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Tipos de Traumatismo Craniano

Por:   •  22/9/2016  •  Bibliografia  •  803 Palavras (4 Páginas)  •  1.562 Visualizações

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Tipos de traumatismo crânioencefálico

        

O Traumatismo crânioencefálico (TCE) pode ser primário (lesão imediata) ou secundário (efeitos iniciados no momento do trauma, mas clinicamente evidentes algum tempo depois).

Traumatismo Craniano Primário

É o trauma causado pelo choque direto entre o encéfalo e o crânio, devido a uma agressão física externa, o golpe ou contragolpe, ou por uma parada súbita de movimento, como por exemplo, pode ocorrer em um acidente de automóvel. Esse ocorre no momento em que acontece trauma e podem romper ou lacerar os nervos cranianos do tecido encefálico.

O trauma cranioencefálico pode causar contusões localizadas com hemorragia. Nas lesões mais leves, podem ocorrer a lesão axonal difusa, que é a ruptura de axônios da massa branca. Nas lesões de golpe ou contragolpe, causadas por um trauma direto de uma área, lesiona não somente a área afetada, mas também o lado oposto do cérebro. A hemorragia causada pelas lesões são indicadores de gravidade do trauma. Pode haver hemorragia subaracnóidea e hematomas subdural e epidural. Além de fraturas compostas no crânio.

Traumatismo Craniano Secundário

Os danos secundários do TCE são, em geral, tratáveis e evitáveis. Eles apresentam manifestação mais tardia, decorrendo de agressões que ocorreram durante o acidente, resultando o fator intracraniano e extracraniano. Intercorrências clínicas como hipóxia e hipertensão, hematomas traumáticos agudos, infecções e PIC elevada são os principais fatores da lesão secundária.

Intracraniano

As causas intracranianas de traumatismo secundário são hematomas traumáticos, infecção e pressão intracraniana elevada (PIC elevada).

Hematomas traumáticos agudos

Esses hematomas podem ser divididos em: extradurais (p. ex., osteomielite), subdurais (p. ex., empiema) e intracerebrais (p. ex., abscesso). Os extradurais geralmente estão associados á fratura de crânio causada por uma lesão devido à queda ou um determinado tipo de violência. Nesse caso, o traumatismo craniano grave não é frequente e, se tratado e detectado bastante cedo, esses pacientes podem ter recuperação total.

Além disso, há os hematomas subdurais e intracerebrais, que são associados a lesões em alta velocidade e traumatismo craniano subjacente grave, com contusões e lacerações verticais. São associados á PIC elevada e á hipóxia secundária. Com isso, a hemorragia nos ventrículos ou nos espaços subaracnóides é associada com a hidrocefalia aguda, exigindo a retirada do líquido cérebro-espinhal (líquor) externo.

Infecção

A infecção é um evento posterior do traumatismo craniano, frequentemente acompanhada por fratura composta e vazamento do líquor (LCE). Dependendo da gravidade da infecção, é possível gerar mais um traumatismo craniano, devido ao edema e hipóxia locais, além do desenvolvimento de hidrocefalia.

PIC elevada

A PIC elevada (pressão intracraniana) geralmente acontece com uma grave lesão encefálica, permanecendo elevada por longos períodos de tempo. É causada por edema encefálico e aumento do volume sanguíneo. O edema encefálico é o inchaço de uma região delimitada do cérebro ou de todo ele, resultante do aumento de líquidos dentro e entre as células que o compõem, aumentando o seu volume e, assim, a pressão intracraniana. Está relacionada com o volume sanguíneo, pois é possível demonstrar que a PIC elevada aumenta o volume sanguíneo pela compreensão das veias, e que volume sanguíneo alto pode ser a causa da elevação da PIC.

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