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Periodonto de Proteção

Por:   •  14/6/2018  •  Seminário  •  6.645 Palavras (27 Páginas)  •  760 Visualizações

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Transcrição de Histo & Embrio

Aula 4 -  Periodonto de proteção

Periodonto de proteção envolve a gengiva e a junção dento-gengival. Como é que se divide a gengiva? Como que ela ta constituída? Então nós vamos ter uma visão frontal aqui, ó, nós temos aqui a gengiva marginal ou também chamada de gengiva livre (colar que circunda o colo dos elementos dentários). Entre um elemento e outro nós temos aqui o que chamamos de gengiva papilar ou papila interdentária (triangulo que se localiza abaixo do contato interproximal). Nos dentes inferiores existe a face de contato,  ja nos dentes posteriores nós vamos ter os pontos de contato e ali a gengiva ficaria acima para os dentes superiores ou abaixo para os dentes inferiores. É isso, a gengiva marginal, fazendo parte da gengiva marginal nós teríamos a papila interdentária ou gengiva papilar.

Nós teremos também a gengiva inserida. Esse segmento aqui da gengiva, onde estão esses pontinhos, esse segmento aí está firmemente aderido. O conjuntivo da gengiva inserida está firmemente aderido ao periósteo do processo alveolar, daquela compacta perióstica. Lembra que a gente viu a compacta periodôtica que olhava para o alvéolo? compacta perióstica. Justamente, o conjuntivo dessa...  aqui nós temos o epitélio como aqui está, olha, abaixo do epitelio conjuntivo. O epitélio conjuntivo está aderido ao periósteo da compacta perióstica. Por isso, gengiva inserida. Já essa porção aqui ela é chamada de gengiva livre por que realmente, quem já teve experiência até com o próprio fio dental, mas quando vocês chegarem na clínica e colocarem a seringa tríplice com o jato de ar, vão perceber que a gengiva está apenas colocada na superfície do elemento dentário. Está repousando. Mas no momento em que a gente coloca o ar ela se afasta. Então ela não está inserida, está apenas colocada, repousando, encostada. É diferente dessa gengiva aqui, ó, desse segmento aqui onde o conjuntivo aqui ele manda as fibras colágenas que vão se inserir no periósteo, e aí ta firmemente aderido.

A partir dessa linha aqui, desse ponto aqui, nós vamos ter a mucosa alveolar. Chegar hoje no espelho, traciona o lábio e analisa tua gengiva marginal,  só esse polído onde tem essa camada de pontilhado já é a gengiva inserida e a partir daqui vocês vão ver a linha muco gengival, porque? É fácil identificar ela, você traciona o lábio ela fica bem demarcada, o tecido frouxo acima,  um tecido com maior mobilidade,  é justamente a mucosa alveolar. Nós temos a gengiva marginal, a gengiva inserida, dividindo a gengiva inserida com relação a mucosa alveolar, nós temos a linha muco-gengival, que é uma linha que contorna, certo?

Aqui eu tenho a coroa do elemento dentário, esmalte, dentina, polpa. Aqui seria a junção amelocementária, então aqui já é dentina radicular, o cemento ficaria aqui, e aqui em torno do esmalte tem o cemento. Junção amelocementária nesse ponto aqui.

         A gengiva marginal ela tem essa tem essa forma aqui, piramidal, que normalmente a gente estuda a gengiva marginal dividida em vertente externa [que olha para cavidade bucal] e interna que olha para o esmalte,  ou qualquer outra coisa que esteja substituindo o esmalte (amálgama e resina,  por exemplo). E aqui o conjutivo, certo? desde a aula passada eu falei de epitelio juncional. Eu disse que a vertente interna ela é  constituída pelo epitélio do sulco e realmente aqui é onde a gente passa o fio dental, o sulco gengival. Então parte da vertente interna é o epitélio do sulco e essa parte aqui que está aderida ao esmalte? essa é o epitélio juncional. Então a vertente interna da gengiva livre é constituída pelo epitélio do sulco e pelo epitélio juncional. E esse epitélio juncional, que é de grande importância, não o papel dele em si, mas o ponto final de onde está se inserido, ele vai culminar com a junção amelocementária; se ele aqui se encontra, atesta para nós - cirurgião dentista - o estado de normalidade do periodonto de sustentação, porque eu posso já ter comprometimento da gengiva (periodonto de proteção), mas a junção ainda está no seu local adequado, normal. Se o epitélio juncional se encontra aqui, é sinal de que.... Qual é o primeiro grupo de fibras do ligamento? As fibras da crista. Tomando como ponto de partida a crista do osso, porque aqui eu teria compacta perióstica, desse lado a compacta periodôntica (também chamada de osso de inserção, lâmina crivosa, lâmina dura, osso fasciculado, osso alveolar propriamente dito - todos os aspectos para um mesmo tecido). Por que esse osso trabeculado aqui e a compacta perióstica vão constituir o processo alveolar,  que tem origem no processo de ossificação dos ossos da face, deriva da ossificação do osso basal. Já a compacta periodôntica tem origem com o processo de formação do ligamento do periodonto de sustentação, ou seja, o mesmo folículo que dá origem ao cemento cuja células se diferenciam em cementoblastos, fibroblasto pra originar o ligamento, outras células desse mesmo folículo também se diferenciam em osteoblastos para constituir essa compacta aqui.

Então voltando as fibras da crista, tem origem na crista do osso alveolar, toma direção,  nesse caso aqui, ascendente em relação,  por exemplo, se eu tomo como refêrencia a origem na crista, as fibras tomam uma direção ascendente e vão até o cemento logo abaixo da Junção Amelocementária. E são essas fibras que se direcionam nesse sentido aqui que vão limiar o epitélio juncional. (isso foi dito na aula anterior quando falamos sobre a doença periodontal).  São as fibras da crista que vão barrar o epitélio Juncional. Se essas fibras sofrem desintegração, o epitélio vai descendo até encontrar as primeiras fibras que estão intactas e aí se instala a doença periodontal. Por que o periodonto de proteção?  Porque ele é porta de entrada para o periodonto de sustentação ou periodonto de inserção. 

Se há um processo inflamatório infeccioso aqui, a nível gengival, e se ele não é tratado, esse processo adentra e vai cada vez mais contaminando e atingindo não só as fibras como reabsorvendo o osso, cemento, periodonto de sustentação não é agredido de imediato… Primeiro houve um comprometimento do periodonto de proteção, se ele for ultrapassado, aí se instala no periodonto de sustentação. 

É isso que vocês vão fazer no espelho (como aprendizado pra clínica). Então aqui eu tenho a cavidade bucal, onde eu passo só a ponta;  isso aqui  é a gengiva marginal ou gengiva livre. Fazendo parte da gengiva marginal eu tenho a formação de uma pirâmide chamada papila interdentária ou gengiva papilar. A gengiva marginal vai até… Estão vendo esse esbranquiçado aqui? Essa faixa daqui para baixo representa a gengiva inserida. O conjuntivo que está aqui abaixo do epitélio é menos vascularizado, mais rico em fibras colágenas então tem menos vasos. E aqui tambem nós vamos ter o epitelio bem queratinizado que faz com que ocorra essa mudança na coloração. Aqui eu tenho a linha mucogengival.  Tem pacientes que é bem evidente. Daqui para baixo é a mucosa alveolar, a qual tem certa mobilidade, apresenta um tecido conjuntivo  mais frouxo, mais vascularizado, e a gente consegue visualizar os vasos sanguíneos; o epitélio não é queratinizado tornando-o menos espesso, e o conjuntivo subjacente é frouxo, fica visível os vasos;  por ser um tecido conjuntivo frouxo com muitos vasos  isso tudo corrobora para termos uma mucosa rósea mais intenso e permite a visualização dos vasos sanguíneos. Repetindo: eu tenho gengiva marginal, gengiva inserida e mucosa alveolar. 

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