Anti Inflamatórios Não Esferoidais
Por: Yasmin Soares • 22/12/2021 • Trabalho acadêmico • 2.281 Palavras (10 Páginas) • 134 Visualizações
Anti-inflamatórios não esteroidais[pic 1][pic 2]
Introdução
Revisando inflamação
- Deflagração
- Mediadores principais: alvos para a ação de fármacos. Principalmente derivados do ácido araquidônico (produzido a partir de lipídeos de membrana após algum estímulo pela enzima PLA2). As enzimas COX e LOX produzem alguns produtos por meio da transformação de ácido araquidônico.
- Não são pré-formados no organismo.
Eicosanoides
Derivados do ácido araquidônico.
São os principais componentes inibidos pelos anti-inflamatórios não esteroidais.
[pic 3]
- COX 1: produz prostaglandinas fisiológicas.
- COX 2: produz prostaglandinas inflamatórias.
Leucotrienos: fase celular da inflamação.
Prostaglandinas: fase vascular da inflamação.
Tromboxanos: relacionado com agregação plaquetária.
[pic 4]
AAS infantil para afinar o sangue: atua em baixas doses apenas em COX-1, inibindo-a. Tromboxanos não são produzidos diminuindo a chance de formar trombos.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINE)
Classe terapêutica mais amplamente utilizada.
Mais de 50 tipos de AINEs
Anti-inflamatórios não esteroidais ou analgésicos não narcóticos.
Efeitos
Antiálgicos/ analgésicos
Antipiréticos
Anti-inflamatórios
Ação maior sobre dor somática (musculares, articulares) do que visceral.
Ação periférica (anti-inflamatória, analgésica, anti-trombótica e antiendotóxica) e central (analgésica, antitérmica/ antipirogênica).
Mecanismo de ação
Agem sobre as enzimas que produzem eicosanoides
- COX-1
- COX-2
- COX-3: semelhante a COX-1, mas presente no cérebro. Isso explica porque paracetamol e dipirona tem ação antitérmica e analgésica, mas não tem ação anti-inflamatória.
- Lipo-oxigenase.
*Ação dual: agir sobre COX e LOX
*Alguns são apenas inibidores de LOX
*Maioria inibe COX-1 e COX-2.
*Grande parte inibe só COX-1, levando a muitos efeitos colaterais já que inibem funções fisiológicas, levando a gastrites difusas, erosões gástricas, gastrenterite hemorrágica fatal, falhas renais agudas, lesões renais crônicas, síndromes nefróticas e nefrites.
Ação desacopladora mitocondrial paralela à ação sobre COX: diminui a atividade da cadeia respiratória de elétrons, diminuindo ATP e redistribui Ca++ intracelular.
Dor
Dor periférica: mediada por bradicinina, histamina, PGE2, PGI2 em receptores nociceptivos – estímulo conduzido ao tálamo.
Pode ser controlada por drogas de ação periférica (AINEs) e de ação central (narcóticos - opioides). AINEs tem certa ação central por atuar na febre.
- AINE: ação analgésica espinhal e supraespinhal.
Febre
Leucócitos liberam pirogênios endógenos (interleucinas)
Liberação de PGs e IL-1 no hipotálamo elevam o limiar térmico, levando a piloereção, vasoconstrição, tremores, como se estivesse frio. O aumento da temperatura corporal faz com que haja indução da perda de calor, levando a sudorese e perda de calor.
AINEs reajustam o termostato por meio da inibição de COX e de IL-1.
[pic 5]
Características dos AINEs
Ação sobre radicais livres (remoção)
Ações diferem entre as espécies (efeitos terapêuticos, biotransformação, meia-vida, ...)
*Há peculiaridades na biotransformação de fármacos alterando a meia-vida. No caso de animais recém-nascidos, o sistema enzimático hepático não é suficientemente maduro.
*Buscar dados na literatura
*Cuidar com remédios de cães para gatos e de ruminantes para equinos.
São ácidos fracos: afinidade por tecidos inflamados – fundamental. Os tecidos inflamados têm pH mais ácidos que o tecido não lesionado (debris celulares, liberação de alguns ácidos). MELHOR ABSORÇÃO.
Excreção facilitada em urina alcalina: isso é importante em casos de intoxicação ou superdosagens em que é feita a administração de bicarbonato.
Cães: excreção pela vesícula biliar, ocorre ciclo êntero-hepático, induz a ocorrência de maior incidência de lesões da porção inferior do TGI.
Ações complementares em AINEs
Inibição de agregação plaquetária – Inibição de Tromboxanos.
Inibição da síntese de histamina
Antagonismo da bradicinina
*Ocorre inibição de histamina e bradicinina por elas terem funções de hiperalgesia juntamente com as prostaglandinas.
Estabilização de membranas lisossômicas: membranas ficam estabilizadas, algumas atividades celulares estão diminuídas. Isso pode ser importante na síndrome choque, uma deficiência da microcirculação.
*Consequência de choque: alguns fármacos como corticoides diminuem as atividades das células.
Inibição do sistema complemento
Inibição da fagocitose
Prevenção do acúmulo leucocitário
*Esses 3 últimos efeitos estão relacionados com anti-inflamatórios de efeito dual (inibe LOX = resposta celular).
Utilização clínica dos AINEs
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