História da Fisioterapia
Por: luizpelegrini • 29/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.586 Palavras (7 Páginas) • 406 Visualizações
FACULDADE PARANAENSE LUIZ CLAUDIO SILVA PELEGRINI |
HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA |
CURITIBA 2018 LUIZ CLAUDIO SILVA PELEGRINI HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA Trabalho apresentado a disciplina: Evolução da história da fisioterapia. Ministrado pelo professor Thiago Rocha. CURITIBA 2018
A disciplina aborda a evolução da história da fisioterapia no brasil e no mundo com suas repercussões políticas, econômicas e social, como suas áreas de atuação, legislação e papel da profissão no cenário da saúde. A história compreende 4 períodos, ou seja, 1- antiguidade, 2 - idade média, 3- renascimento e 4 -industrialização. A mais ou menos 4000 anos AC. As pioneiras no curso de fisioterapia no Paraná, mais exatamente em Curitiba foram a Universidade Tuiuti do Paraná, na época chamada de Faculdade de Reabilitação Tuiuti (1981) juntamente com a Pontifica universidade católica. Hoje só a nível de Curitiba existem 15 faculdades (universidades e faculdades) ensinado a disciplina de fisioterapia e no Brasil e, torno de 695, formando a cada ano 3500 novos fisioterapeutas. Esta história de evolução foi tão grande, que alguns aparelhos fisioterapêuticos da época não existem mais, são somente “peças de museu”, como por exemplo banho de parafina que era usado em paciente pós cirúrgico, forno de Bier, mesa de tração, também chamada de mesa de Canavel, que servia para imobilizar o paciente, deixando amarrado em pé com várias cintas largas no seu corpo para exercícios (quando este se encontrava paraplégico), roda de ombro, sendo um raio de bicicleta adaptada, um pedaço de ferro, na sua ponta fixado na parede, servia como alavanca para o paciente girar no sentido horário, para o seu tratamento (uma deficiência de ombro). Pacientes com dores na coluna eram colocados na maca de bruços e após colocava-se o forno de Bier diretamente ao redor da região que apresenta dor, o processo é absolutamente indolor, sendo que o paciente referia, na maioria das vezes, sensação agradável durante e logo após a aplicação. Este aparelho tinha dois tipos de aplicação o primeiro de resistência e o segundo de lâmpadas, tempo de tratamento era de 30 minutos. Cada clinica tinha somente um fisioterapeuta, esse fazia avaliação, mas quem tratavam eram chamados na época “auxiliares de fisioterapia” que não tinham curso algum somente pela prática, onde ligavam e desligavam aparelhos, não tendo nenhum compromisso com o paciente na sua recuperação. O CREFFITO estava dando seus primeiro passos no Paraná, tinha uma barreira muito grande com os médicos (principalmente fisiatra e ortopedista) onde eles não confiavam no profissional fisioterapeuta, esse profissional não tinha voz ativa para dar sugestões e diagnósticos, mas com a mudança para melhor o fisioterapeuta também ganhou atribuições regras, deveres, leis, normas, amparos legais, vários decretos, tomadas de decisões, curso de especializações que vieram ajudar muito o profissional de fisioterapia e a saúde em geral. A disciplina nos apresentou quem foram os primeiros fisioterapeutas no Brasil, legislação, conceito, conselho federal e estadual, técnica de desenvolvimento e especialidades, como também trabalhar em nível individual e coletivo – Equipe Multidisciplinar, Interdisciplinar e Transdisciplinar. Segundo Botomé e Rebelatto (1999, p. 47), O fisioterapeuta nunca deve trabalhar sozinho em todas as áreas, a uma equipe ortopedista, enfermagem, nutricionista a nível hospitalar, acrescentando preparador físico e fisiologista, a nível do esporte. O fisioterapeuta passa a fazer parte da chamada área de saúde e foi evoluído no decorrer da história, teve seus recursos e formas de atuação quase que voltadas exclusivamente ao atendimento do indivíduo doente. O exercício começa a ser sistematizado (planejado). Os princípios dos exercícios começam a ser colocados em prática; Cinesioterapia: O estudo da biomecânica e da cinética do corpo humano. A modernização dos serviços, com o consequente aumento da oferta e da procura, vai levar os chamados médicos de reabilitação a se preocuparem com a resolutividade dos tratamentos. Com este objetivo, empenharam-se para que o ensino da fisioterapia como recurso terapêutico, então restrito dos bancos escolares das faculdades médicas nos campos e prático. Deveria ser difundido entre os paramédicos, que eram os praticantes da arte indicada pelos doutores de então. Novaes, 1998. Ainda segundo Novaes 1998, no Brasil para a formação de técnicos em fisioterapia, com duração de um ano em período integral, ministrado por médicos, o curso paramédico levou o nome de Raphael de Barros formando os primeiros fisioterapeutas. Essa nova maneira de atuar ou intervir nas condições de saúde do indivíduo ou da população foi aqui no Brasil, dirigida de tal forma para a reabilitação que em um determinado momento a forma de atuação “fisioterapia” parece ter sido entendida como sinônimo do tipo assistência apenas “reabilitadora”. Além desses outros fatores contribuíram para fortalecer a fisioterapia apenas como intervenção reabilitadora. Em 1950, no Brasil, houve uma grande incidência de poliomielite e como consequência havia uma grande quantidade de indivíduos portadores de sequelas motoras que necessitavam de reabilitação para voltar a sociedade. Também a quantidade de pessoas atingidas pelos acidentes de trabalho era uma das maiores da América do Sul. O que permitia a inferência de que uma expressiva faixa populacional precisava ser reabilitada para integra-se ao sistema produtivo. (Botomé e Rebelatto, 1999, pág.50). Os documentos legais publicadas oficialmente e que tratam da regulamentação da fisioterapia no Brasil são o parecer nº 388/63, elaborado por uma comissão de peritos do conselho federal de educação; o decreto lei nº 938, de 13 de outubro de 1969; a lei 6316, de 17 de dezembro de 1975, sancionada pelo presidente da república e o código de ética profissional de fisioterapeuta e terapia educacional (COFFITO). Botomé e Rebelatto. 1969 p.51. Novaes, 1998, pelo parecer 388/63 o fisioterapeuta é definido como auxiliar médico, onde lhe compete realizar tarefas de caráter terapêutico, restringindo a execução dessas tarefas, a condição que sejam desempenhadas sob orientação e a responsabilidade do médico, além disso o fisioterapeuta é caracterizado como membro da equipe de reabilitação em saúde, não lhe competindo o diagnóstico da doença ou da deficiência a ser corrigida e ainda que a realização dessas tarefas tem apenas caráter curativo em reabilitador para indivíduos parcialmente inválidos para vida social. E por último este parecer explicita que o profissional é por definição um técnico em fisioterapia mas deve ter formação superior. Um segundo documento que trata da atividade do fisioterapeuta é o decreto lei nº 938 de 13 de outubro de 1969, decretado pela junta militar que governava o país (Os ministros da marinha de guerra do exército e da aeronáutica militar) foi um salto excepcional no reconhecimento profissional do fisioterapeuta em especial pela redação dos seus 3 primeiros artigos. Segundo o conselho regional de fisioterapia e terapia ocupacional por este decreto lei é assegurado o exercício das profissões de fisioterapeuta, este é reconhecido como profissional de nível superior e ainda diz que o objeto de trabalho do fisioterapeuta é executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. Uma das limitações impostas nesta documentação oficial é quanto ao objeto de trabalho do fisioterapeuta que está constantemente descrito apenas como um profissional que está habilitado apenas para executar técnicas reabilitadoras, ou seja, deveria ocupar-se apenas como indivíduos que já estão doentes ou que já possuem alguma deformidade. A lei nº 6316 de 17 de dezembro de 1975, constitui um outro documento que de uma certa forma se refere as atividades do fisioterapeuta. A limitação que se encontra na lei é quando locais onde profissionais da fisioterapia poderão ativar, essa lei cita lugares que considerando a “política de assistência à saúde” no país, são por definição locais que fornecem um tipo de assistência basicamente remediadora ou reabilitadora. Esse fato cria um grau muito significativo de limitação para atuação profissional em fisioterapia, pois reduz os objetivos de trabalho da profissão além universo limitado pelos tipos de atividade que seriam a recuperação e reabilitação. Código de ética profissional de fisioterapia e terapia ocupacional Estabelecido pela resolução nº 10 do conselho federal de fisioterapia e terapia ocupacional refere-se alguns de seus artigos ao objeto de trabalho do fisioterapeuta. O fisioterapeuta presta atenção assistência ao homem, participando da promoção, tratamento e recuperação de sua saúde. Utilizar todos os conhecimentos técnicos e científicos seu alcance para prevenir ou minorar o sofrimento do ser humano evitar ao seu extermínio e ainda o fisioterapeuta participa de programas de assistência a comunidade em âmbito nacional e internacional. De acordo com Demo 1993, a possibilidade de uma compreensão integral do ser humano e do processo saúde – doença, objeto do trabalho em saúde passa necessariamente por uma abordagem interdisciplinar. Definição de fisioterapia: Busca prevenção, promoção e reabilitação da saúde no âmbito funcional. Fisioterapeuta: é um profissional capacitado para buscar todas as informações que julgar necessárias no acompanhamento evolutivo no tratamento do paciente sob sua responsabilidade, recorrendo a outros profissionais da equipe de saúde através de solicitação de laudos técnicos especializados, com resultados dos exames complementares a eles inerentes. A partir do ano de 1998 iniciou-se os cursos de especializações em fisioterapias com duração de 18 a 24 meses. (Lacto Sensu). [pic 1] Fonte: site: http://www.coffito.gov.br |
BOTOMÉ, S. P.; REBELATTO, J. R. Fisioterapia no Brasil: fundamentos para uma ação preventiva e perspectivas profissionais. 2. ed. São Paulo: Manole,1999. BRASIL. Decreto Lei nº 938, de 13 outubro, 1969. Dispõe sobre as profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. Disponível em: http://www.crefito2.com.br/index1.htm. acesso em 09/04/2018 às 22:09. DEMO, P. Desafios modernos da educação. 7. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1993. COFFITO. Disponível em: < https://www.coffito.gov.br/nsite/ > Acesso em: 08 de abril de 2018 às 15:15. JAPIASSU H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro. Imago, 1976. NOVAES, R. Pequeno histórico do surgimento da Fisioterapia no Brasil. Texto utilizado no curso de graduação em Fisioterapia, da UNISANTA, pela disciplina História da Fisioterapia e Ética, em 1998. TERAPIAS DO MOVIMENTO. Disponível em: < http://terapiadomovimento.blogspot.com.br/2009/05/fisioterapia-fisioterapia-e-o.html > Acesso em: 08 de abril de 2018 às 14:15. |
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