As Ceras Odontológicas
Por: Octávio Olivio Fuzzo • 21/3/2022 • Relatório de pesquisa • 605 Palavras (3 Páginas) • 281 Visualizações
História:
A cera é utilizada no nosso dia a dia a mais de 2.000 anos, antigamente utilizamos a cera da abelha para produzir velas, usar como cosméticos, cola, entre outras coisas. Obtínhamos a cera a partir das secreções que as abelhas usam para construir suas colmeias.
Hoje as ceras que nos utilizamos são feitas a partir de fontes vegetais e animais; alguns tipos são derivados sintéticos de produtos do petróleo e destilados. As ceras sintéticas são tipicamente compostas por hidrogênio, carbono, oxigênio e cloro. Ceras sintéticas têm estrutura orgânica mais uniforme do que as ceras naturais e apresentam composição mais homogênea.
Há mais de 200 anos que nos usamos a cera para a área da odontologia, na parte de moldagem, a sua principal aplicação é a tomada de registro, esculturas diversas e em laboratório para fundições.
Algumas ceras odontológicas são produzidas a partir de componentes de gorduras, seivas, óleos e resinas, em comparação com as ceras vegetais derivadas da carnaúba e da candelila, cera de abelha e substâncias derivadas de minerais, como a parafina e a ceresina.
Tipos:
As ceras para fundições estão divididas em 3 tipos, de acordo com sua dureza ou consistência: Tipo A (dura); tipo B (média) tipo C (mole).
- Cera Tipo I (Azul):
- São moles e com alto escoamento;
- Usadas em técnica indiretas para construção de restauração metálicas fundidas e coroas totais;
- Resulta da mistura sintética com microcutália, parafina e cera mineral derivada de carvão marrom e poliéster. É maleável;
- O ponto de fusão desta cera é de 104º C.
- Cera Tipo II (Vermelha):
- São de dureza média;
- São usadas e empregadas em técnicas diretas;
- Resulta das misturas de várias ceras, utilizando como base a cera de abelha, de dureza média;
- O ponto de fusão desta cera de 107ºC.
- Cera Tipo III (Verde):
- São duras e de baixo escoamento;
- São raramente usadas, com exceção em algumas técnicas indiretas;
- A base de cera de Carnaúba, muito dura;
- base de cera de Candelilla, dura;
- O ponto de fusão desta cera é de 110º C.
Ceras para fundições: Cera especial que pode ser aplicada na construção direta ou indireta de trabalhos protéticos na técnica de cera perdida na fundição de ligas metálicas.
Cera para correção ou delimitação: Lâmina de cera usada como bordas de contorno de impressão, ou como limite da base de uma moldeira.
Ceras em blocos ou lâminas: Ceras para escultura de trabalhos em prótese.
Composição:
- Parafina; (cerca de 40% a 60% da cera, aumenta resistência e facilidade na hora de esculpir) – extraída do petróleo
- Goma ou resina damar; (adicionada junto a parafina, pois garante a resistência e o menor desgaste do material) – extraída do pinheiro
- Cera de carnaúba; (facilita o polimento e brilho superficial, pó que combina com a parafina, produto duro que diminui o escoamento do material) – extraída da folha de carnaúba
- Cera de candelila; (substitui a cera de carnaúba, por ser mais macia) – extraída da palmeira
- Ceras sintéticas; (substitui a cera de carnaúba, feita em laboratório e proporciona maior uniformidade a cera)
- Cerasina; (substitui a parafina)
- Excipientes; (pode ser agregado na cera para dar mais resistência, giz, talco, pedra sabão)
- Corantes.
Propriedades desejáveis:
- Amolecer uniformemte e quando plastificada não deve eliminar escamas;
- A cor deve ser diferente dos tecidos bucais e do troquel (modelo de gesso);
- Após amolecer não deve haver desmarcação nem rugosidade superficial;
- Deve ter boa reprodução de detalhes e resistência nas margens;
- Deve ser rígido e estável dimensionalmente;
- Resistir às variações de temperatura;
- Quando aquecida a 500°C (processo de carbonização), deve ser vaporizada totalmente, deixando no máximo 0,1% do peso original como o resto. Esse 0,1% geralmente são as cargas que ainda restaram.
Escoamento da cera:
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