Apoio Aos Pais Da Criança Com câncer
Monografias: Apoio Aos Pais Da Criança Com câncer. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lulimengo • 23/11/2013 • 459 Palavras (2 Páginas) • 529 Visualizações
O câncer infantil é uma doença crônica que demanda um tratamento longo, invasivo e doloroso. Apesar de os avanços terapêuticos possibilitarem melhorias, o tratamento e o acompanhamento pós-tratamento ainda continua desgastante e cansativo (MELO, 2003).
Intervenções psicossociais têm ganhado importância no processo de minimização da ansiedade, do medo e da angústia, tanto das crianças quanto dos familiares e profissionais de saúde frente à doença.
Quando uma criança adoece de câncer, sua vida passa por rápida e intensa transformação, assim como o cotidiano familiar.
Considerar a importância de um tratamento médico adequado não exclui um olhar atento ao papel que a família desempenha como agente de cuidados quando um de seus membros adoece.
A literatura oferece evidências de que o acompanhamento psicológico individual ou em grupos homogêneos permite que o familiar que exerce papel de acompanhante da criança ou do adolescente também seja ouvido.
Desse modo, como mostram Lopes e Valle (2001), o câncer infantil e seu tratamento têm um impacto sistêmico sobre a orga- nização familiar, que a torna vulnerável ao sofrimento psíquico que atinge não apenas a criança, como também seus cuidadores.
A criança com câncer, mesmo a de menor idade, sente necessidade de saber o que está acontecendo consigo. De algum modo, ela percebe que seus pais estão angustiados e que algo grave e aparentemente sem controle ocorre em seu corpo. A criança sempre acaba sabendo o que tem, mesmo quando a família se esforça no sentido de protegê-la para ocultar-lhe o diagnóstico (Valle, 1997).
No momento do impacto do diagnóstico, os pais de uma criança com câncer se sentem desolados diante dessa nova realidade, de maneira que tentam buscar alguma explicação para tal situação, podendo esse período perdurar por até meses, onde a doença é vista por eles como uma punição, trazendo um comprometimento no prazer de viver (SANTOS, 2002).
A partir do momento em que recebem o diagnóstico, tanto a família quanto a criança/adolescente podem passar por cinco fases, segundo Lima (1995):
por ocasião do diagnóstico;
período de remissão ou controle da doença;
período de recaída;
período quando o óbito torna-se iminente e
apoio à família após o óbito.
O diagnóstico da doença desencadeia reações de choque entre os membros
da família.
Os pais sofrem intensamente com o descobrimento do câncer na criança ou no adolescente, sendo que a época do diagnóstico é invariavelmente vivenciada pela família “como um tempo de catástrofe, de incertezas, de sentimentos de angústia diante da possibilidade de morte” (Valle, 1994, p. 220).
Os estudos constatam que já no momento da comunicação do diagnóstico inicia-se, para a família, o processo de perda do ente querido, uma vez que em uma situação impactante como essa “o diagnóstico traz consigo o temor da possibilidade da morte” (Oliveira,
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