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A Zoologia dos Trabalhos

Por:   •  8/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.115 Palavras (5 Páginas)  •  340 Visualizações

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Capitulo 27

  1. A transição da água para a terra é talvez o evento mais dramático da evolução animal, pois envolve a invasão de um habitat que em muitos aspectos é mais hostil para a vida. A vida originou-se na água. As plantas vasculares, caramujos pulmonados e artrópodes com traqueias fizeram a transição muito antes dos vertebrados, e os insetos com asas estavam diversificando-se ao mesmo tempo em que evoluíram os primeiros vertebrados terrestres.

  1. No estagio da vida aquática quando são larvas, os anfíbios respiram por brânquias, como os peixes. Quando adultos, vivem em ambientes terrestres e realizam a respiração pulmonar. Em diversos estágios de sua vida as salamandras por exemplos, também podem ter brânquias externas, pulmões, ambos, ou nenhum destes. Muitas ninhagens diversas de salamandras evoluíram formas permanentemente aquáticas que não sofrem metamorfose completa, mas retém suas brânquias e cauda em forma de nadadeira por toda a sua vida. Os pulmões, os órgãos respiratórios mais comuns entre os vertebrados terrestres, estão presentes estão presentes desde os nascimentos das salamandras que os possui, tornando-se ativos, após a metamorfose.

  1. Os membros dos tetrápodes evoluíram a partir das nadadeiras dos peixes paleozoicos. Um peixe de nadadeira lobadas do Devoniano Superior, possuía nadadeiras musculares pares sustentadas por elementos ósseos que precederam os ossos dos membros tetrápodes. A nadadeira anterior possuía um osso na parte proximal do membro anterior (úmero) e dois ossos na parte distal deste membro (radio e ulna), alem de elementos menores homólogos aos ossos dos pulsos dos tetrápodes. Como é típico nos peixes, a cintura escapular constituída de cleitro, clavícula e outros ossos, eram firmemente ligados ao crânio. Em Acanthostega, um dos primeiros tetrápodes  conhecido como Devoniano, os raios dérmicos das nadadeiras anteriores foram substituídos por oito dedos inteiramente desenvolvidos. É provável que ele fosse exclusivamente aquático, pois seus membros eram muito fracos para se locomover sobre a terra. Ichthyosteg, um conteporaneo possuía membros tetrápodes totalmente formados e deve ter sido capaz de caminhar sobre a terra. O membro posterior possuía sete artelhos. Limnoscelis, um anfíbio antracossauro do Carbonífero, possuía cinco dígitos nos membros anteriores e posteriores, o modelo pentadáctilo básico que se tornou o padrão tetrápode.
  1. A maioria dos anfíbios apresenta um ciclo de vida bifásico, iniciando como larva aquática, posteriormente metamorfoseando-se em um adulto terrestre, que retorna para a agua para colocar seus ovos. Alguns sapos, salamandras e cecílias evoluíram formas de desenvolvimento direto que não incluem o estágio larval aquático, e algumas cecilias evoluíram viviparidade. A condição perenibranquiata é obrigatória em algumas espécies, mas outras metamorfoseiam em ema forma terrestre, caso seu habitat lacustre evapore.
  1. A ordem gymnophiona (apoda), contem aproximadamente 160 espécies de animais alongados, desprovidos de membros e fossoriais, comumente denominados Cecília. Incluso nessa ordem temos as cecilias que possuem corpo longo e delgado, algumas com pequenas escamas dérmicas na pele, um numero grande de vértebras, costelas longas, nenhum membro e um anus terminal. No focinho existem tentáculos sensoriais especiais. Os olhos são pequenas e muitas espécies são totalmente cegas quando adultas., sendo larvas aquáticas como dito habitam assim em determinada fase em agua.
  1. Como o nome sugere, a ordem Caudata (possuindo cauda). A ordem Anura (sem cauda). Podemos perceber na aparência e hábitos de suas larvas mais diferenças entre anura e caudata. Os ovos da grande maioria dos sapos eclodem originando girinos, que apresentam caudas longas com nadadeiras, brânquias internas e externas, ausência de membros, partes bucais especializadas para herbívora e uma anatomia interna altamente especializada. Eles se parecem e agem de forma inteiramente diferentes dos sapos adultos. A metamorfose de um girino em sapo é, portanto uma transformação notável. A condição perenibranquiata nunca ocorre em sapos e rãs, ao contrario das salamandras.
  1. Algumas salamandras são aquáticas durante todo seu ciclo de vida, mas a maior parte é metamórfica, possuindo larvas aquáticas e adultos terrestres que vivem em úmidos, sob pedras e troncos apodrecidos. Os ovos de salamandras geralmente são fecundados internamente, em geral após a fêmea resgatar em sua cloaca o pacote de espermatozoides que foi previamente depositado pelo macho sobre uma folha ou ramo. O ciclo de vida mais complexo entre as salamandras é observado em algumas salamandras norte-americanas cujas, larvas aquáticas metamorfoseiam-se formando juvenis terrestres. Este posteriormente metamorfoseia-se de novo para produzir adultos reprodutores secundariamente aquáticos.  
  1. Uma tendência filogenética persistente, observada na evolução das salamandras, é a de que seus descendentes retém na vida adulta os caracteres que estavam presentes nos estágios pré-adultos de seus ancestrais. Consequentemente, são eliminadas algumas características morfológicas do ancestral adulto. A pedomorfose assume formas diferentes nos vários grupos de salamandras. Pode afetar o corpo como um todo ou ser restrita a algumas estruturas especificas.
  1. A pele de um sapo é delgada e úmida, e frouxamente ligada ao corpo apenas em certos pontos. Histologicamente, a pele é composta de duas camadas: uma epiderme externa estratificada e uma derme interna esponjosa. A coloração da pelo dos sapos é produzida, como em outros anfíbios, como os de muitos outros vertebrados, são células  ramificadas contendo pigmentos que podem concentra-se em uma pequena área ou encontra-se dispersos através dos processos ramificados, controlando a coloração da pele.
  1. Como nos peixes, a circulação nos anfíbios é um sistema fechado de artérias e veias, servindo uma vasta rede periférica de capilares através dos quais o sangue é forçado pela ação de uma única bomba de pressão, o coração. A principal mudança nos circuitos envolve a troca da respiração pulmonar. O coração dos sapos possui dois átrios separados e um único ventrículo não dividido. O sangue que vem do corpo penetra em uma grande câmara, o seio venoso, que força o sangue para dentro do átrio direito.
  1. A evolução de uma vida semiterrestre pelos anfíbios necessitou de uma revisão das prioridades dos receptores sensoriais para a terra.  O sistema de linha lateral sensível a pressão dos peixes permanece apenas nas larvas aquáticas dos anfíbios e em uns poucos adultos de espécies de anfíbios estritamente aquáticos. Esse sistema não tem utilidade pratica na terra, pois foi desenvolvido para detectar e localizar objetos na água através da reflexão de ondas de opressão.
  1. Na primavera, os machos vocalizam ruidosamente para atrair as fêmeas. Quando seus óvulos estão maduros, as fêmeas entram na água e seguradas pelos machos em um processo chamado amplexo. Enquanto na fêmea libera seus óvulos, o macho elimina espermatozoides sobre eles para fecunda-los. Após a fecundação, as camadas gelatinosas absorvem água e incham. Os ovos são postos em grandes massas, geralmente ancorados na vegetação. Nas salamandras o processo se difere, os ovos das salamandras geralmente são fecundados internamente, em geral após a fêmea resgatar em sua cloaca o pacote de espermatozoides que foi previamente depositado pelo macho sobre folhas ou ramo.

 

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