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Anatomia

Por:   •  16/1/2016  •  Seminário  •  1.465 Palavras (6 Páginas)  •  717 Visualizações

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PATOLOGIA 05/01/16 – INFLAMAÇÃO AGUDA

A inflamação qualquer reação do corpo a uma agressão, seja por um agente estranho, interno ou externo e quem agirá é o sistema imunológico. Existem mecanismos de defesa naturais, como a pele, mucosa oral, mucosa vaginal (pois secretam substâncias que protegem seu local) e nosso sistema imune (linfócitos, macrófagos, etc.). A inflamação ainda é alvo de muitas pesquisas, principalmente relacionadas ao sistema imune, processos inflamatórios que persistem por muito tempo. Os 4 sinais cardeais começaram a ser citados um século depois de Cristo, que são: tumor, que é o inchaço, o edema; calor, que é o aumento da temperatura no local da inflamação; rubor, cor avermelhada devido à hiperemia no local; e a dor, causada pela liberação de mediadores químicos. Vischow acrescentou mais uma característica da inflamação que é a perca de função no local da inflamação por conta da destruição das células, mesmo que momentaneamente (função diminuída). Logo, são 5 sinais cardeais da inflamação. Depois, foi escrito que a inflamação não deveria ser tratada como uma doença, como antes, pois se trata como uma reação benéfica do nosso corpo às agressões e esse processo não deveria ser tratado. Ao mesmo tempo, as pessoas sabiam da existência dos sinais cardeais mas não sabiam o que levava à ativação deles.

A inflamação pode ser local, sistêmica, possui uma sequência cronológica, inespecífica, etc. O objetivo da inflamação é diminuir e acabar com a agressão que nosso corpo esteja sofrendo e destruir o agente agressor, além de induzir a reparação. Então, ao mesmo tempo em que o processo inflamatório tenta destruir o agente da agressão para tentar acabar com o processo, ele acaba destruindo células sadias, logo, ele induz a reparação dessas células para que novas sejam repostas.

Antigamente, a inflamação era sempre vista como resposta benéfica, mas, em alguns casos, se esse processo persistir por muito tempo, pode levar a danos definitivos, como à fibrose por conta da reparação e isso pode levar a danos irreversíveis, como no fígado. O choque anafilático é um exemplo de reação inflamatória exacerbada.

Existem alguns constituintes tanto da infamação aguda como da crônica: os intravasculares e extravasculares. Os intravasculares são polimorfonucleares, que são os neutrófilos, os quais consistem nas principais células da inflamação aguda, juntamente com linfócitos, monócitos, eosinófilos (alergias) e basófilos. Extravasculares tem-se os mastócitos e os fibroblastos que vão ser responsáveis pela reparação (que vai acontecer junto com o processo inflamatório), e os macrófagos que são as principais células da inflamação crônica. Então, dependendo do constituinte celular que estará predominando, dá para identificar o tipo de processo inflamatório que está ocorrendo. A nomenclatura da inflamação é simples: termo designativo do local afetado + sufixo ITE (artrite, gengivite, etc.).

As causas da inflamação podem ser tanto endógenas como exógenas. As endógenas derivadas de degeneração e necrose, já que vimos que a necrose está sempre associada ao processo de inflamação porque há extravasamento do conteúdo celular para o interstício e nosso organismo vai responder a isso como uma agressão e vai recrutar células inflamatórias para a região. Como endógeno, também está a resposta imunológica, por causas alérgicas ou doenças autoimunes que levam a um quadro de resposta imunológica sistêmica que perdura por muito tempo. Já entre as causas exógenas temos os traumas físicos, químicos e biológicos. Então, as causas que levam à uma inflamação são diversas. Os sinais locais são os 5 já citados, os quais até hoje são utilizados para diagnóstico clínico. Às vezes, a perda de função não é vista clinicamente nos dias iniciais da inflamação, mas, com o tempo, isso começa a ser percebido. Dentre os sinais gerais, temos a febre, leucocitose (aumento na produção de neutrófilos na fase aguda para tentar combater qualquer processo infeccioso) e a dilatação dos órgãos linfoides, que tendem a se hipertrofiar e aumentar de tamanho e produzir mais células inflamatórias. Todos esses sinais são uma tentativa do nosso organismo de conter a agressão.

A cascata de inflamação pode ser feita quanto ao tempo e quanto ao tipo histológico. Em relação ao tempo, muitas vezes a classificação não se encaixa, mas se caracteriza como: Super aguda – começa de horas a dias depois da agressão; Aguda – de dias a semanas; Sub Aguda – de semanas a meses; Crônica – mais de 6 meses a anos. Essa classificação é confusa porque algumas inflamações já se iniciam de forma crônica. Quanto ao quadro histológico: na aguda, temos fenômenos vasculares e exsudativos predominando, além de a célula mais numerosa corresponder aos neutrófilos; na crônica, têm-se fenômenos proliferativos predominando, além de um infiltrado inflamatório no qual vão predominar linfócitos e macrófagos. Pela cronologia, às vezes, não é tão exato como pelo quadro histológico, este sendo mais usado. Em todo processo infamatório agudo, eu posso ter linfócitos, macrófagos, mas quem vai determinar são os neutrófilos. Já no crônico, não se costuma ver neutrófilos, podendo ter até eosinófilos e basófilos, mas não neutrófilos. Quando eles aparecem, é porque temos alguma área em que a inflamação já perdurava muito tempo e volta a ser estimulada, como, por exemplo, quando uma ferida já esta no processo de reparação e a casca é retirada, logo, o processo inflamatório retoma. Morfologicamente, essas são as características utilizadas para diferenciar os tipos de inflamação.

Como já foi falado, na inflamação aguda, temos sinais vasculares e exsudativos, bem como, alterações no calibre vascular, migração dos leucócitos de dentro da circulação e acúmulo na lesão. (Exsudação: excesso de extravasamento de liquido exsudato do meio intracelular para o interstício) Vimos também que uma das causas do edema é a inflamação, por conta da alteração da permeabilidade vascular, logo, temos extravasamento de líquido com proteínas e células inflamatórias; por isso, o edema da inflamação corresponde a exsudato.

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