Relatório ensaios de verificação de capsulas
Por: brunamagalha1995 • 26/5/2017 • Relatório de pesquisa • 1.593 Palavras (7 Páginas) • 1.150 Visualizações
Indice
Introdução 2
Objetivos 4
Materiais e Métodos 5
Cálculos e Resultados 7
Discussão e Conclusão 8
Referências Bibliográficas 10
Introdução
Este relatório surge no âmbito do plano curricular do curso de Farmácia - Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto, sendo realizado na unidade curricular de Praticas laboratoriais integradas V.
Segundo a Farmacopeia Portuguesa VIII, cápsulas são preparações farmacêuticas sólidas constituídas por um invólucro duro ou mole, de forma e capacidade variáveis, contendo uma dose de substância ativa. Como outras formas farmacêuticas, as cápsulas devem ser submetidas a diversos processos de controlo de qualidade. Define-se controlo de qualidade como o conjunto de medidas destinadas a garantir, em qualquer momento, a produção de lotes de medicamentos e demais produtos, que satisfaçam às normas de identidade, atividade, teor, pureza, eficácia e inocuidade.
Os ensaios de verificação de cápsulas incluem, como todas as formas farmacêuticas, diversos ensaios nas matérias-primas. Podem fazer-se ensaios ao longo do processo e no produto final, entre os quais se destacam:
- Identificação das substâncias activas;
- Doseamento das substâncias activas;
- Identificação e/ou doseamento de alguns excipientes; - Ensaio de desagregação;
- Ensaio de dissolução;
- Verificação do número de lote, prazo de validade, rótulo, folheto informativo e integridade da embalagem.
No presente trabalho laboratorial, iremos realizar o ensaio de doseamento do principio ativo das cápsulas Rantundil 90 Retard®, nomeadamente a acemetacina, por HPLC.
A acemetacina é um fármaco pertencente ao grupo dos anti-inflamatórios não-esteroides (AINES). É derivado indolacético e age inibindo a ação da enzima ciclooxigenase, fulcral na cascata do ácido araquidónico, permitindo diminuir assim a formação de prostaciclinas e tromboxanos. É essencialmente usada no tratamento de inflamações como artrite reumatoide, osteoartroses e inflamações reumáticas.
Os ensaios de potência ou doseamento são aqueles que visam quantificar o teor de substância ativa em medicamentos. A Cromatografia Líquida de Elevada Pressão (HPLC) é uma técnica de separação cromatográfica que se baseia na distribuição diferencial das espécies entre duas fases não miscíveis: uma fase estacionária contida no interior de uma coluna e uma fase móvel, ou eluente, que é líquida e atravessa a fase estacionária. Este tipo de cromatografia fundamenta-se principalmente em mecanismos de adsorção, de partição, de troca iónica ou de exclusão molecular. O HPLC apresenta boa sensibilidade e baixa vulnerabilidade a interferentes, já que se trata de uma técnica de separação acoplada a um sistema de deteção. Basta que o produto seja solúvel em algum solvente cromatográfico ou mistura de solventes e detetável por algum dos diversos sistemas de deteção para que se possa aplicar este método. Os métodos cromatográficos geram gráficos com picos que representam a passagem do analito pelo detetor em determinado instante da análise. Esse pico pode ser relacionado com a concentração desde que seja construída uma curva analítica com padrões. Para estabelecer essa correlação pico/concentração é preciso determinar a altura ou a área dos picos obtidos.
Nas análises por HPLC, a quantificação pode ser efetuada por diversos métodos tais como:
- Método do Padrão Externo, em que são preparadas soluções-padrão contendo apenas o composto a analisar (padrão externo) em concentrações rigorosamente conhecidas;
- Método do Padrão Interno, em que, para além do composto a analisar, é adicionado um outro composto com tempo de retenção diferente (padrão interno), o que permite obter uma proporção de sinal entre estes dois compostos e avaliar se houve perdas durante o ensaio.
Neste caso, utilizou-se o Método do Padrão Externo e a concentração do componente em análise foi determinada por comparação da área do pico obtido para a solução-amostra com a área do pico obtido com uma solução-padrão.
Objetivos
O principal objetivo desta atividade prática é verificar se o teor de acemetacina por cápsula está dentro dos limites estipulados pela Farmacopeia Portuguesa.
Objetivos específicos:
● Executar metodologias de análise de cápsulas contribuindo para a garantia da qualidade das mesmas;
● Avaliar a metodologia de manipulação de cápsulas através dos resultados obtidos, visando ao aperfeiçoamento dos processos de manipulação;
● Desenvolver e validar metodologia analítica para doseamento de acemetacina por cromatografia líquida de alta eficiência;
● Dominar as técnicas e procedimentos inerentes às pesagens e medições de volumes;
● Efetuar todos os cálculos necessários para a execução dos ensaios de controlo de qualidade.
Materiais e Métodos
● Equipamento de proteção individual (bata e luvas);
● Equipamento de delimitação do campo de trabalho (papel costaneiro);
● Álcool a 72% ;
● Vidro de relógio;
● Pipeta de vidro;
● Espátula;
● Balança analítica;
● Balão volumétrico;
● Seringa com filtro de 0,2 µm;
● Cápsulas Rantundil 90 Retard® (Data de validade: 11/2013; Lote:9661637);
● Metanol- Solvente(Data de validade: 01/2018; Prolabo; Lote:13090532);
● Acemetacina (Lote: 038F0022);
● Equipamento HPLC;
● Vials de HPLC.
Procedimento
Uma vez previamente preparado pela docente o equipamento de HPLC:
Preparação da solução padrão de acemetacina:
● Pesou-se rigorosamente num vidro de relógio em balança analítica …mg de acemetacina;
● Transferiu-se para um balão volumétrico de 50ml a acemetacina e adicionou-se metanol até aproximadamente metade do volume do balão;
● Colocou-se em banho de ultrassons (desgaseificação por borbulhamento) a solução durante 10 minutos;
● Perfez-se os 50ml com metanol;
● Transferiu-se um pouco da solução resultante para um vial de HPLC.
Preparação da solução-amostra (cápsulas de acemetacina 90 mg – Rantudil 90 Retard®):
● Foi-nos fornecido pela docente o peso médio das 20 cápsulas e posterior produto triturado em pó fino em almofariz;
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