A Relação Entre Homeostase Corporal E Corpo Humano

Relação entre a homeostase corporal e o sistema nervoso

Patrícia Morais

O corpo humano pode ser fortemente influenciado por fatores externos, como por exemplo a temperatura, a prática de exercícios físicos, dentre outros, e muitas vezes, devido a esses fatores, o corpo pode estar propício a se desequilibrar. Para que o desequilíbrio corporal não seja de fato efetivado, o corpo entra no processo de homeostase, efetuando comandos gerados pelo sistema nervoso a fim de manter o equilíbrio e assim se proteger.

Exemplificando o que foi dito, pode-se analisar uma situação onde um indivíduo se expõe a uma temperatura muito baixa sem estar utilizando roupas adequadas para essa condição. Dessa forma, visto que muitos dos seus órgãos funcionam apenas quando submetidos a temperaturas altas, não se pode permitir que a temperatura externa afete seus sistemas corporais e, para evitar isso, um dos comandos que podem ser gerados é o de estimular tremores pelo corpo. Logo a ação do corpo trêmulo e em movimento frenético e rítmico faz com que a temperatura corporal interna permaneça alta, promovendo o equilíbrio interno e evitando a intervenção do meio externo. Assim, o organismo se mantém em homeostase: gerando estímulos capazes de conter ou rebater as influências externas.

Ademais, vale ressaltar que as células e sistemas contribuem para a homeostase corporal, e também passam por esse processo. Por exemplo, existem quantidades específicas de íons que devem estar presentes nas células, assim a homeostase da célula é feita, tendo em vista que a membrana plasmática garante a entrada desses íons e evita a intervenção de patógenos a partir da permeabilidade seletiva. Além disso, as células e sistemas trabalham em conjunto para fazer com que um corpo afetado negativamente pelo meio externo volte ao seu equilíbrio.

Ainda, um dos mecanismos mais importante para a homeostase é o feedback, também chamado de retroalimentação. O feedback é, basicamente, a resposta gerada pelo organismo quando o mesmo analisa que está a ponto de se desequilibrar, dessa forma, a partir desse mecanismo, o corpo entenderá o que deve fazer para se manter na homeostase. Sobre a retroalimentação é importante sinalizar que existem dois tipos: negativo, que é um estímulo contrário aos que estão desequilibrando o corpo (como o exemplo citado acima sobre tremores); e positivo, que potencializa o estímulo que gera desequilíbrio.

Além disso, para garantir a homeostase existe uma ordem de acontecimentos. O primeiro agente desse processo é o receptor, que percebe a desestabilidade causada pelo meio externo e que potencialmente é capaz de desequilibrar totalmente o corpo. Posteriormente o centro integrador irá agir, e é ele que gera o feedback anteriormente apresentado, ou seja, ele produz a ordem para reverter a situação e evitar o desequilíbrio. Por fim, quem atua é o efetor, responsável por efetuar o comando dado pelo centro integrador.

Certamente o conceito de homeostase foi explicado minuciosamente e espera-se que a compreensão tenha sido proveitosa. Agora pode-se iniciar o estabelecimento da relação entre o processo de homeostase e o sistema nervoso. Bem como já foi dito, todos os sistemas fisiológicos são importantes para a manutenção do equilíbrio corporal, entretanto, o sistema de maior importância, que gere todo o processo, é o sistema nervoso. Esse sistema é dividido entre o sistema nervoso central (SNC) formado por gânglios e nervos, e sistema nervoso periférico (SNP) constituído por encéfalo e medula espinhal. A função do SNP é interligar e trocar informações entre o SNC e os demais órgãos, já o SNC é responsável por receber e processar informações. Além disso, o sistema nervoso periférico pode ser subdividido entre sensorial e efetor.