Descreva a Espermatogênese e Espermiogênese

 1 - Descreva a espermatogênese e espermiogênese

A espermatogênese, se inicia após a chega e proliferação na gônada masculina em desenvolvimento, as células germinativas primordiais se instalam nos cordões sólidos das células de sustentação primitivas, as progenitoras das células de Sertoli, que desenvolve no epitélio superficial da gônada. Onde pouco antes da puberdade os cordões celulares adquirem uma luz e desenvolve-se nos túbulos seminíferos dos testículos, em paralelo, as células de sustentação gradualmente assumem as características das células de Sertoli e as células germinativas primordiais desenvolvem-se em espermatogônias. A espermatogênese engloba todos os processos pelos quais as espermatogônias transformam-se em espermatozoides, incluindo a espermatocitogênese, a meiose e espermiogênese.

Na espermatocitogênese, as espermatogônias estão localizadas perifericamente nos túbulos seminíferos, adjacentes à lâmina basal e ao exterior da barreira hematotesticular, podendo ser identificadas em espermatogônias do tipo A, intermediarias e do tipo B. Nas espermatogônias do tipo A1, as suas primeiras mitoses resultarão em novas células-tronco do tipo A1 e em espermatogônias de segunda geração A2, com capacidade de progredir ao longo da espermatogênese, e ao menos em ruminantes, dar origem a nova geração subsequente de espermatogônias A3, onde posteriormente se dividem em espermatogônias intermediarias que compartilham características morfológicas com tipo A e B. A partir das intermediarias surgem as do tipo B, das quais há duas gerações, ao menos em ruminantes.

A meiose é onde ocorre a ultima divisão mitótica da espermatogônia do tipo B resultando na formação doas espermatócitos primários, que dão inicio a meiose 1, com uma longa prófase características, ao contrário do ovócito não tem o bloqueio da meiose no estágio de diplóteno da prófase. Com isso os espermatócitos se deslocam pela barreira hematotesticular para o compartimento luminal dos túbulos seminíferos, esse processo ocorre por meio de um mecanismo de junções oclusivas, formadas atrás dos espermatócitos antes que as junções formadas á frente deles sejam dissolvidas, para permitir a passagem das células. Com a conclusão da meiose 1 resulta na formação de dois espermatócitos secundários, que posteriormente se dividem em duas espermátides pela meiose 2. Com o decorrer dessas de divisões, da espermatogônia de segunda geração tipo A até as espermátides, a citocinese é incompleta, deixando as células de uma geração ainda conectadas por finas pontes citoplasmáticas.

Na espermiogênese, as espermátides são transformadas em espermatozoides, passando por quatro fases:

A fase de golgi, onde o complexo de golgi produz grânulos acrossômicos os quais se fundem para dar origem a um único grande grânulo acrssômico que se localiza adjacente ao núcleo. O par de centríolos da espermátide realoca-se no polo oposto ao núcleo onde o centríolo proximal torna-se associado ao núcleo, simultaneamente no centríolo distal desenvolve-se um anoxena, constituído de dois microtúbulos centrais circundados por nove microtúbulos.

No decorrer da fase capuchão, o grânulo acrossômico achata-se e cobre uma porção maior do núcleo da espermátide.

Durante a fase de acrossomo a cromatina no núcleo se condensa á medida que as histonas são substituídas por protaminas. O grânulo acrossômico é reestruturado em um acrossomo, o qual contém enzimas importantes para a penetração do espermatozoide nos revestimentos do ovócito durante a fertilização. Posteriormente o acrossomo recobre reca de dois terços do núcleo da espermátide, alocando o citoplasma para o desenvolvimento da cauda e as mitocôndrias são arranjadas em torno do axonema em crescimento, a espermátide gira de forma que o

acrossomo fique voltado para a lâmina basal do túbulo seminífero e a cauda em

desenvolvimento fique voltada para a luz.

Na fase de maturação, a arquitetura espécie-específica da cabeça e da cauda do espermatozoide se desenvolve. A maior parte do citoplasma, englobando a

maioria das organelas, é separada formando o corpo residual, que será fagocitado

pelas células de Sertoli, e as espermátides são desconectadas umas das outras. E por fim, o espermatozoide é liberado das células de Sertoli para a luz dos túbulos seminíferos.

2 - Descreva os hormônios envolvidos na espermatogênese e suas funções

Os principais envolvidos são a testosterona, o LH e o FSH, mas também há a presença dos estrogênios e do hormônio do crescimento.
A Testosterona, que é secretada pelas células de Leydig, possui função essencial ao crescimento e a divisão das células germinativas na formação dos espermatozóides. O Hormônio Luteinizante (LH), que estimula a célula de Leydig. O Hormônio Folículo Estimulante (FSH) que possui a função de estimular as células de Sertori. Os Estrogênios, hormônios que são formados a partir das testosteronas pelas células de Sertori. Fica disponível para o amadurecimento do espermatozóide, sendo essa sua função. E por fim temos o Hormônio do crescimento, necessário para controlar as funções metabólicas de fundo dos testículos e também promover a divisão inicial das próprias espermatogônias.

3 - Apresente tabela com quantidade de sêmen e espermatozoides dos mamíferos domésticos

Espécie	Quantidade de sêmen mínimo-máximo (ml)	Quantidade média de sêmen (ml)	Concentração media por mm³
Touro	0,5---14,0	5,0	3.000.000
Carneiro	0,5—3,0	1,0	3.000.000
Garanhão	40,0---320,0	60,0	120.000
Varrão	125,0---350,0	200,0	100.000
Cão	3,0---15,0	10,0	200.000
Galo	0,2---1,5	1,0	3.500.000

 *considerando duas primeiras frações do ejaculado.