma na Atenção Primária
Por: MarianniTonholo • 16/6/2020 • Resenha • 478 Palavras (2 Páginas) • 353 Visualizações
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Resenha IX: Modelo Assistencial para Pacientes com Asma na Atenção Primária
Alunas: Geovanna Oliveira
Marianni Tonholo
Sara Viol
Professor: Ângelo Roncalli
O artigo aborda que para haver estruturação de um programa voltado ao controle e prevenção de agravos da asma, é necessário que se estabeleçam ações de regionalização, planejamento e gerenciamento. Vale ressaltar, que atualmente, as Portarias Ministeriais permitem que cada município trate suas necessidades com iniciativas locais, inclusive com parcerias com as Universidades. Nesse contexto, torna-se imprescindível a implantação de um modelo ideal por meio de demanda organizada através de atendimento em estrutura física, além da dispensação de medicamentos e capacitação profissional. A descrição da situação atual de como operam as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para captação, diagnóstico e seguimento do paciente com asma, assim como da situação atual quanto aos perfis profissional e setorial. Apresenta-se um modelo assistencial para captação, diagnóstico e seguimento do asmático na atenção primária.
Sabe-se que a asma é uma doença genética, que possui natureza inflamatória crônica, e se caracteriza por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo, mediados por exposição ambiental. A classificação de gravidade da asma baseia-se na análise de frequência e intensidade dos sintomas, além de avaliação da função pulmonar e necessidade de broncodilatador. Mesmo sendo uma doença alérgica de característica crônica, a asma é vista, especialmente no âmbito público, apenas como uma doença sazonal. Sabe-se que anualmente ocorrem cerca de 350 mil internações por asma no Brasil, constituindo-se a quarta causa de hospitalização pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (2,3% do total), sendo a terceira causa entre crianças e adultos jovens.
O tratamento da asma vem sendo feito pela tradicional dicotomização de relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas (broncodilatadores) e supressão da inflamação dessas vias (corticoides). Deste modo, as recomendações consensuais atuais sugerem o tratamento desta em sua totalidade, ou seja, alívio rápido e controle a longo prazo. De acordo com consensos, pacientes devem ter disponível a medicação de alívio rápido conforme necessário, levando em consideração o parâmetro limítrofe de dois dias por semana ou até duas vezes por mês de despertares noturnos. Esta situação deve ser considerada um dos indicadores para o descontrole da doença.
Não obstante a existência de financiamento para aquisição de medicamentos de controle, não se estabeleceu a criação de políticas locais de manejo da asma por meio de atividades programáticas específicas e coordenadas. Na formulação de políticas de assistência farmacêutica, o medicamento é um importante insumo, porém, ao mesmo tempo, é um importante fator de risco, se usado inadequadamente. Nesse contexto, o escopo da gestão pública é assegurar a clareza da utilização do medicamento e principalmente a prescrição segura e eficaz, baseadas em protocolos que estabelecem critérios de diagnóstico de cada doença, tratamento preconizado com os medicamentos disponíveis nas respectivas doses corretas, mecanismos de controle, equipe de acompanhamento, verificação de resultados, racionalização da prescrição e fornecimento dos medicamentos.
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