Agentes Bioquímicos De Porífera

Agentes Bioquímicos

Estudos feitos nas duas décadas passadas mostraram que as esponjas produzem um composto surpreendentemente amplo de biotoxinas, algumas das quais bastante potentes. A pesquisa bioquímica de esponjas revelou uma ampla ocorrência de agentes antimicrobianos, muitos destes compostos chamados de alelo químicos, estão sendo estudados por químicos de produtos naturais e biólogos interessados no seu potencial farmacológico. Substâncias com atividade anti-inflamatórias, antitumorais, antibióticas ou com ação sobre o sistema respiratório, cardiovascular ou gastrointestinal têm sido identificadas a partir de esponjas marinhas.

Uma espécie da Nova Zelândia (Halichondria moorei) tem sido usada há longo tempo pelos nativos maoris para promover a cicatrização de ferimentos e recentemente se descobriu que ela contém concentrações notavelmente altas (10% do peso seco da esponja) do potente anti-inflamatório fluorossilicato de potássio. Compostos antimicrobianos de esponja são de uso potencial também para humanos. Por exemplo, um composto que é ativo contra o vírus do herpes (pertencente à classe química chamada de arabinosídeos) foi encontrada na esponja tropical Cryptotethya cruypta. Algumas esponjas, incluindo a espécie do Pacífico Ocidental Luffariella variabilis, produzem um terpenóide notável chamado de manoalida, que não apenas é antibiótico extremamente potente, mas também um analgésico e anti-inflamatório. Um estudo (Bergquist e Bedford, 1978) descobriu que 87% das esponjas de regiões temperadas e 58% das espécies tropicais examinadas na Nova Zelândia, produzem extratos com alguma atividade antibacteriana. Esponjas do gênero Halichondria e Pandaros são conhecidas como produtoras de potentes compostos antitumorais, pertencente ao grupo químico chamado de halochondrinas.

BRUSCA, Richard. BRUSCA, Gary J. Invertebrados. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

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