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A Dança Como Linguagem Corporal

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Por:   •  29/7/2014  •  2.429 Palavras (10 Páginas)  •  4.165 Visualizações

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A Dança como Linguagem Corporal

Miyabara, Renata A.

*Professora de Ensino superior na UNICASTELO e na Faculdade Santa Rita

Resumo

A necessidade de comunicação é inata ao homem, levando-o a trilhar diferentes maneiras para se expressar, ser compreendido e compreender o mundo. O movimento e o pensamento do ser humano, estão relacionados ao trabalho global do corpo, atuando como meio de relação e comunicação, através da linguagem corporal. A Dança, assim como a linguagem (temas dessa pesquisa), exprime sentimentos e emoções que um indivíduo experimenta ou que deseja provocar no ânimo do interlocutor (espectador). Sendo uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, a dança enquadra-se como linguagem que deve ser ensinada, aprendida e vivenciada, na medida em que favorece o desenvolvimento de vertentes cognitivas, éticas e estéticas e contribui qualitativamente para as questões da socialização e expressão da criança. Esta pesquisa tem por objetivo apresentar a Dança como uma linguagem corporal, que permite ao aluno, comunicar-se com o mundo e consigo mesmo através dos movimentos de seu próprio corpo. A mesma justifica-se pela necessidade do trabalho corporal planejado e sistematizado na educação básica.

Palavras chave: dança, linguagem, movimento, criança.

FIGURA 1 - “As Mídias na Linguagem Corporal” -

http://www.educarede.org.br /educa/index.cfm

Nesta pesquisa, a Dança é apresentada como linguagem corporal, por se tratar de uma sucessão rítmica de passos, saltos, movimentos corporais (assim como no significado de linguagem corporal), ordinariamente ao compasso de música,baile, segundo o mesmo dicionário.

A Dança, assim como a linguagem, exprime sentimentos e emoções que um indivíduo experimenta ou que deseja provocar no ânimo do interlocutor (espectador). Sendo uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, a Dança, ao lado do teatro e da música, caracteriza-se pelo uso do corpo, seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia), ou improvisados, quase sempre é acompanhada ao som e compasso de música, com passos cadenciados, e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.

Para Nanni (2005) o movimento e o pensamento do ser humano, estão relacionados ao trabalho global do corpo, atuando como meio de relação/comunicação através da linguagem corporal (gestos, movimentos) que nos integra ao meio. Para a autora, linguagem corporal é uma forma de comunicação não verbal, expressa por meio de gestos e movimentos em sintonia com nossas ações corporais que se manifestam pela interação significativa e harmônica da totalidade do ser humano.

A Dança pode existir como manifestação artística, como forma de divertimento, numa cerimônia, ou como forma de educação dos movimentos corporais (nas escolas). Como arte, a Dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público. Atualmente, a Dança se manifesta nas ruas, na mídia, em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico ou educacional.

Com relação à Dança, Robatto (1994) afirma que esta expressa, antes de tudo, a ideia de si mesma podendo, simultaneamente, conter outras ideias e transmitir mensagens.

Para Laban (1990), a Dança retrata ideias, ansiedades e interesses de toda uma época, aliados a uma imensa necessidade que o ser humano tem de mover-se e ultrapassar sua essência e de transcender sua existência em evasões positivas e cheias de significados nos acontecimentos de sua vida real.

Garaudy (1980) ao expressar sua ideia de Dança como linguagem corporal, diz que se nós pudéssemos dizer certas coisas, não precisaríamos dançá-la. Retratando a magia da expressão corporal da qual somos capazes, através de nossos corpos.

Brikman (1989) diz que a Dança é uma linguagem do movimento corporal na sua essência, uma articulação harmônica dos movimentos que possibilita o desenrolar de uma imagem, ideia e sentimento.

Nanni (1995) trata a dança, em sua obra, como uma linguagem corporal capaz de simbolizar alegrias, tristezas, vida e morte, amor, guerra, paz, etc. Era assim nos tempos primitivos, de onde se tem os primeiros registros de que havia dança e se pôde conhecer os costumes, as representações mímicas, lúdicas e religiosas da época.

A autora acrescenta ainda que a linguagem corporal, através da Dança, registra o real, o simbólico, o imaginário, interligando os objetivos que articulam o corpo simbólico ao corpo imaginário permeado pelo corpo real.

Gariba e Franzonni (2007) entendem, que o fundamental é ser capaz de compreender a Dança como uma linguagem, que, além de permear o processo de produção do conhecimento e a inserção da práxis social , prioriza não só esse processo de construção, mas também os resultados vindos dele, remetendo-os a momentos preciosos, capazes de despertar a consciência crítica de quem os vivencia.

Segundo as autoras:

...a dança enquadra-se como linguagem que deve ser ensinada, aprendida e vivenciada, na medida em que favorece o desenvolvimento de vertentes cognitivas, éticas e estéticas e contribui qualitativamente para as questões da socialização e expressão. Atividades corporais advindas da expressividade, comunicação, alegria, liberdade são elementos relevantes na vida do ser humano. (GARIBA; FRANZONNI, 2007, p.159)

Para Ossona (1988), a necessidade de comunicação é inata ao homem, fazendo-o, seguir pelos caminhos mais apropriados para se expressar, ser compreendido e compreender o outro. A autora afirma que a primeira tentativa do homem em se comunicar foi através do movimento e que isso ocorre à medida que o homem não consegue fazê-lo por meio da palavra.

Para a autora, utilizamos a linguagem dos gestos sempre que não queremos ou não podemos entender algo ou quando não somos compreendidos, quando não podemos ouvir, ou quando não queremos que alguém nos ouça, ou ainda quando a voz não alcança a distância. Estes movimentos podem expressar dor, fome ou qualquer outro incômodo do ser humano, sendo movimentos instintivos, sem interferência de imitação ou modificações da educação sobre o ser humano.

Ossona (1988) ainda dá o exemplo dos primeiros movimentos de um bebê, logo ao nascer, que são carregados de protesto, ela relaciona

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