Abate Humanitário
Monografias: Abate Humanitário. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: franklimek • 8/5/2013 • 1.218 Palavras (5 Páginas) • 824 Visualizações
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO 2
2-MANEJO PRÉ-ABATE 3
2.1-TRANSPORTE 3
2.2-INTERAÇÃO HOMEM-ANIMAL 3
2.3-DESCANSO E DIÉTA HIDRICA 4
2.4-BANHO DE ASPERSÃO 5
2.5-INSENSIBILIZAÇÃO 5
3-CONCLUSÃO 7
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8
1-INTRODUÇÃO
Há algumas décadas, o abate de animais era considerado uma operação tecnológica de baixo nível científico.A tecnologia do abate de animais destinado ao consumo somente assumiu importância quando observou-se que os eventos que se sucedem desde a propriedade rural até o abate do animal tinham grande influência na qualidade da carne. Com base em evidências científicas indiscutíveis, passou-se a reconhecer que os animais são seres sencientes, ou seja, capazes de sofrer ou expressar satisfação e felicidade. Portanto, esses animais não devem ser levados ao sofrimento desnecessário. O bem-estar deve sempre estar presente em todas as etapas de sua vida, garantindo o manejo adequado desde a criação até o momento do abate.
Abate humanitário pode ser definido como o conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantem o bem-estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico.
Há vários critérios que definem um bom método de abate:
a) os animais não devem ser tratados com crueldade;
b) os animais não podem ser estressados desnecessariamente;
c)A sangria deve ser a mais rápida e completa possível;
d) as contusões na carcaça devem ser mínimas;
e) o método de abate deve ser higiênico, econômico e seguro para os operadores.
Saber se há bem-estar animal na produção e no manejo pré-abate não é só sinônimo de qualidade sanitária, mas também de qualidade ética, pois faz parte da preocupação moral dos consumidores. As atividades voltadas ao bem-estar animal estão cada vez mais presentes no dia-a-dia e não haverá retrocesso. O mesmo se aplica às mudanças econômicas, culturais e ambientais.
Neste trabalho estamos abordando os temas referentes às operações ante-mortem como transporte e manejo nos currais e seus efeitos no bem-estar animal e na qualidade da carne.
2-MANEJO PRÉ-ABATE
O excesso de agressividade neste manejo pré-abate provoca o estresse dos animais, comprometendo o seu bem-estar, causando dor e sofrimento ao animal, o que é percebido através dos hematomas, das contusões e das fraturas.
2.1-TRANSPORTE
Uma das etapas que causam mais estresse no período pré-abate é o transporte. Quando os animais são expostos a novo grupo social, ambiente diferente e contato com pessoas estranhas, o estresse psicológico aumenta, assim como o estresse físico causado pelo desgaste durante o embarque, tempo de transporte e desembarque. A maior influência do transporte na qualidade da carne é a depleção do glicogênio muscular por atividade física ou estresse físico, promovendo um queda anômala do pH post-mortem, originando a carne D.F.D. (dark, firm, dry). Estas condições estressantes são causadas pelo transporte prolongado.O tempo superior a 15 horas é inaceitável do ponto de vista de comportamento e bem-estar animal.
O transporte rodoviário é o meio de transporte mais comum de condução de animais de corte para o abate,o mesmo ,em condições desfavoráveis,pode provocar contusões,perca de peso e estresse dos animais,podendo ocasionar até a morte.O principal aspecto a ser considerado é o espaço ocupado por animal,ou seja,densidade,não devendo ultrapassar 550kg/m².No Brasil é recomendável o máximo de 410kg/m².
2.2-INTERAÇÃO HOMEM-ANIMAL
A interação inadequada do homem com os animais pode aumentar o estresse psicológico e físico, afetando o bem-estar dos animais durante o embarque, o desembarque e a condução no frigorífico. As conseqüências são animais cansados, machucados e com temperatura elevada.
Assim, há necessidade do treinamento de todas as pessoas envolvidas, dentre eles: motoristas, funcionários das fazendas/ granjas e frigoríficos, assim como dos veterinários responsáveis pela inspeção do abate, que estão envolvidos diretamente na forma de organizar o manejo e melhorar o bem-estar dos animais.
2.3-DESCANSO E DIÉTA HIDRICA
O período de descanso ou dieta hídrica no matadouro é o tempo necessário para que os animais se recuperem totalmente das perturbações surgidas pelo deslocamento desde o local de origem até ao estabelecimento de abate.
O descanso tem como objetivo principal reduzir o conteúdo gástrico para facilitar a evisceração da carcaça e também restabelecer as reservas de glicogênio muscular, tendo em vista que as condições de estresse reduzem as reservas de glicogênio antes do abate .
Basicamente há cinco causas de problemas do bem-estar animal nos matadouros-frigoríficos
a) estresse provocado por equipamentos e métodos impróprios que proporcionam excitação, estresse e contusões;
b) transtornos que impedem o movimento natural do animal, como reflexo da água no piso, brilho de metais e ruídos de alta freqüência;
c) falta de treinamento de pessoal;
d) falta de manutenção de equipamentos, como conservação de pisos e corredores;
e) condições precárias pelas quais os animais chegam no estabelecimento, principalmente devido ao transporte. O bem-estar também é afetado pela espécie, raça, linhagem genética e pelo manejo inadequado como reagrupamento ou mistura de lotes de animais de origem diferente promovendo brigas entre os mesmos.
2.4-BANHO
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