Relatório - Teste de Chama
Por: Ravena Costa • 19/3/2016 • Relatório de pesquisa • 2.630 Palavras (11 Páginas) • 3.509 Visualizações
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus Jequié[pic 1]
Departamento de Química e Exatas - DQE
Disciplina: Química Geral (2) – Farmácia
Professor: Cleber Galvão Novaes
Alunos: Cássio Araújo, Ravena Costa e Renata Andrade.
Atividade: Aula prática Data: 22.12.2015
TESTE DE CHAMA
[pic 2]
Jequié – Bahia
Dezembro – 2015
1. INTRODUÇÃO
O teste de chama ou prova de chama é uma técnica de análise elementar utilizada na Química para identificar a presença de cátions metálicos em uma solução segundo a cor que a chama apresenta em contato com a solução. O espectro emitido pelo elemento examinado possui um comprimento de onda característico, de forma que pode ser facilmente identificado através do teste de chama.
Quando um elétron recebe energia, ele pula do seu estado fundamental para uma camada superior mais externa, e, no entanto, essa energia logo é liberada, fazendo com que ele volte para o seu estado fundamental, emitindo a energia absorvida. Consequentemente ele libera a energia na forma de radiação eletromagnética, isto é, luz, cujo comprimento de onda será característico do elemento.
A radiação eletromagnética liberada por alguns elementos possui o comprimento de onda visível a olho nu, ou seja, ela está dentro dos limites do espectro visível, onde os comprimentos de onda podem variar em média de 400 a 700 nanômetros.
2. OBJETIVOS
- Identificar os cátions presentes nos elementos químicos presentes nas amostras através do teste de chama.
- Visualizar os fenômenos energéticos que ocorrem a nível eletrônico.
- Visualizar as cores emitidas por cada elemento exposto à chama.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1) Materiais Utilizados:
- Espátula
- Bico de Bunsen
- Béquer
- Vidro de relógio
- Ácido Clorídrico (HCl) concentrado
- Cloreto de Bário (BaCl2)
- Cloreto de Sódio (NaCl)
- Cloreto de Cálcio (CaCl2)
- Cloreto de Potássio (KCl)
- Cloreto de Estrôncio (SrCl2)
- Solução de Cloreto de Lítio (LiCl)
- Sulfato de Cobre II (CuCl2)
- Sulfato de Níquel (NiSO4)
3.2) Procedimento Experimental:
Acendeu-se o bico de Bunsen até que obteve-se uma chama invisível, ou seja, de cor azul clara, considerada uma chama quente; umedeceu-se a espátula no ácido clorídrico concentrado e levou-a ao queimador, onde foi colocada na parte mais quente da chama até que o ácido fosse evaporado; com a espátula, apanhou-se um pouco da amostra e levou a espátula à zona oxidante da chama, ou a zona mais quente (externa e menos luminosa); em seguida, observou-se a cor da chama, tentando identificar o cátion presente no elemento da amostra; quando a amostra terminou de queimar, levou-se a espátula até a pia, lavando-a com água abundante, bucha e sabão. Logo após, mergulhou-a no ácido clorídrico (HCl) concentrado. E procedimento se repetiu com as outras amostras até que todas tivessem sido testadas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme o andar do procedimento, pode-se notar as diversas cores dos elementos químicos segundo o seu comprimento de onda. E, com isso, montaram-se tabelas nas quais foram colocadas as cores obtidas no experimento e as cores esperadas segundo a literatura. Na tabela 1, notamos os elementos químicos da família 1 A ou 1, classificada como metais alcalinos. Esses metais possuem apenas um elétron na sua camada de valência, de forma que, através da chama, eles absorvem energia mais rapidamente que qualquer outro elemento da tabela periódica.
Tabela 1. Cores observadas e esperadas dos metais da família 1 A.
REAGENTES | COR OBSERVADA | COR SEGUNDO A LITERATURA |
LiCl | Vermelho | Rosa |
NaCl | Amarelo Ouro | Laranja |
KCl | Violeta | Violeta |
Na tabela 2, temos os elementos da família 2 A ou 2, elementos classificados como metais alcalino-terrosos, e possuem dois elétrons na sua camada de valência. Leva-se mais tempo para ser energizado.
Tabela 2. Cores observadas e esperadas dos metais da família 2 A.
REAGENTES | COR OBSERVADA | COR SEGUNDO A LITERATURA |
CaCl2 | Laranja-avermelhado | Vermelho-tijolo |
SrCl2 | Vermelho-alaranjado | Vermelho-carmim |
BaCl2 | Laranja-esverdeado | Verde |
Na tabela 3, temos dois metais de famílias distintas; entretanto, ambos são metais de transição. O níquel pertencente à família 8 B ou 10, enquanto o cobre pertence à família 1 B ou 11. Ambos possuem dois elétrons na camada de valência, porém exigem uma energia de ionização maior que os dos elétrons das famílias 1 e 2. Devido a isso, eles demoram mais a ganhar energia, então a cor levou muito mais tempo para aparecer.
Tabela 3. Cores observadas e esperadas dos metais da família 8 B e 1 B.
REAGENTES | COR OBSERVADA | COR SEGUNDO A LITERATURA |
CuSO4 | Verde-piscina | Verde |
NiSO4 | Laranja-amarelado | — |
Nota-se que as cores obtidas nos experimentos não são tão compatíveis com as que foram encontradas na literatura. Algumas possuem uma cor quase aproximada, e outras são bem distintas. Infelizmente no caso do níquel, não foi possível achar nenhuma cor segundo a literatura. É necessário, no entanto, levar em consideração que essas diferenças possam ter sido causadas pelos seguintes fatos: cada pessoa tem uma percepção diferente das cores, de modo que algumas podem ser mais objetivas, dizendo que é simplesmente rosa, e outras mais subjetivas, que é um vermelho-carmim; o olho humano não é confiável, pois possui uma percepção muito limitada; algumas pessoas podem ter distúrbios visuais, como daltonismo, por exemplo; todas as amostras usadas nos experimentos estavam vencidas, então é provável que tenha afetado a efetividade do produto; as espátulas podem não ter sido higienizadas corretamente, já que os alunos ainda estão em fase de aprendizado.
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