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Anatomia e histologia do sistema reprodutor feminino das aves

Por:   •  30/8/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  784 Palavras (4 Páginas)  •  1.430 Visualizações

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Anatomia e histologia do sistema reprodutor feminino das aves  

De modo geral, o sistema reprodutor feminino das aves é formado somente por um ovário esquerdo e por um oviduto associado, terminando numa cloaca.

 Morfologia do ovário das aves  

O ovário funcional localiza-se anterior ao rim e posterior ao pulmão, fixado à parede dorsal do corpo.
Após a diferenciação sexual, o ovário apresenta uma medula, formada por tecido conjuntivo, nervos e uma rede vascular, e um córtex onde se observam folículos ovarianos em diferentes estágios de desenvolvimento.
O córtex ovariano está envolto por um epitélio cúbico ou pavimentoso simples, conhecido como epitélio germinativo, que se apoia numa camada de tecido conjuntivo, a túnica albugínea.
As células do epitélio germinativo do ovário podem se dividir por mitose de forma controlada para contribuir nos processos de reparo tecidual durante a ovulação e regressão de folículos ovarianos.
Foi sugerido que parte do tecido estromal do córtex ovariano de galinha, incluindo as glândulas tecais e células epiteliais secretoras de hormônios esteroides, era formado a partir do epitélio germinativo que reveste as criptas corticais do ovário, contribuindo para a regeneração do estroma ovariano parafolicular.  

O ovário funcional apresenta grandes folículos ovarianos salientes na superfície do ovário, suspensos por meio do pedúnculo folicular, formado por tecido conjuntivo frouxo, músculo liso e vasos sanguíneos.
O folículo ovariano consiste de um oócito em crescimento formado por vitelo e uma vesícula germinativa, além de uma parede folicular formada por uma membrana perivitelínica, uma membrana granulosa, por uma teca interna e uma teca externa.
A vesícula germinativa consiste num aglomerado de organelas localizado na superfície do oócito, funcionando como um centro metabólico do oócito importante por regular a dinâmica funcional e o crescimento dos folículos ovarianos.
Os folículos ovarianos imaturos são pequenos e consistem num oócito rodeado por células foliculares achatadas.
À medida que esses folículos se desenvolvem, eles chegam a atingir proporções gigantescas devido à capacidade do oócito expandir seu citoplasma com uma imensa inclusão lipídica, o vitelo.
A composição do ooplasma do oócito varia durante o desenvolvimento do folículo ovariano.
Folículos imaturos apresentam acúmulos densos de mitocôndrias e vesículas do Golgi no ooplasma, chamados de corpúsculos vitelínicos de Balbiani.
Os folículos ovarianos são classificados em imaturos (ou primordiais), pré-vitelogênicos (ou primários), vitelogênicos (ou secundários) e maduros (ou pré- ovulatórios).
Os folículos pré-ovulatórios são numerados de acordo com seu tamanho, onde o folículo F1 é o maior e mais próximo de ovular, seguido pelo F2, F3, F4 e F5, respectivamente. Durante o crescimento folicular, o núcleo do oócito ocupa uma posição excêntrica dentro do vitelo, acima da superfície da gema e abaixo da membrana perivitelínica que envolve o oócito.
Após a ovulação são formadas estruturas chamadas folículos pós-ovulatórios que consistem de células em arranjo epitelióide, com citoplasma vacuolizado, preenchido por gordura e com núcleo picnótico.
Estes folículos produzem progesterona durante um curto período de tempo.
O oviduto é um tubo muscular espiralado se entende desde o ovário esquerdo até a cloaca.
Este órgão é dividido em cinco regiões funcionais, distintas anatômica e histologicamente: o infundíbulo, o magno, o istmo, o útero e a vagina.
O oviduto é sustentado no interior da cavidade abdominal por três ligamentos: o ligamento cranial do infundíbulo, o mesoviduto ventral e o mesoviduto dorsal.
O oviduto é um órgão bem vascularizado e apresenta uma parede formada por uma mucosa com inúmeras pregas seguida de uma própria-submucosa, uma camada muscular e uma camada serosa externa.
A mucosa do oviduto é revestida por um epitélio com células ciliadas e células secretoras apoiadas sobre uma lâmina própria rica em capilares sanguíneos.
A própria-submucosa alberga artéria e veias, e as glândulas ovidutais envolvidas na produção das membranas envoltórias do ovo.
O infundíbulo é morfologicamente semelhante a um funil com fímbrias, e está envolvido na captação do oócito ovulado pelo ovário e posteriormente servirá como local onde ocorrerá a fecundação.
O magno produz e secreta os componentes proteicos do albúmen e tem sua atividade controlada por hormônios esteroides sexuais, como a progesterona.
O istmo produz as membranas da casca ao redor do ovo em desenvolvimento, responsáveis por dar forma ao ovo e servir como um suporte estrutural.
O útero produz a casca mineralizada do ovo, sendo, por isso, chamado de “glândula da casca”, tem ainda como tarefa produzir a pigmentação da casca do ovo e a cutícula, a qual última é depositada após a formação completa da casca, pouco antes da postura do ovo.
A vagina serve como uma passagem para o ovo recém- formado, e funciona como barreira natural seletiva e local de armazenagem para espermatozóides em glândulas tubulares na região de junção entre a vagina e o útero, as “glândulas hospedeiras de espermatozóides”.
O epitélio da mucosa cloacal apoia-se sobre uma delicada lâmina própria formada por tecido conjuntivo frouxo e pequenos vasos sanguíneos, onde frequentemente é possível se observar tecido linfoide organizado em nódulos linfáticos.

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