A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA.
Ensaios: A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Martacrisbarreto • 3/11/2014 • 1.208 Palavras (5 Páginas) • 722 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Uma boa educação é um bem enorme que produz benefícios pessoais durante toda a vida. É importante destacar que cada estudante, independentemente de qualquer deficiência, tem um perfil único, com habilidades e dificuldades em determinadas áreas. No entanto, algumas características associadas à síndrome de Down merecem a atenção de pais e professores, como o aprendizado em um ritmo mais lento, a dificuldade de concentração e de reter memórias de curto prazo.
Assim sendo o pai de uma menina que tem síndrome de Down, de Mogi das Cruzes (SP), conseguiu na Justiça uma liminar para que a filha, de 9 anos, tenha uma mediadora em uma escola regular do Estado.
Anna Heloisa é atualmente aluna do Colégio Estadual Pedro Malozze. Os pais entraram na Justiça no ano passado e conseguiram o acompanhamento diário de uma professora particular para a menina, além da outra educadora que leciona na mesma sala. “É fundamental ter um professor assistente para os alunos com síndrome de down para que eles possam se desenvolver em sua vida escolar”, comenta o pai de Anna Heloisa, Alessandro Guedes, que trabalha como gestor de pós-venda.
A professora auxiliar é Regina Célia Venâncio, que leciona há mais de duas décadas e nunca tinha vivido nada parecido em sala de aula. A convivência com a pequena Ana tem sido uma motivação. “Cada passo que ela dá, a cada aprendizagem que ela conquista, é uma vitória e uma satisfação muito grande para nós que somos educadores.” Na escola, Anna convive normalmente com outros alunos, com deficiência ou não. Na sala de aula não existe nenhum tipo de separação.
Atender alunos com deficiência não é novidade para o colégio, que faz isso desde a década de 60. Os educadores são unânimes em dizer que a inclusão só traz benefícios. “Todos se beneficiam quando você trata da inclusão. Aprende-se a valorizar a diferença. É esse mundo que a gente quer”, opina a supervisora de ensino Marta Terrone.
A mãe de Ana chegou a se surpreender com a evolução da filha em pouco mais de três meses de acompanhamento. “A chegada dela em casa é assim: abre a maletinha, mostra os exercícios… tudo. Se está ensinando na sala, ela faz a tarefa, participa, não foge do foco. Ela sempre fica fazendo de tudo”, conta Ana Maria Guedes, que trabalha como professora.
O pai chegou a pensar em matricular a filha em uma escola especial, uma das entidades mais conhecidas no acompanhamento de pessoas com síndrome de Down, mas depois de pesquisas, optou pela inclusão. “Tem que ser na escola regular porque é onde é feita a verdadeira inclusão”, afirma. “Nós não estamos focados se o aluno com deficiência vai dar conta de um determinado conteúdo no bimestre, mas planejamos estratégias para ele, para que seja capaz de executar as atividades que foram pensadas”, continua a supervisora Marta Terrone.
2 DESENVOLVIMENTO
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. Até o início do século 21, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial - ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
A Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos.
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).
Seguindo os preceitos constitucionais de que toda criança tem direito inalienável à educação, a política na área da educação pública no Brasil nos últimos anos tem sido a inclusão dos estudantes com síndrome de Down e outros tipos de deficiência na rede regular de ensino, com um crescimento significativo do número de matrículas nos últimos anos. No entanto, nem sempre esta inclusão se
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