A AÇÃO FISIOLÓGICA E TERAPÊUTICA DA CINESIOTERAPIA E DO BIOFEEDBACK NA ANORGASMIA NO PERÍODO PUERPÉRIO

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Título em português: A AÇÃO FISIOLÓGICA E TERAPÊUTICA DA CINESIOTERAPIA E DO BIOFEEDBACK NA ANORGASMIA NO PERÍODO PUERPÉRIO

Título em inglês:

Jatobá, Fernanda Ribeiro; Oliveira, Raquel Bastos de; Jesus, Rebeca Olimpio Silva de^[1].

Braga, Mariana Alves².

Endereço para correspondência: Nome, telefone, email de um ou todos os participantes.

                                                                     

RESUMO

O presente artigo tem como escopo, tratar sobre a         ação fisiológica e terapêutica da cinesioterapia e do biofeedback na anorgasmia no período puerpério, onde sabe-se que as disfunções sexuais femininas estão presentes nas várias etapas da vida da mulher, inclusive dificuldades sexuais na gestação e puerpério, durante este estudo, verificou-se que, no período do puerpério, há uma grande diminuição do desejo sexual, sendo assim, será mostrado as disfunções sexuais no puerpério e os principais fatores correlacionados. A partir da revisão da literatura pode-se concluir que inúmeros fatores interferem na função sexual, sendo fundamental a avaliação desta antes, durante e após a gestação, onde o casal deve ser orientado sobre as inúmeras mudanças que ocorrem neste período, sendo assim, fundamental que a equipe de saúde esteja preparada para auxiliar o casal em cada momento. A metodologia utilizada para realização deste trabalho é a pesquisa bibliográfica.   Palavras-Chaves: Ação fisiológica. Cinesioterapia. Biofeedback. Anorgasmia. Puerpério.

ABSTRACT

This article aims to address the physiological and therapeutic action of kinesiotherapy and biofeedback in postpartum anorgasmia, where it is known that female sexual dysfunctions are present in various stages of a woman's life, including sexual difficulties during pregnancy and pregnancy. puerperium, during this study, it was found that during the postpartum period, there is a great decrease in sexual desire, thus, it will be shown the sexual dysfunctions in the puerperium and the main correlated factors. From the literature review it can be concluded that many factors interfere with sexual function, being fundamental to evaluate this before, during and after pregnancy, where the couple should be oriented on the innumerable changes that occur in this period, thus being fundamental that the health team is prepared to assist the couple at all times. The methodology used to carry out this work is the bibliographic research.                                                                      Keywords: Physiological action. Kinesiotherapy. Biofeedback. Anorgasmia. Puerperium.

1. INTRODUÇÃO

Puerpério é o período compreendido entre a expulsão da placenta até o retorno à condição fisiológica pré-gravídica, inicia-se ao final do parto, prolonga-se por 6 a 8 semanas e termina quando todos os órgãos da reprodução tenham retornado ao estado não gravídico. É uma fase importante, que pode causar complicações, independentemente do tipo de parto, afirma Juliana Schulze, et al 2016. A mesma cita que, durante o ciclo gravídico e puerpério, o corpo da mulher sofre várias mudanças fisiológicas que alteram o funcionamento dos sistemas e ocorrem especificamente no corpo uterino, istmo, colo uterino, tubas uterinas, ovários, vagina, vulva, períneo e mamas, provocando-lhe desconfortos físicos.

A disfunção sexual no puerpério pode ser ocasionada por alguns fatores, dentre eles as alterações físicas. Os músculos do assoalho pélvico feminino servem para sustentação das vísceras internas, em caso e flacidez (hipotonia) podem ocorrer alterações das suas devidas posições, levando às disfunções sexuais como a anorgasmia, relata Aline et al (2018).                                                                                              

A resposta sexual normal na mulher é constituída por um conjunto complexo de fatores fisiológicos. A primeira fase da resposta sexual é a do desejo, acompanhada por quatro fases consecutivas que compreendem: a excitação, platô, orgasmo e resolução. Para Parisotto (2010), a anorgasmia é caracterizada como falta de prazer orgástico depois de um tempo de excitação normal. Em relação, à mulher atingir o clímax em uma relação sexual ocorre contrações da musculatura genital, quando este fenômeno não ocorre a mulher apresenta um quadro de anorgasmia. (dados estatísticos)

A atuação da fisioterapia neste caso tem o papel de conscientizar a puérpera sobre a musculatura do assoalho pélvico através do biofeedback e fortalecer ou relaxar os MAP com exercícios cinesioterapeuticos, ambos ajudarão no suporte e bom funcionamento da musculatura, agindo diretamente sobre a anorgasmia. Segundo Mendonça (2010) a fisioterapia promove o relaxamento, melhora a vascularização local, a percepção e controle dessa musculatura perineal, consequentemente promovendo um aumento do desejo sexual e aumentando a excitação e prazer.

- Falta: falar sobre os recursos – cinesio e biofeedback e objetivo

        Pereira (2008) destaca posteriormente que os exercícios trazem benefícios a sexualidade feminina como o aumento da vascularização, da força e tonicidade, da estimulação clitoriana, da excitação, da conscientização das sensações clitoriano- vaginais que conduzem a descarga orgásmica, além de proporcionar aumento da autoestima e da busca ao próprio prazer.                                         Biofeedback ou miofeefback, traduzido literalmente como retroalimentação biológica, é essencialmente toda e qualquer abordagem que a fisioterapia utiliza para conscientizar um paciente de seu corpo e suas funções, sejam estímulos táteis, visuais, auditivos ou elétricos (perineômetro por pressão ou eletromiograma, toque digital ou cones vaginais (GROSSE; SENGLER, 2002).                                         Bors, em 1952, descreveu os efeitos da estimulação elétrica na musculatura do assoalho pélvico e, a partir de seus estudos, a aplicação da eletroestimulação como terapêutica para normalização do tônus dos MAP foi ganhando cada vez mais adeptos por ser um recurso capaz de recrutas as fibras musculares de forma mais rápida, principalmente nos casos em que o comprometimento da ação muscular é importante (JERWOOD et al, 1993).                                                                A atuação da fisioterapia no tratamento das disfunções sexuais abrange diversos tipos de terapias, como o treinamento muscular do assoalho pélvico, que através da literatura é considerado o tratamento de alta qualidade para disfunção sexual, estimulação elétrica transcutânea (TENS), massagem perineal, biofeedback, dilatadores e exercícios de contração dessa musculatura, que em sua maioria apresentaram eficácia e resultados positivos, reduzindo o quadro álgico, aumentando a força muscular e melhorando assim, a função sexual (MENDONÇA; AMARAL 2011).                                                                                OBJETIVO Desta forma é importante evidenciar que o planejamento interventivo deve ser individualizado para cada caso, devendo ocorrer uma junção das áreas que trabalhem com essa temática – psicólogos, fisioterapeutas e médico, atuando de forma interdisciplinar, envolvendo de forma integral a sexualidade feminina e as problemáticas sexuais relacionados (MARTINS FRANCINE; 2017).