O Diagnósticos Microbiológicos
Por: Thalita Vieira • 9/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.406 Palavras (6 Páginas) • 435 Visualizações
Introdução
O diagnostico microbiológico é um conjunto de procedimentos ultilizados afim de descobrir o agente etiológico de uma determinada doença infecciosa. Grande parte dos testes microbiológicos tem por objetivo o isolamento de microrganismos que devem ser levados ao laboratório com todo cuidado para que a amostra não seja contaminada com o ambiente. O material utilizado em laboratório para analises microbiológicas deve ser totalmente limpos, estéreis, e isentos de resíduos químicos e orgânicos.
Diagnosticos microbiológicos
Os métodos de diagnósticos podem ser diretos e indiretos, sendo que o método direto são os que demonstram o agente, seus metabolitos ou componentes antigênicos nos fluidos orgânicos, e o indireto consiste na demonstração do efeito que o agente causou em seu contato com o sistema imunocompetente do hospedeiro.
O método direto pode ser feito de 4 maneiras diferentes:
- Cultivo de microrganismos em meio de cultura especifico
- Visualização do patógeno através de microscopia
- Detecção de antígenos específicos do patógeno
- Detecção de sequencia de ácidos nucleicos do patógeno.
[pic 1]
Os meios de cultura são preparações químicas que estimulam o cultivo de microrganismos a serem analisados em um determinado procedimento, permitindo que sejam estudados.
O diagnostico mais exato é o de isolamento e identificação do agente bacteriano a partir de materiais coletados, conhecido normalmente por exame de cultura, onde a amostra é avaliada, depois se escolhe o meio de cultura que será utilizado para esta amostra, e por fim a temperatura ideal e a atmosfera de incubação adequada. É fundamental conhecer o microrganismo a ser analizado, algumas bactérias são muito sensíveis a alterações de temperatura e atmosfera, por isso esses dois fatores são muito importantes na hora de se manipular uma cultura microbiológica.
No diagnostico microbiologico indireto é possível identificar a infecção através do sistema imunológico do paciente buscando anticorpos de resposta imune especifica.
Algumas observações devem ser levadas em consideração para o diagnostico microbiológico como:
- Preparo do paciente
- Seleção de sítio anatômico e natureza do espécime clínico
- Momento da coleta
- Amostragem do espécime – número e quantidade
- Técnica de coleta: punção, swab, eliminação espontânea, aspirados, fragmentos de biópsia, etc
- Natureza do equipamento de coleta e controle de população microbiana
- Armazenamento e transporte do material coletado
- Antibioticoterapia
Isolamento
Deve-se primeiro avaliar a amostra e a sua origem anatômica, para determinar qual o melhor tratamento da amostra, como centrifugação ou homogeneização, conservação, entre outras. Após isso selecionar o meio de cultura a ser utilizado para cada amostra, e por fim escolher a temperatura e atmosfera de incubação.
Os procedimentos realizados para o processamento das amostras devem ser realizados dentro de uma capela de fluxo-laminar com nível de segurança biológica.
A manutenção da umidade e do PH da amostra e indispensável para manter a viabilidade dos microrganismos. A escolha do transporte dependerá do tipo da amostra clínica e do provável agente microbiano.
A temperatura de incubação utilizada para a maioria dos microrganismos patogênicos ao homem gira em torno de 35 a 37°C. Quanto à atmosfera, as bactérias podem ser aeróbias estritas, aeróbias facultativas, microaerófilas ou anaeróbias estritas. Para a obtenção de atm de microaerofilia (menos que 6% de O2) ou anaerobiose, vários procedimentos podem ser utilizados.
Procedimentos adequados devem ser seguidos para evitar o isolamento de um ‘falso agente etiológico’:
- Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível;
- Instruir claramente o paciente sobre o procedimento;
- Observar a anti-sepsia na coleta de todos os materiais clínicos;
- Colher do local onde o microrganismo suspeito tenha maior probabilidade de ser isolado;
- Considerar o estágio da doença na escolha do material.
- Quantidade adequada de material deve ser coletada para permitir uma completa análise microbiológica;
- O pedido do exame deve conter dados como idade, doença de base e indicação do uso de antibióticos.
- Técnicas de identificação microbiológica
A presença de bactérias patogênicas pode ser confirmada pelo exame de esfregaços corados, pelas características culturas e bioquímicas e pela detecção realizada com métodos imunológicos e moleculares (MURRAY et al., 1999).
- Exame de esfregaços corados
Material celular e microrganismos são frequentemente transparentes e podem ser mais bem distinguidos pelo uso de corantes, por isso a maioria das observações são feitas com preparações coradas. As amostras podem ser
observadas por microscópio de luz direta, de contraste de fase ou de campo escuro.
[pic 2]
O azul de metileno é um corante básico que reage com componentes ácidos das células e tecidos, os quais incluem grupos fosfatos, ácidos nucléicos, grupos sulfatos de glicosaminoglicanas e grupos carboxila das proteínas.
Fonte:http://lh5.ggpht.com/_zsRXTqwMxI/TcM1zNTxHmI/AAAAAAAABPc/VGkEea3PtkI/s1600-h/fotos%20014%5B2%5D.jpg
- Coloração de Gram
Este é um dos procedimentos mais úteis, pois classifica as bactérias em dois grandes grupos: gram-positivas e gram-negativas. devido ao seu largo espectro de coloração, este método é o mais utilizado em exames diretos ao
microscópio de amostras clínicas e de colônias bacterianas.
Neste procedimento um esfregaço fixado pelo calor é recoberto com um corante básico púrpura, usualmente a violeta genciana que impregna todas as células, esta é a coloração primária. Após um curto período, o corante púrpura é lavado e o esfregaço é coberto com iodo, quando o iodo é lavado, ambas bactérias gram-positivas e gram-negativas aparecem na cor violeta.
A seguir a lâmina é lavada com álcool ou uma solução de álcool-acetona, esta é a solução descolorante. O álcool é lavado e a lâmina é então corada com um corante básico vermelho, como a fucsina e o esfregaço é lavado novamente.
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