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Análise Dos Textos Sobre A Cúpula De Brunelleschi Textos:

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Por:   •  5/11/2014  •  1.006 Palavras (5 Páginas)  •  3.032 Visualizações

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Exercício 1: INDIVIDUAL: Análise dos textos sobre a Cúpula de Brunelleschi

Textos:

ARGAN, Giulio Carlo. O significado da cúpula. In: História da arte como a história da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

BRANDI, Cesare. Brunelleschi e a cúpula de Santa Maria del Fiore. In: CARBONARA, G. (org.). Cesare Brandi: scritti di architettura. Torino: Texto & Immagine, 1996,p.34-46.

O texto de Giulio Carlo Argan, “História da arte como história da cidade”, precisamente sobre “O significado da cúpula” possui uma abordagem histórica, geográfica,política, social e cultural. Apesar de mais longo quando comparado ao segundo texto, é explicativo, mostrará visões de nomes influentes da arquitetura como Vasari e Alberti e configura-se em uma linguagem de fácil entendimento.

Nota-se que o autor fará esse tipo de abordagem já de início, quando cita a forma de pensar de Vasari: ele esclarece que a análise da Cúpula não deve visar apenas sua forma, estrutura e volume, mas também o espaço em que ela se insere. Uma das primeiras comparações geográficas se dá com a relação de semelhança entre os montes de Florença à obra arquitetônica. Ainda, cita o tema retórico da inveja da natureza em relação à arte que a supera, inveja esta que é sentida pelos céus e causada pelos raios direcionados a cúpula de Santa Maria Del Fiore.

Argan afirma que segundo a descrição interpretativa de Alberti, a cúpula erguia-se “acima dos céus”, que compreendia o céu físico e o céu transcendente. Erguer-se a cima do céu metafísico consistia em entender, significar, representar e projetar um limite visível a sua infinitude. A lanterna é o elemento que representa a passagem do céu físico ao transcendente.

Quando Alberti refletia a fundo sobre o tema da representação, concluiu que a Catedral de Brunelleschi possui um tipo de representação que difere da escultura. Em quanto a segunda é um objeto tridimensional que representa outro objeto, a primeira representa a totalidade de seu espaço em si mesma. Para ele, a palavra “monumento” qualifica tanto certas arquiteturas como algumas estátuas, desde que tenham um certo conteúdo histórico-ideológico. Entretanto, ele não define a “extraordinária invenção de Brunelleschi” (nas palavras de Argan, que demonstram de forma significativa o seu apreço pela obra) como um objeto arquitetônico, mas como um gigantesco objeto espacial. A grande forma representativa do espaço universal de Florença possui ligação legítima com a vista do horizonte das colinas com a abóbada dos céus; uma forma estrutural. A estrutura se auto-sustenta e exerce uma força que leva para cima.

Giulio Carlo Argan critica o desprezo sutil que sente na descrição de Alberti, quando enfatiza que em relação à estrutura as armações eram apenas “viagamentos e abundância de madeira”, demonstrando mais uma vez, sua postura positiva frente a obra. O historiador o defende ressaltando que o desafio de Brunelleschi não era descobrir novas maneiras de fazer armações, mas como deixar de usá-las, pois do contrário, não seria possível construir uma estrutura “acima dos céus”, tão pouco seria “magnífica” e “inchante”. De acordo com Brunelleschi, a estrutura da cúpula deveria equilibrar-se, não pesar e ser animada por um impulso expansivo. É possível associar a esse impulso com a sombra que é projetada com o girar do sol nessa grande estrutura e que é capaz de cobrir todos os povos da

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