A Ansiedade e Medo
Por: 88790231104 • 22/2/2022 • Resenha • 1.630 Palavras (7 Páginas) • 139 Visualizações
Ansiedade
Ansiedade e Medo
Ansiedade: é um estado de humor desconfortável, um sentimento de defesa, que alerta o indivíduo quanto à possibilidade de um perigo ou ameaça iminente ou de algo DESCONHECIDO.
A ansiedade é caracterizada por uma ameaça desconhecida, interna, vaga ou conflituosa; um sentimento difuso e desagradável de apreensão, que pode ser experimentado das mais diversas maneiras por cada indivíduo.
Faz desenvolvimento normal do ser humano, permitindo que a pessoa se prepare para situações adversas, como ameaças físicas, dor, ou situações de separação ou perda. É uma resposta adaptativa que evita as ameaças ou reduz suas consequências.
O medo: Também um sinal de alerta, mas é uma resposta a uma ameaça CONHECIDA.
O medo é caracterizado uma ameaça conhecida, externa, definida ou não conflituosa.
Sinais e sintomas da ansiedade
A ansiedade afeta o pensamento, a percepção (produz confusões e distorções do tempo, espeço, pessoas e significados dos acontecimentos) e o aprendizado (diminui a concentração, reduz a memória e a capacidade de fazer relações).
Diagnóstico diferencial: o principal diagnóstico diferencial a ser feito inclui condições orgânicas ou psiquiátricas nas quais a ansiedade possa estar associada de forma primária ou secundária. O tratamento envolve a retirada da causa primária e, caso necessário, ao uso de benzodiazepínicos, antidepressivos e psicoterapia
Ansiedade patológica ou Transtornos de ansiedade
Transtornos de ansiedade: caracterizam-se por respostas inadequadas a uma situação ansiogênica – real ou imaginária – particularmente no que diz respeito à intensidade e à duração do quadro (preocupação e medo excessivo).
É um medo fora do lugar (p.e.: super antecipado da situação), desproporcional, preocupação excessiva.
Epidemiologia: A prevalência dos transtornos de ansiedade é 1 em 4 pessoas, sendo maior nas mulheres e em classes sociais mais baixas.
Fisiopatologia
1. No aspecto neurobiológico, três neurotransmissores parecem estar fortemente associados à ansiedade: norepinefrina, serotonina e GABA.
Um dos grandes representantes do nosso comportamento, da resposta de luta ou fuga ao medo é a amigdala cerebral. Ela através de um circuito que envolve a liberação destes neurotransmissores, leva à sensação mental MEDO, numa situação de perigo. Ela também tem conexões com o sistema nervoso autônomo simpático, permitindo a aceleração, o acordar do corpo para lutar ou fugir (na alteração psiquiátrica termos relação com taquipneia, elevação da PA, alcalose respiratória). Ela também está ligada ao hipocampo (região da memória), onde temos a memória do medo que nos permite afastar de situações perigosas (aprendemos a não nos expor mais) – o estresse pós-traumático está ligado à memória do medo que passamos.
Lembrando que não é só o medo agudo de luta e fuga. Também tempos outra parte afetada: alças corticoestriada talamocorticais (alças que saem do córtex que vão até o estriado, depois até o tálamo e voltam) – é o circuito da PREOCUPAÇÃO, que envolve a serotonina – 5Ht, gaba, noradrenalina, dopamina. A preocupação caracteriza a pessoa constantemente alerta, constantemente tensa, não consegue desligar, e quando surge um perigo (prova, residência) ela descamba para um medo fora do lugar, potencializando este medo.
Assim, no distúrbio de ansiedade trabalhamos com o medo, que está onde não deveria estar, que surge quando não deveria surgir e, além disso, esse medo pode se tornar contínuo porque a preocupação pode se tornar contínua, por outros neurotransmissores e por outros circuitos.
O neurotransmissor mais importante é a serotonina!! Ela está presente em ambos os circuitos, assim o tratamento é voltado a ele.
2. Alguns pacientes também parecem apresentar alterações no sistema nervoso autônomo, com aumento do tônus simpático.
3. Componentes genéticos parecem contribuir para o desenvolvimento de transtornos ansiosos.
4. Estudos de neuroimagem em pacientes com distúrbios de ansiedade revelam alterações em lobo temporal direito, núcleo caudado e giro parahipocampal. A partir destes estudos, tem-se postulado que o sistema límbico e o córtex cerebral estejam particularmente implicados na neuroanatomia destes transtornos.
Manifestações clínicas
Não consegue focar em algo porque precisa lutar ou fugir, por isso da concentração diminuída. São manifestações do medo.
Tratamento
A psicoterapia é essencial para lidar com o medo que está onde não deveria.
O tratamento de uso crônico é feito pelos antidepressivos.
Os mais usados, por serem mais bem tolerados são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina – ISRS.
Como pode ter alteração gabaérgica (é o que normalmente nos deprime), e não estarmos deprimindo mais, fazemos uso de drogas depressoras (porque o pct está em estado de excitação), para segurar mais a pessoa. Aqui entram os benzodiazepínicos, que atua em gaba e acalma o paciente. Mas este deve ser por curto período pois com + de 2 semanas já pode causar dependência e com + de 2 meses metade dos pacientes já estará dependente.
Conduta: iniciamos com antidepressivo + benzodiazepínico, avaliamos a resposta. Suspendemos o benzo e continuamos com o antidepressivo e com a psicoterapia.
Espécies (de acordo com a representação do medo – cada pessoa é afetada de forma diferente – muda a doença):
É um período súbito de intenso medo ou apreensão, que pode durar alguns minutos ( 20-30) ou 1 hora (raro).
No geral, este é um transtorno do jovem (porque se expõe mais a riscos que os idosos). Mais prevalente em mulher: 3:1. Fator social relacionado – divórcio ou separação. A maior parte dos pacientes já tem outro transtorno psiquiátrico.
É inesperado e não está associado a estímulo situacional identificável. O medo que deflagra o ataque surge do nada. Não precisa ter um fator desencadeante. Pode surgir do nada, com taquicardia, palpitação,
...