Anatomia
Tese: Anatomia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jbplmcjm • 17/11/2013 • Tese • 2.451 Palavras (10 Páginas) • 270 Visualizações
O corpo humano apresenta vários acidentes topográficos e servem como guias para que se localize as estruturas abaixo deles, auxiliando assim, o conhecimento da anatomia do corpo através dos seus aspectos externos. O conhecimento dos acidentes superficiais do organismo, ou anatomia topográfica, permitirá ao bombeiro militar treinado, avaliar rapidamente a gravidade de uma lesão e antecipar possíveis complicações. Através da inspeção e palpação, componentes da avaliação geral do acidentado, o examinador poderá identificar lesões ou achados importantes ao atendimento da vítima.
Ante a nomenclatura adotada, o bombeiro militar deve estar familiarizado com a linguagem técnica, de forma que possa transmitir informações objetivas e precisas.
NOMENCLATURA ANATÔMICA - A nomenclatura anatômica geral ou especial é um conjunto de termos que representa a linguagem técnica usada para indicar e descrever as diversas partes do organismo. Portanto, faz-se necessário o conhecimento e domínio da linguagem técnica dos termos anatômicos, vejamos então:
Para visualizar o organismo na posição anatômica ou ortostática, deve-se imaginar o indivíduo em pé, olhando o examinador com os braços de lado, as palmas das mãos voltadas para frente.
Quando usar os termos direito e esquerdo, refere-se aos lados direito e esquerdo da vítima.
O corpo é subdividido em cabeça, pescoço, tronco e membros. O tronco compreende tórax, abdome e pelve. Os membros, que compreendem: membro superior formado pela cintura escapular, braço, antebraço e mão; e, membro inferior constituído pela cintura pélvica, coxa, perna e pé.
A superfície da frente do corpo, olhando o examinador, é a superfície anterior; a de trás é a superfície posterior. Uma linha reta imaginária é traçada do meio da região frontal através do nariz e do umbigo até o solo, denomina-se linha média. As áreas além desta linha são chamadas laterais, e as em direção a esta são chamadas mediais. Em direção cefálica estão as extremidades superiores; em direção caudal as extremidades inferiores. Os termos proximal e distal se referem a um local de uma extremidade, que está mais próximo ou mais distante do tronco, respectivamente. Proximal, se refere também a qualquer lugar do tronco situado mais próximo da linha média, ou de um ponto de referência específico, opondo- se a distal, mais distante. Braços e pernas são descritos como extremidades superiores e inferiores, respectivamente. A porção superior da extremidade inferior, que vai do quadril ao joelho, chama-se coxa; o segmento inferior, do joelho ao até o tornozelo, chama-se perna; a ponto superior do membro superior, desde o ombro até o cotovelo, chama-se braço; a área inferior, do cotovelo ao punho; antebraço.
Fazendo uso destes termos, o examinador poderá descrever o local de uma injúria de forma que, outro examinador, conhecerá imediatamente onde procurar e o que deve encontrar. A inspeção deve ser feita de forma sistemática e obedecendo ao sentido céfalo-caudal, começando pela cabeça, continuando pelo pescoço, tórax, abdome, pélvis, extremidades inferiores, extremidades superiores e dorso no mesmo sentido.
A cabeça pode ser dividida em crânio e face. Um plano horizontal e imaginário passa através da parte superior das orelhas e dos olhos separando a porções superior e inferior da cabeça. A área situada acima deste plano imaginário é o crânio.
O crânio contém o encéfalo, que se liga à medula espinhal através de uma abertura larga na base do crânio e no centro da parte superior do pescoço – forâmen magno.
A porção mais superior do crânio é o occipto. De cada lado, as partes laterais mais anteriores do crânio são chamadas têmporas ou regiões temporais; mais posteriormente estão as regiões parietais. Pode-se sentir o pulso da artéria temporal anterior e superiormente ao ouvido.
Abaixo deste plano estão as orelhas, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula, formando a face. Abaixo dos olhos, os ossos da face são proeminentes acompanhando-se também, pela exposição acentuada da mandíbula. Os acidentes mais evidentes são os olhos, os ouvidos, o nariz e a boca. Não é difícil reconhecer lesões grosseiras dessas estruturas.
O globo ocular é protegido superior e inferiormente por eminências ósseas e medialmente pelo nariz. São essas as estruturas faciais que recebem maior parte da força do impacto.
Apenas o terço proximal do nariz é formado por osso, o restante é uma estrutura cartilaginosa.
Ao contrário do nariz, a porção exposta do ouvido é formada totalmente por cartilagem coberta por pele. Lesões neste órgão geralmente são evidentes, mas o examinador deve conhecer certos acidentes anatômicos da orelha: a área anterior do pavilhão auricular denomina-se trago, que é uma pequena protuberância carnosa redonda imediatamente anterior ao canal auditivo.
O pavilhão auricular é o nome dado a orelha em si. Os lobos são as porções cartilaginosas pendentes na base de cada orelha. Na frente do pavilhão auricular o examinador poderá palpar a artéria temporal. A articulação temporomandibular localiza-se imediatamente abaixo da artéria temporal e anterior ao trago.
Posteriormente ao lobo da orelha existe uma proeminência óssea dura, chamada de processo mastóide. Nesta região, vítimas com lesão craniana podem apresentar uma mancha arroxeada (equimose) algumas horas depois da lesão; trata-se de um achado sutil que geralmente passa desapercebido do examinador.
O pescoço contém diversas estruturas anatômicas, dentre as quais o esôfago cervical ou superior e a traquéia. Ladeando a traquéia estão as artérias carótidas, veias jugulares e vários nervos.
Vários acidentes anatômicos no pescoço são perceptíveis. O mais evidente localiza-se no centro da face anterior, denominado cartilagem tireóide, conhecida como “pomo de adão”. Essa proeminência é mais evidente nos homens que nas mulheres. Imediatamente abaixo existe uma depressão acentuada, elástica, com mais ou menos 0,5cm de largura, denominada membrana cricotireoidea. Essa membrana separa a cartilagem tireóide de uma segunda cartilagem – menos evidente – a cartilagem cricóide; que é uma estrutura firme de 0,3 a 0,6 cm de espessura.
Juntas as cartilagens cricóide e tireóide formam o arcabouço da laringe (caixa vocálica).
O exame minucioso torna evidente, a depressão de tecido unindo as duas cartilagens – membrana cricotireoidea – constituindo
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