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COMUNICANDO MÁS NOTICIAAS

Por:   •  7/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.425 Palavras (6 Páginas)  •  335 Visualizações

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COMUNICANDO MÁS NOTICIAS

Relação médico-paciente

A relação médico-paciente levará maior ou menor tempo, dependendo de determinados parâmetros a serem considerados:

- o respeito incondicional à autonomia do paciente

- compromisso com a veracidade

A troca de informações é fundamental para o estabelecimento de uma boa relação médico com o paciente. Cada vez mais estes  querem encarregar-se das decisões sobre seu tratamento.

Para que isso ocorra, há a expectativa de que seu médico seja um conselheiro honesto e facilitador,  ouvindo-o e fornecendo-lhe as informações necessárias.

Existem 12 Pontos fundamentais para comunicar más notícias de forma humanizada:

-Mostrar-se o mais acolhedor possível, estando sempre aberto e receptivo para qualquer necessidade do paciente.

-Ter uma escuta qualificada sem julgamentos, sem discriminação, faz com que os vínculos se tornem mais fortes, desenvolvendo assim a confiança e respeito por parte do paciente.

-Orientar, atender as expectativas do paciente, mesmo que isso se limite em apenas ouvir.

 - Estar tranquilo e ter tempo disponível;

 - Oferecer a possibilidade de novos encontros para resolver dúvidas;

 - Transmitir afeto, cuidado e companheirismo;

 - Respeitar preferências pessoais e culturais do paciente;

 - Evitar falso otimismo e excesso de encorajamento;

 - Ouvir bem as perguntas pessoais e entender sua cultura;

10º - Dar a informação de forma gradual;

11º - Entender o que o paciente deseja e suporta saber naquele momento;

12º - Usar linguagem simples e clara, evitando termos técnicos.

Comunicação esclarecida e humanizada

O paciente está pronto para receber as informações?

-  O que sabe sobre a doença?

-  Quando informar o paciente sobre a gravidade da doença?

- Quanto quer saber nesse momento?

- Teve alguma experiência anterior com alguém próximo com o mesmo diagnóstico?

- Como o paciente e sua família reagirão frente à informação?

- Como quantificar a informação sem destruir a esperança do paciente e da família?

Mesmo com o direito de saber a verdade sobre o seu estado de saúde, há a exigência de que o paciente seja poupado de informações que não tenha condições de assimilar naquele momento e que podem contribuir para a piora de seu estado clínico.

Ao perceber que a cura não será possível, o trabalho do médico deve continuar, com a mesma ou maior dedicação:

        ‘A grande diferença é que, a partir deste momento, o foco deixa de ser a cura e passa a ser o comprometimento em proporcionar uma melhor qualidade de vida, com o mínimo de sofrimento possível pelo tempo que ainda lhe resta’.

 

 Cuidados necessários na Postura médica:

- Ser realista evitando a tentação de minimizar o problema, mas não tirar todas as esperanças.

- Importante manter a esperança do paciente sem omitir a realidade da doença.

- Ter bom senso: falar diretamente ao paciente sobre a doença grave, soa como falta de sensibilidade ao problema, demorar explicando gera muita ansiedade.

- Não só demonstrar que você se importa, mas “se importar realmente”.

- Não mentir nem omitir sobre nada, não iludi-lo com promessas que não poderá cumprir.

O diagnóstico de uma doença grave que envolve risco de morte, incapacidade e outras perdas. Provoca também sentimentos intensos e dolorosos ao médico responsável.

        Entre as dificuldades dos médicos  em dar más notícias encontramos: o medo de ser considerado culpado, medo da falha terapêutica ou da sensação de impotência e de fracasso.

        Por estar na maioria das vezes realizando uma tarefa para a qual não foi treinado, teme dizer “eu não sei’ e expressar suas emoções.

Aspectos emocionais do médico que envolvem e prejudicam o processo da comunicação de um mau prognóstico:

- *Causas:

- Aparece o medo pessoal da doença e da morte.

- O médico tem receio de causar dor ao paciente e desencadear uma reação imprevisível, com isso pode se afastar do caso.

- *Interferências:

Distúrbios de comunicação: ‘conspiração do silêncio’ em que o médico assume uma postura falsamente paternalista que o leva a ocultar a verdade do paciente.

- *Consequências:

Muitas vezes por despreparo,tende a adiar a conversa ou tentar transferir a responsabilidade para outro profissional

Já que é dever do médico informar, previsto em seu código de ética profissional:

        

        A ‘não-comunicação’ só é permitida em casos de ‘pacientes pediátricos’, ou quando suas ‘condições físicas ou psiquiátricas ou psicológicas’ não permitam uma correta compreensão de sua doença sendo neste caso, comunicado à família

SPIKES – Um Protocolo em Seis Etapas para Transmitir Más Notícias

Etapa 1: Planejar a comunicação

- A concentração é uma maneira útil de se preparar para uma tarefa estressante.

- Estar atento ao feedback do paciente.         

- Rever seu histórico.

- Buscar ambiente com privacidade e tentar envolver parentes ou amigos.

Etapa 2: Avaliar a percepção dele sobre a doença

- Verificar o que ele sabe sobre a doença.

- Checar se passa por processo de negação, corrigir informações e moldar a notícia para a capacidade de absorção do paciente:

“O que já lhe foi dito sobre seu quadro clínico até agora?”

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