TRABALHO SOBRE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
Por: wmakeouthill • 30/11/2022 • Projeto de pesquisa • 3.863 Palavras (16 Páginas) • 142 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO GAMA E SOUZA
CURSO BACHARELADO EM (Fisioterapia)
5 TÉCNICAS DE HIGIENE BRÔNQUICA E 2 TIPOS DE INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS.
Docente: Emanuelle
Discente:
Rio de Janeiro - 2022
5 TÉCNICAS DE HIGIENE BRÔNQUICA E 2 TIPOS DE INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS.
As manobras de higiene brônquica são recursos amplamente utilizados por fisioterapeutas no âmbito da terapia intensiva, com o objetivo de auxiliar na depuração mucociliar e prevenir complicações decorrentes do acúmulo de secreções nas vias aéreas. Apesar de serem usadas rotineiramente, a literatura é heterogênea quanto à sua real eficiência. Há estudos que revelam benefícios e outros que demonstram indiferenças com relação a seus efeitos, além de limitações diante das ferramentas para avaliação das técnicas utilizadas e sua reprodutibilidade clínica, sendo esta uma barreira para o desenvolvimento de uma base de dados fidedigna para todas as áreas da fisioterapia respiratória. [1]
Drenagem postural
Drenagem postural consiste no posicionamento do paciente favorecido pela aplicação de forças gravitacionais, que aumentam o transporte de muco de lobos e segmentos específicos do pulmão em direção às vias aéreas centrais, onde as secreções devem ser removidas mais rapidamente com a tosse ou aspiração. Fink relatou, ainda, que são necessárias nove, das doze posições para drenar todas as áreas pulmonares. Além disso, devem ser mantidas por três a quinze minutos cada uma, totalizando o tempo mínimo de uma hora e frequência de três a quatro vezes ao dia.
Efeitos da drenagem postural têm sido investigados por meio de testes de função pulmonar e análises gasosas arteriais. Van der Schans et al. verificaram que mudanças na função pulmonar e trocas gasosas não alteram o transporte de muco; porém, este último é alterado com mudanças no volume dos pulmões, no gás armazenado, na ventilação e na perfusão. Essa técnica é relevante na higiene brônquica, em pacientes com fibrose cística e bronquiectasia, pois alguns benefícios puderam ser comprovados cientificamente.
Revisão bibliográfica de Fink cita Lorin & Denning (1971) por elegerem como indicações da drenagem postural a hipersecreção de muco brônquico e a dificuldade de expectoração e, como contraindicações da posição de "Trendelenburg" reversa, a hipotensão e administração de drogas vasoativas. Langenderfer acrescenta, segundo dados da American Association for Respiratory Care (1991), que as contraindicações da posição de "Trendelenburg" são: pressão intracraniana acima de 20 mmHg, aneurisma cerebral, hipertensão descompensada, hemoptise recente, distensão abdominal, risco de aspiração, recentes cirurgias oftálmicas, esofágicas ou neurológicas.
Trata-se de procedimento de fácil aplicação e baixo ônus na questão de investimento em instrumentos e insumos.
Jones & Rowe e Fink concordam em afirmar acerca da escassez de estudos relatando que a percussão associada à drenagem postural contribui na mobilização de secreções e, dessa forma, promovem a higiene brônquica. Fink acrescenta que, na prática clínica, a percussão com a drenagem postural são efetivas no transporte de secreção pulmonar, proporcionando bem estar ao paciente. Van der Schans et al. comprovaram que a associação da drenagem postural com a percussão, por meio de estudos realizados em cães, aumenta a velocidade do transporte de muco na traqueia, melhora a função pulmonar e as trocas gasosas e, são mais efetivas no volume de secreção expectorada do que somente a tosse. [2]
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Percussão
Percussão é definida como uma manobra aplicada com as mãos em forma côncava, nos lados ventral, lateral e dorsal do tórax, a uma freqüência aproximada de 3-6 Hz. Tal procedimento promove a mobilização das secreções por meio de seu estremecimento e é realizada com o paciente em diferentes posições de drenagem. A percussão torácica também aumenta a pressão intratorácica e a hipoxemia, sendo esta última não relevante quando a técnica é realizada em períodos menores que 30 segundos e combinada com três ou quatro exercícios de expansão pulmonar.
A percussão é uma das técnicas convencionais da fisioterapia respiratória, sendo utilizada amplamente na prática de tratamento das doenças respiratórias tanto em crianças como em adultos. Sendo assim, é de extrema importância a análise de estudos que testem a sua eficácia nas doenças secretivas pulmonares.
Van der Schans et al. atribuem como indicação da percussão a estase de muco brônquico, pois devido a alterações da pressão intratorácica e formação de glóbulos de muco, a secreção é facilmente deslocada de vias aéreas mais distantes e expectorada. As contra-indicações, segundo a American Association Respiratory Care (1991) referida por Fink, incluem: tuberculose pulmonar, ressecção tumoral de tórax ou pescoço, contusão pulmonar e coagulopatias. Langenderfer acrescenta a estas, citando Murphy et al. (1983): enfisema subcutâneo, anestesia espinhal recente, broncoespasmo, osteoporose, osteomielite em arcos costais, dor torácica, enxerto cutâneo torácico, feridas torácicas abertas ou infecções. [2]
Percussão manual é uma técnica para aumentar o movimento das secreções nas vias aéreas, para sua eliminação. A percussão é bem tolerada pelos bebês, porém, por algumas precauções e contra-indicações, é necessário trocar essa técnica pela vibração. (LINDA CRANE, 1981).
Mayer et. al (2002) descrevem a tapotagem como qualquer manobra realizada com as mãos, de forma ritmada ou compassada, sobre um instrumento ou corpo qualquer
Liebano et. al (2009) relatam que o efeito da vibração é maximizado quando associado a tapotagem, pois esta teria o efeito de descolar as secreções.
Para Gomide et. al (2007), a tapotagem consiste na percussão das mãos em forma de concha de maneira alternada e rítmica sobre a área do tórax com acúmulo de secreção, geralmente identificada pela ausculta pulmonar. A mão percussora entra em contato com a superfície externa do tórax do paciente, proporcionando oscilações mecânicas que deverão atingir os pulmões como uma onda de energia transmitida da parede torácica para as vias aéreas. Acredita-se que, com a oscilação mecânica e o conseqüente aumento da pressão intratorácica, as secreções possam ser descoladas das paredes brônquicas.
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