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Emergencias e cuidados intensivos em pequenos animais

Por:   •  10/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  876 Palavras (4 Páginas)  •  1.221 Visualizações

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Emergência e cuidados intensivos em pequenos animais

- Uma urgência pode se tornar uma emergência! (Dependendo do tempo de espera)

Materiais necessários em um ambiente de cuidados intensivos (internação ou emergência)

  1. Fonte de oxigênio;
  2. Mascaras faciais;
  3. Laringoscópios e sortimentos de lâminas (para laringoscópio);
  4. Tubos endotraqueais;
  5. Cateteres;
  6. Ambu;
  7. Aparelho de anestesia;
  8. Estetoscópio;
  9. Glicosímetro;
  10. Centrífuga (hematócrito);
  11. Esfignomanômetro;
  12. Aquecedor;
  13. Bomba de infusão;
  14. Aparelho de hemogasometria;
  15. Incubadora neonatal;
  16. Analisador de lactato;
  17. Monitor multiparâmetros;
  18. Lanterna;
  • Lactato: quanto mais baixo pior o estado do paciente! (confirmar informação*).

TRIAGEM

  • Método de classificar pacientes; permite a identificação e o tratamento rápido de problemas que ameaçam a vida do paciente;
  • Pacientes classificados como atendimento de urgência devem ser atendidos em até no máximo 1 hora.
  • Pacientes que implicam riscos de morte devem ser encaminhados diretamente para emergência.

ABCD do trauma: fazer avaliação primária rápida com atenção para o ABCD do trauma, sendo:

A = Air Way – Vias respiratórias;

B = Breathing – Respiração;

C = Circulation – Circulação;

D = Drogas de emergência;

  • A = Determinar se as vias aéreas estão livre e se animal está conseguindo respirar, se há obstrução (caso haja, limpar, entubar e ventilar).
  • B = Se o animal está respirando, a respiração dele é eficaz? Administrar oxigênio, classificar padrão respiratório, frequência respiratória, cianose, taquipnéia ou apneia.
  • C = Canular veia, para suporte de fluidoterapia e administração de drogas de emergência, pode ser intratraqueal, intravenosa ou intraóssea e massagem cardíaca.
  • D = Drogas para melhorar a frequência cardíaca e aumentar pressão.

Massagem cardíaca, sempre acompanhada de massagem abdominal (isso auxilia da pressão diafragmática que ajuda no retorno respiratório)

Após ABCD

  • Avaliar mucosas, podendo estar:

Hipocoradas – que podem indicar: má perfusão, choque, dor, anemia;

Cianótica – que podem indicar: comprometimento cardiorespiratório;

Hipercoradas – que pode indicar: intoxicação;

  • Avaliar TPC (Tempo de preenchimento capilar): pressionar mucosa gengival e esperar até que a mesma retorne a coloração inicial, o tempo normal é de 1 a 1,5 seg;

Determinar a qualidade do pulso – pulso femoral

  • Avaliar frequência cardíaca:
  • taquicardia

> 160 bpm para raças grandes;

> 180 bpm para raças pequenas;

> 200 bpm para filhotes;

> 220 bpm para felinos;

  • bradicardia

< 60 bpm em cães;

< 80 bpm em felinos;

Determinar a temperatura corpórea: Hipotermia – 35ºC (aquecer)

                                                  Hipertermia – 41ºC (resfriar)

Avaliação neurológica: buscar evidências de traumatismo, presença de nistagmo, oscilação da cabeça, midriase, míose, RPL, nível de consciência, etc;

Tratamento de feridas e lesões;

CHOQUE

Choque hipovolêmico: volume sanguíneo baixo e pouco retorno venoso. Deve ser tratado com fluidoterapia intensa.

Volume sanguíneo:

Cão: 80 a 90 mL/Kg

Gato: 50 a 60 mL/Kg

Choque cardiogênico: caracteriza-se por um estado de baixa perfusão tecidual, mas com adequado volume sanguíneo intravascular, devido à dificuldade na contração do músculo cardíaco, há comprometimento no debito e no suprimento dos diversos tecidos. Nesse caso não deve-se administrar fluidoterapia.

Choque séptico: Tratamento é basicamente antibioticoterapia.

Monitoração Sistema Cardiovascular

  1. Parâmetros:
  1. Coloração da mucosa;
  2. TPC;
  3. Frequência cardíaca: número de batimentos em 15 seg., multiplicado por 4;
  4. Aferição do pulso: ideal palpar pulso enquanto se faz a auscultação cardíaca;
  5. Temperatura retal: extremidades frias, sugerem vaso constrição;

ECG (Eletrocardiograma) – registra atividade elétrica no coração e arritmias.

Dicas para mensurar PAS:

  • Largura do manguito para mensurar pressão deve ser cerca de 40% da circunferência do membro;
  • Sempre justo, porém não apertado;
  • Colocar o manguito no meio do membro anterior, na base da cauda ou abaixo do joelho;
  • Pressão sistólica normal – 80 a 150 mmHg.

Monitoração Sistema Respiratório

Parâmetros:

  1. Auscultação respiratória;
  2. Frequência respiratória – 15 a 30 mpm;
  3. Padrões respiratórios: Taquipnéia, apnéis, hipoventilação, hiperventilação.
  4. Sons anormais: crepitações, sibilos, etc.
  5. Observar cianose em mucosas.

TRANSFUSÃO SANGUINEA

  • Respeitar tempo de administração de cada componente sanguíneo (concentrado de hemácias, sangue total fresco, concentrado ou papa de plaquetas, plasma fresco congelado)
  • Se possível realizar teste de compatibilidade sanguínea (teste de reação cruzada)
  • Administração de corticoides em doses imunossupressoras para evitar reações.
  • Monitorar parâmetros físicos a cada 1 hora, durante a transfusão e nas primeiras 1-2 horas subsequentes (tºC, taquipneia e taquicardia).

FLUIDOTERAPIA

Objetivos:

  • Hidratação;
  • Restaurar volume sanguíneo circulante;
  • Corrigir desequilíbrios eletrolíticos ou ácido-básicos.

Tipos de Fluídos:

Cristalóides isotônicos – níveis de sódio equivalentes ao plasma – soro fisiológico NaCl 0,9%.

Cristalóides hipotônicos – níveis de sódio inferiores ao do plasma; Ringer e Ringer Lactato.

Cristalóides hipertônicos – possuem concentrações de sódio ou glicose maiores que do plasma; solução de NaCl a 7,5%, manitol, hipertônico de glicose.

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