Trabalho de Fármaco
Por: Gabriele Manuela • 10/6/2024 • Trabalho acadêmico • 1.689 Palavras (7 Páginas) • 52 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPUS REALEZA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MARIA CAROLINE NORTE
XAIANE FERRARI ZAMINHAN
CARACTERIZAÇÃO DE RECEPTORES NO ÍLEO ISOLADO DE COBAIA
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
REALEZA
2023
MARIA CAROLINE NORTE
XAIANE FERRARI ZAMINHAN
INTERAÇÃO DE FÁRMACO-RECEPTOR
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), como requisito para obtenção de nota no componente Curricular de Farmacologia Veterinária
Professor: Prof Drª Valfredo Schlemper
REALEZA
2023
- Canais iônicos regulados por ligantes
Canais iônicos regulados por ligantes é o mesmo que falar canais iônicos dependentes de ligantes, que são canais ionotrópicos que vão abrir uma resposta a ligação por um ligante. Para ocorrer a formação do canal precisa que o receptor de membrana celular tem uma região intramembrana com um canal hidrofílico no meio dele, assim os íons vão atravessar a membrana do canal sem precisar encostar no núcleo hidrofóbico da bicamada fosfolipídica.
Os canais iônicos vão ser ativados por variação do potencial de membrana ou por interação com um agonista e também pode ser por estimulação mecânica ou via agentes intracelulares. Os ligantes são classificados pelo seu número de átomos doadores da estrutura.
Se o ligante se ligar na região extracelular do canal a proteína vai se modificar que os íons como Ca2 + e Cl- vão poder passar entre este canal. E em algumas vezes pode acontecer o inverso que quando o canal está aberto e o ligante faz a ligação faz com que o canal se feche. Na Figura 1 representa o fluxo de íons pela membrana que produz corrente elétrica que são responsáveis pela transmissão rápida de sinais pela sinapse e são exclusivas de células nervosas e células musculares.
[pic 1]
- Receptores acoplados à proteína G
Os receptores acoplados às proteínas G (GPCRs, por suas siglas em inglês) são uma família de proteínas transmembranales que desempenham um papel fundamental na comunicação celular. Eles são chamados assim porque interagem com proteínas G (proteínas guanina nucleotídeos reguladoras) para transmitir sinais desde o exterior da célula para o seu interior.
Os GPCRs são compostos por uma única cadeia polipeptídica que atravessa a membrana celular sete vezes, formando hélices transmembranais. Estas hélices criam um canal que permite que as sinalizadoras, como hormônios, neurotransmissores e outras substâncias, se unam ao receptor desde o exterior da célula.
Quando uma molécula sinalizadora é um GPCR, produz uma mudança conformacional na proteína receptora, o que leva à ativação de uma proteína G associada. As proteínas G são capazes de unir-se ao nucleotídeo guanosina difosfato (GDP) ou guanosina trifosfato (GTP). Quando o GPCR é ativado, promove a substituição de GDP por GTP na proteína G, o que leva à separação da subunidade alfa da subunidade beta-gama da proteína G.
Tanto a subunidade alfa liberada quanto a subunidade beta-gama podem ativar diferentes vias de sinalização intracelular. A subunidade alfa pode interagir com enzimas ou canais iônicos na membrana celular, enquanto a subunidade beta-gama pode regular a atividade de outras proteínas dentro da célula.
As vias de sinalização ativadas pelos GPCRs são extremamente diversas e estão envolvidas em uma ampla gama de funções fisiológicas, incluindo a transmissão neuronal, a regulação hormonal, a resposta imune e a percepção sensorial. Devido à sua importância biológica e à sua participação em inúmeras doenças, os GPCRs são objetivos comuns para o desenvolvimento de fármacos.
Na Figura 2, temos os receptores acoplados à proteína G. Os hormônios peptídeos e proteínas ligam-se aos receptores de superfície celular acoplados às proteínas G. A ligação do hormônio ao receptor provoca uma mudança de conformação que possibilita a interação do receptor com as proteínas G. Esse processo resulta na troca do difosfato guanosina (GDP) pelo trifosfato de guanosina (GTP) e na ativação da proteína G. Os sistemas de segundos mensageiros ativados variam depende do receptor específico, da subunidade α da proteína G associada ao receptor e do ligante ao qual se ligam. Exemplos de hormônios que se ligam a receptores acoplados à proteína G: TSH, arginina vasopressina, paratormônio, epinefrina e glucagon. DAG, diacilglicerol; Pl3Ky, fosfatidil-3-quinase; RhoGEFs, fatores de troca de nucleotídeo guanina Rho.
[pic 2]
- Receptores ligados a quinases e receptores relacionados
Os receptores ligados a quinase (RLQ) são uma classe de receptores transmembranares que possuem atividade enzimática intrínseca para fosforilar resíduos de aminoácidos em proteínas-alvo. Eles estão envolvidos na transdução de sinais através da fosforilação de resíduos de aminoácidos em proteínas-alvo. Os RLQ ativam várias vias de sinal intracelular através da fosforilação de tirosina e/ou serina/treonina nas proteínas-alvo.
Existem diferentes tipos de RLQ, como os receptores do fator de crescimento epidérmico (EGFR), receptores de insulina e receptores do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR). Cada um desses receptores possui um ligante específico que se liga ao domínio extracelular do receptor, ativando uma atividade quinase intrínseca do receptor.
A fosforilação de tirosina e/ou serina/treonina nas proteínas-alvo pelo receptor leva à ativação de várias vias de sinal intracelular que regulam a antecipação celular, a diferenciação celular, a sobrevivência celular e outras funções celulares.
Os RLQ são importantes alvos terapêuticos em várias doenças, como o câncer. Inibidores de RLQ específicos, como inibidores de EGFR e inibidores de FGFR, são utilizados no tratamento de alguns tipos de câncer.
Esses receptores funcionam como sensores extracelulares para uma variedade de sinalização sinalizadoras, como fatores de crescimento, hormônios, neurotransmissores e citocinas, e transmitem os sinais para o interior da célula através da ativação de sua atividade quinase intrínseca.
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