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OS ACIDENTES OFÍDICOS EM EQUINOS

Por:   •  11/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.580 Palavras (7 Páginas)  •  564 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO

CCA – CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

PAULO VINICIUS COSTA RIBEIRO

ACIDENTES OFÍDICOS EM EQUINOS

IMPERATRIZ – MA

2017

PAULO VINICIUS COSTA RIBEIRO

ACIDENTES OFÍDICOS EM EQUINOS

Trabalho realizado para obtenção de nota na disciplina Clínica Médica e Terapêutica de Equídeos do curso Medicina Veterinária.

Docente: Carolina Mura Ramos

IMPERATRIZ – MA

2017

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

2. ACIDENTES OFÍDICOS ......................................................................................... 4

3. PRINCIPAIS ESPÉCIES PEÇONHENTAS ENVOLVIDAS EM ACIDENTES OFÍDICOS NO BRASIL .............................................................................................. 4

4. AÇÃO DO VENENO DE SERPENTES NO ORGANISMO .................................... 5

5. SINAIS CLÍNICOS .................................................................................................. 6

6. TRATAMENTO ....................................................................................................... 6

7. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 9


1. INTRODUÇÃO

Acidente ofídico é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação intramuscular ou subcutânea de toxinas através do aparelho inoculador de serpentes. São frequentemente relatados em zonas rurais e levam a morte dos animais acometidos, gerando prejuízos para o criador (SILVA & LOFEGO, 2006; SOUSA et al, 2011 apud ENDO, 2017).

        

2. ACIDENTES OFÍDICOS

Acidente ofídico é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação intramuscular ou subcutânea de toxinas através do aparelho inoculador de serpentes. São frequentemente relatados em zonas rurais e levam a morte dos animais acometidos, gerando prejuízos para o criador (SILVA & LOFEGO, 2006; SOUSA et al, 2011 apud ENDO, 2017).

        Os equinos são os mais susceptíveis ao veneno de cobras, porém, tendem a ser mais resistentes devido ao seu tamanho corporal, o que requer uma quantidade de veneno maior para causar a morte (BICUDO et al. 2012, apud GONÇALVES et al., sem data). São mais acometidos na região da cabeça, por conta de sua posição para se alimentar e curiosidade, mas também podem ser afetados nos membros pélvicos e torácicos (BICUDO et al. 2012, apud ENDO, 2017).

3. PRINCIPAIS ESPÉCIES PEÇONHENTAS ENVOLVIDAS EM ACIDENTES OFÍDICOS NO BRASIL

 

        No Brasil, as serpentes peçonhentas causadoras de acidentes ofídicos de maior relevância pertencem aos gêneros Bothrops (Jararacas), Micrurus (Corais), Crotalus (Cascavéis) e Lachesis (Surucucus).

        Devido ao seu hábito noturno e pela preferência por ambientes úmidos como matas e áreas cultivadas, as serpentes do gênero Bothrops são as que mais causam ofidismo no homem e animais doméstico, sendo responsáveis por cerca de 90% dos casos. Elas atacam quando se sentem ameaçadas, na maioria das vezes sem fazer ruídos (FUNASA 2001).

        As serpentes do gênero Crotalus são responsáveis por cerca de 10% dos acidentes ofídicos. Popularmente conhecidas como cascavel, são encontradas em campos abertos, áreas secas, arenosas e pedregosas. Só atacam quando excitadas e podem ser diferenciadas pelo ruído característico do guizo ou chocalho (FUNASA 2001).

        As corais, cobras do gênero Micrurus, são de pequeno e médio porte e apresentam anéis vermelhos, pretos e brancos em várias combinações. Em todo o território nacional, existem serpentes não peçonhentas parecidas com as corais verdadeiras, porém não possuem dentes inoculadores, chamadas de falsas-corais (FUNASA, 2001).

        As serpentes do gênero Lachesis, conhecidas popularmente como surucucu, são as maiores peçonhentas das Américas, atingindo até 3,5m. Habitam florestas como Amazônia, Mata Atlântica e algumas enclaves de matas úmidas do Nordeste (FUNASA, 2001).

4. AÇÃO DO VENENO DE SERPENTES NO ORGANISMO

        O veneno do gênero Bothrops contém uma complexa combinação de proteínas, carboidratos, lipídios, metais e aminoácidos, que possuem ações proteolítica, coagulante e hemorrágica, resultando em um quadro de inflamação local, necrose e dano ao epitélio vascular. Há a ação das hemorraginas sobre o endotélio vascular e da ação pró-coagulante do veneno. Desta forma, há destruição tecidual no local da picada acompanhada de processo inflamatório local ou regional acentuado, seguido por formação de vesículas e necrose tecidual. Além disso, pode ocorrer choque, coagulação intravascular disseminada (CID) e insuficiência renal secundária à CID e ao choque. A necrose pode ficar restrita ao tecido cutâneo, podendo se estender para tendões, musculatura e ossos. A ação coagulante ocorre por meio da ativação da cascata de coagulação, mediante a conversão do fibrinogênio em fibrina, levando à incoagulabilidade sanguínea.

O gênero Crotalus possui veneno com ação neurotóxica, mais precisamente, em função da crotoxina, que causa efeitos nos sistemas nervosos central e periférico. A crotoxina induz à paralisia motora e respiratória decorrente do bloqueio da liberação de acetilcolina para as transmissões nervosas. Há também a ação miotóxica do veneno crotálico, que causa lesões no tecido muscular esquelético de forma sistêmica. A ação coagulante do veneno crotálico é devido ao consumo dos fatores de coagulação, levando à diminuição dos níveis sanguíneos de fibrinogênio, mas sem redução no número de plaquetas. Observam-se hemorragias discretas e alterações nos testes de coagulação. O veneno crotálico possui também ação nefrotóxica, levando a lesão tubular direta e lesões indiretas em decorrência da mioglobinúria, podendo ocasionar choque e insuficiência renal aguda.

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