Análise do longa-metragem "Gattaca - experiência genética"
Resenha: Análise do longa-metragem "Gattaca - experiência genética". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: celsocm • 12/5/2014 • Resenha • 956 Palavras (4 Páginas) • 613 Visualizações
O longa-metragem “Gattaca – Experiência genética” do gênero ficção científica, dirigido por Andrew Niccol e produzido por Danny DeVito, lançado em 1997 no EUA pela Empresa Produtora Columbia Pictures Corporation e Jersey Films, com aproximadamente 112 minutos é um crítica ao poder da engenharia genética e a eugenia social. A sociedade de Gattaca está dividida em duas “classes sociais”: os “Válidos, filhos da ciência”, e os “Inválidos, os filhos de Deus”, estes por sua vez, submetidos ao acaso da Natureza e às impurezas genéticas. O filme retrata uma sociedade cuja técnica de manipulação do código genético tornou-se prática cotidiana de controle social.
A trama do filme segue dentro de um contexto no qual o DNA já foi decifrado, onde se criou uma nova geração de seres humanos muito mais “saudáveis” que sua antecessora, pois a grande maioria dos casais que desejam conceber uma criança recorria à fertilização artificial. Cada embrião a ser implantado na respectiva mãe é escolhido pelo código genético. E com o código decifrado, o embrião com as melhores características herdado dos pais como, QI elevado, ótimo porte físico, e ausência de doença genética graves, é escolhido para ser gerado. Como consequência dessa busca pela perfeição, um ressucitamento do sonho de Hitler, podemos dizer que, a sociedade em que se passa a trama, aprendeu um novo tipo de preconceito: o gênico.
Inserido nesse mesmo contexto do avanço científico, as viagens interplanetárias já é algo possível e, é nesse ambiente que se desenvolve a história de um homem, Vicent Freeman interpretado por Ethan Hawhe, condenado pela hereditariedade a várias doença graves, mas, que não desiste de ir em busca da realização de seu sonho, participar de viagens e projetos espaciais. O que se observa é que o tema da técnica de manipulação genética perpassa o filme. Apesar do mais alto controle social garantido pelo registro do código genético, a espécie humana continua a ser a mesma no que diz respeito a visão da sociologia, a divisão de “classes sociais”.
As personagens da trama são seduzidas a participar da pesquisa genética pelo status social, pois a elite da sociedade já não é mais quem detém o capital, como é hoje na nossa sociedade, mas sim quem tem a melhor qualidade em células. E para atingir a perfeição, ser considerado um cidadão “Válido”, as personagens ou eram concebidas de modo artificial através dos laboratórios ou, recorriam a práticas de utilização de meios escusos e clandestinos como, os chamados “piratas genéticos”. E esse é o caso do personagem Vicent. Para conseguir entrar na Corporação Gattaca, Vicent clona os registros genéticos de Jerome Morrow, interpretado por Jude Law, um ex-atleta medalha de prata em natação que se acidentou e perdeu a mobilidade das pernas.
O filme se passa na corporação Gattaca, mas poderia ter como cenário um campo de concentração ou uma sociedade totalitária qualquer (como por exemplo, a sociedade nazista de Adolf Hitler na Alemanha). Vicent representa o herói americano em sua luta contra o sistema, agora representado pelos imperativos categóricos da eugenia social. A sua luta é contra o destino de classes agora demarcado, graças ao avanço da técnica da pesquisa genética, pelo estigma do destino genético. Um destino genético produzido pelo homem, mas que, na medida em que é produto de um afastamento das barreiras naturais numa sociedade de classes (classes divididas pelo poder aquisitivo), tende a se tornar uma “segunda natureza” (a natureza dos humanos “válidos”, filhos da ciência). A biologia genética constitui uma das mais poderosas áreas do trabalho científico da humanidade e, certamente, é regido por um rigoroso código de ética e por normas que tem como finalidade evitar que ocorra a utilização para fins
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