DO RISCO PAÍS AO DÉFICIT PÚBLICO, PASSANDO PELOS TÍTULOS PÚBLICOS.
Ensaios: DO RISCO PAÍS AO DÉFICIT PÚBLICO, PASSANDO PELOS TÍTULOS PÚBLICOS.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gislaine • 21/12/2011 • 908 Palavras (4 Páginas) • 1.694 Visualizações
DO RISCO PAÍS AO DÉFICIT PÚBLICO, PASSANDO PELOS TÍTULOS PÚBLICOS.
Gislaine Maria Isotton
Nos países que vivenciam a instabilidade financeira a expressão "risco país" passou a fazer parte da linguagem cotidiana nos noticiários econômicos. O índice denominado Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+) emede o grau de "perigo" que um país representa para o investidor estrangeiro.
O indicador determina, em percentual, o grau de instabilidade econômica de cada país em relação ao Mercado Americano. Desta forma, se tornou decisivo para o futuro imediato dos países emergentes.
O risco país é calculado por agências de classificação de risco e bancos de investimentos. O primeiro a fazer esta classificação foi o banco de investimentos americano J. P. Morgan. Essas agências responsáveis pela mensuração do risco analisam o rendimento dos instrumentos da dívida de um determinado país, principalmente o valor (taxa de juros) com o qual o país pretende remunerar os aplicadores em bônus, representativos da dívida pública.
Tecnicamente falando, o risco país é a sobretaxa de se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do Tesouro dos Estados Unidos, país considerado o mais solvente do mundo, ou seja, o de menor risco para um aplicador não receber o dinheiro investido acrescido dos juros prometidos. Em pontos básicos o risco país tem sua conversão é simples: 100 unidades equivalem a uma sobretaxa de 1%.
O nível do déficit fiscal, a conjuntura política do país, o crescimento da economia e a relação entre arrecadação e a dívida de um país são itens avaliados e que compões o risco país. Nas mãos do investidor, o risco país é um orientador: indica que o preço de se arriscar a fazer negócios em um determinado país é mais ou menos elevado. Quanto maior for o risco, menor será a capacidade do país de atrair investimentos estrangeiros.
Para tornar o investimento atraente, o país tem que elevar as taxas de juros que remuneram os títulos representativos da dívida. E se toda ação corresponde a uma reação. As principais conseqüências são a retração do fluxo de investimentos estrangeiros e menor crescimento econômico. O saldo é aumento do desemprego e salários menores para a população.
Os títulos públicos são ativos de renda fixa que se constituem em boa opção de investimento para a sociedade.
Atualmente, o Tesouro Nacional criou, através do programa Tesouro Direto, a possibilidade de o pequeno investidor montar sua carteira de acordo com o seu interesse sem a interveniência das instituições financeiras, reduzindo o custo de intermediação.
Baixa taxa de administração, possibilidade de diversificação, baixo risco e liquidez garantida são algumas das vantagens dos títulos públicos federais. Os títulos públicos estaduais e municipais têm baixa liquidez e circulação mais restrita.
A negociação dos títulos acontece em leilões primários no qual o governo capta os recursos e secundários, onde acontece a troca de reservas bancárias lastreadas em títulos públicos federais: operações de compra e venda de títulos que já estão em circulação, sem a geração de renda para o emissor do título. Possuem a finalidade primordial de captar recursos para as atividades do Governo Federal ( como educação, saúde e infra-estrutura) e o financiamento da dívida pública.
O déficit público acontece quando o valor das despesas de um governo é maior que as suas receitas. Normalmente o valor do deficit
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