Aula de Semiologia Sobre Edema
Por: Pedrogoethe • 25/3/2019 • Resenha • 534 Palavras (3 Páginas) • 228 Visualizações
Semiologia
Armazenado sempre no espaço intravascular então vai haver isquemia de estruturas com morte dessas estruturas. Então, se eu tenho um acúmulo de líquidos, por exemplo, nos vasos mesentéricos, e não existe essa troca essa dinâmica, essa homeostase, de troca do espaço intravascular para o espaço intersticial, então vai ocorrer uma isquemia de alças intestinais, vai ocorrer a isquemia de vísceras maciças e essa isquemia pode levar à necrose e morte desses tecidos e das células. Então, isso aqui é uma dinâmica que ocorre nas 24 h que a gente observa. Por muito tempo os estudiosos ficaram com esse conceito. Mas eles ficavam a princípio intrigados com a quantidade de líquidos que passa, nas 24 h, no espaço intravascular para o espaço intersticial. A gente sabe que a passagem de líquidos da extremidade arterial dos vasos dos espaços intravascular para o intersticial é em torno de 20 litros e o retorno da extremidade venosa de líquidos do espaço intersticial para o vascular é em torno de 18 litros. Por muito tempo os estudiosos procuraram observar esse fenômeno e eles ficavam intrigados como é que isso ocorria e não levava um inchaço até o ser humano explodir. Então, eles observaram um outro fator encarregado de levar esses 2 litros restantes que não voltam do espaço intersticial para o espaço intravascular. Esses dois litros são carreados pela linfa. Hoje, na síndrome edemigênica a gente sabe que o papel da linfa é fundamental no desencadeamento da síndrome edemigênica. Toda vez que eu tenho acúmulo de líquidos, toda vez que eu tenho uma dificuldades de movimentação desta linfa, com acúmulo de líquidos aumentando a pressão linfática, eu vou ter dificuldade de eliminar esses dois litros que não retornam. Isso pode dar um edema de natureza linfática que diferencia das outras formas dependentes (inaudível – 13: 57) manifestações clínicas. Então, o primeiro fator responsável pela síndrome edemigênica foi exatamente o fator pressão no interior do vaso. Toda vez que eu tenho acúmulo de líquidos no interior do vaso vai aumentar a pressão capilar média que nada mais é do que a (pressão capilar arterial + pressão capilar venosa) dividido por 2. O que seria na prática a pressão capilar média? É a pressão hidrostática.
Então, por exemplo, se eu tenho uma deficiência vascular periférica, se eu tenho varizes de membros inferiores, e trabalho no banco todo dia em pé, no final do dia você está andando no banco praticamente descalço por que não consegue mais calçar o sapato porque tem deficiência vascular periférica dos membros inferiores, que por ação da gravidade dificulta o retorno venoso. Então, ele vai acumular líquidos acumulando líquidos ali nas extremidades. Ora, aumentou a quantidade de líquido naquela região que não consegue manter no interior dos vasos ali acometidos e passa para o interstício, resultado é que dá aquele edema localizado aquele edema à distância localizado por isso que ele vai tirar o sapato dos pés. É como se eu colocasse de repente 1000 pessoas nessa sala, iriam ficar exprimidos e a tendência era todo mundo sair pela porta. Então, aumentou o conteúdo sem aumentar o continente. Isso a gente vê nos edemas periféricos principalmente em pacientes com deficiência vascular periférica. Por que gestantes, quando vocês...
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