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Anatomia

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Por:   •  30/10/2013  •  2.182 Palavras (9 Páginas)  •  1.852 Visualizações

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Características Gerais dos Colos e Raízes Dentais; Espaços Interdentais

Dentes são órgãos mineralizados, esbranquiçados e implantados em osso alveolar que participam do processo da digestão mecânica dos alimentos, facilitando a sua deglutição e posterior digestão química ao longo do canal alimentar.

O dente é formado por coroa e raiz(es), unidas numa porção intermediária estrangulada chamada colo. Ele é composto, na maior parte, por dentina, que circunscreve a cavidade pulpar. A dentina é recoberta, na coroa, pelo esmalte e na raiz, pelo cemento. No colo, a junção cemento-esmalte desenha uma linha sinuosa bem nítida - a linha cervical.

Cada elemento dental pode ser dividido em três partes : coroa, colo e raiz, sendo a coroa a porção revestida por esmalte e que normalmente é representada pela parte do dente acima da gengiva em indivíduos sem comprometimento periodontal ou oclusal; o colo, representado por uma região de estreitamento da coroa, sendo a região onde o esmalte se torna mais delgado e se inicia a presença de cemento que passa a revestir a raíz, região em que o dente se implanta no osso alveolar, em indivíduos sem comprometimento periodontal ou oclusal.

COLO DENTÁRIO

O colo é a região onde se dá a junção amelocementária, sendo representado por uma região de estreitamento entre a coroa e a raiz onde o esmalte se torna mais delgado e se inicia a deposição de cemento.

No colo existe uma angulação entre a raiz e a coroa dental, sendo que o ângulo mais acentuado fica na face distal do elemento dental.

O colo é o segmento imediato entre a coroa e a raiz. É a parte mais estrangulada do dente (o ‘pescoço’ do dente) e é limitado por uma linha sinuosa que se interpõe entre as duas outras partes do dente (figura ao lado).

É importante que se faça distinção entre o colo anatômico e verdadeiro do dente e o colo cirúrgico.

O primeiro (colo anatômico) representa exatamente os limites divisórios entre a coroa e a raiz, facilmente perceptível pela diferença de cor (a coroa é ‘branca’ e a raiz, ‘amarela’) e pela sinuosidade (como na figura ao lado) que apresenta em todas as faces do dente.

O colo cirúrgico, nada mais é do que a porção inicial ou basal da raiz que fica sempre acima do alvéolo dentário e que, no indivíduo revestido de suas partes moles, permanece revestida pela gengiva. A retirada cirúrgica da coroa dental é feita sempre nesta parte basal da raiz, justificando plenamente o seu nome. É a linha do colo anatômico, correspondente à região cervical do dente. A cada um destes lados chamaremos faces.

Podemos classificar estas faces como:

• Faces livres (vestibular, lingual ou palatina): são as faces dos dentes que não matem contato com outros dentes da mesma arcada, estando voltadas, respectivamente, para o lábio e bochechas (vestíbulo bucal) e para a língua ou palato;

• Faces proximais (mesial e distal): são as faces que mantêm contatos com os dentes da mesma arcada, estando voltadas, respectivamente, para o plano sagital mediano, e para a porção posterior dos arcos dentais. A face distal dos últimos molares não faz contato com dentes vizinhos;

• Borda incisal: apesar de não ser uma face, é uma característica importante dos dentes anteriores. É formada pelo encontro das faces vestibular e lingual destes dentes.

• Face oclusal: é a face dos dentes posteriores voltada para o arco antagonista.

As faces levam o nome do lado para o qual estão voltadas.

• Faces livres: vestibular e lingual (ou palatina nos superiores).

• Faces proximais: mesial e distal.

RAÍZ

A raiz do dente relaciona-se em tamanho e número com o tamanho da coroa; coroas pequenas, raízes únicas e pequenas. Quanto menor a coroa,menor a raiz. Dentes molares, de coroas grandes, têm duas ou três raízes.

As raízes dos dentes birradiculares ou trirradiculares saem de uma base comum o bulbo radicular*. Todas as raízes têm a sua extremidade livre conhecida por ápice, no qual há uma abertura denominada forame apical. Pode ser único ou múltiplo e nem sempre se localiza no extremo da raiz. O forame apical põe em comunicação a polpa, contida na cavidade pulpar, com o periodonto. Nele passam vasos e nervos. As faces da raiz têm os mesmos nomes das faces correspondentes da coroa.

Raiz nem sempre é única e a variação no número de raízes pode ser vista na figura abaixo.

É a região em que o dente se implanta no osso alveolar, em indivíduos sem comprometimento periodontal ou oclusal, podendo esta ter formato cônico ou ser comprimida no sentido mesiodistal. Semelhantemente à coroa, esta pode ser dividida em terços ocorrendo nela os terços cervical, médio e apical, sendo este último o mais profundo dentro do osso alveolar. O canal radicular acompanha mais ou menos a forma da raiz, afilando-se progressivamente, podendo, como a raiz, ser dividido em três terços: cervical, médio e apical, terminando em um forame apical formado por cemento.

O comprimento radicular é muito variável dependendo do tipo dental. Para se estudar o comprimento radicular, leva-se em conta o tamanho da coroa, de modo que, proporcionalmente à coroa, os dentes que apresentam as raízes mais curtas são os incisivos centrais superiores e inferiores e os com raízes mais longas são os caninos superiores.

Normalmente, as raízes dentais apontam para distal, com exceção dos dentes incisivos centrais superior e inferior que possuem raízes praticamente retas. Alguns dentes podem apresentar inclinações extremas em ângulos de cerca de 90°, como os incisivos laterais superiores ou terceiros molares. Estas angulações são denominadas dilacerações, sendo que estas dificultam em muito um tratamento endodôntico satisfatório.

As entradas dos canais radiculares se apresentam como orifícios no assoalho da câmara pulpar, podendo estes canais se apresentar de diferentes maneiras, sendo únicos ou acompanhados de muitas variações.

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