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Açoes Do Vale

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Por:   •  25/10/2013  •  1.420 Palavras (6 Páginas)  •  418 Visualizações

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Os jogos e brincadeiras são de suma importância no desenvolvimento infantil, onde acontece o desenvolvimento emocional, intelectual, físico e social. Segundo afirma VYGOTSKY (1991), em relação ao brinquedo, o comportamento da criança não é apenas simbólico, mas ela reproduz suas experiências e seus desejos. KISHIMOTO (1997) afirma que “o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade.”

As atividades desenvolvidas na escola e recursos didáticos utilizados pelo professor devem ir além da sala de aula e propiciar a valorização do educar.

Este trabalho visa refletir o uso da brinquedoteca na escola, como atividade complementar no processo ensino e de aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento emocional, cognitivo e motor.

A criança que brinca pode transpor ao mundo dos adultos, pela via da experimentação e do que esta propicia na representação do mundo. O espaço da instituição nesse sentido dever ser um espaço de vida e interação, aos materiais oferecidos onde auxiliam na construção da aprendizagem.[1]

UM POUCO DE HISTÓRIA

Na Idade Moderna, com os reformadores católicos e protestantes, houve a necessidade em se definir quais jogos seriam educativos. Na Idade Média, alguns jogos eram reprovados e proibidos em função da austeridade, da ordem moral ( os jogos de azar, o jogo de salão, as danças familiares, as danças dos clérigos, etc ). Os jogos eram considerados não sérios e perigosos. Com a formação dos colégios jesuítas passa a existir a permissão de alguns jogos dentro das escolas, desde que fossem regimentados, controlados, e assim foram oficializados como jogos educativos. A dança adaptava os movimentos, gerava postura e elegância, os jogos de salão geravam a prática de exercícios físicos e a saúde, além de mais tarde ligarem-se ao treino militar.

No renascimento, impulsionava-se que os princípios de moral, ética e conteúdos de história e geografia fossem divulgados através de forma lúdica. A brincadeira passa a ser vista como conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Para Rabelais, o jogo é instrumento do ensino de matemática e outros conteúdos, para gerar conversas, ilustrar valores e práticas do passado. Montaigne também divulgava o caráter educativo do jogo, era instrumento do desenvolvimento da linguagem e do imaginário, privilegia jogos que valorizava uma escrita.

Quando se pensa em brinquedo educativo, está implícita a ideia de que alguns jogos e brincadeiras relacionam-se com o aprendizado, outros são construídos com a finalidade expressa de favorecer conteúdos escolares, outros são fontes de lazer e recreação.

A brincadeira era então vista como recreação ou fuga, como também a própria ideia de infância não permitia a aceitação de um comportamento infantil, espontâneo, que pudesse significar algum valor.

No renascimento, vive-se o jogo como meio de expressão das qualidades espontâneas ou naturais da criança. Trata-se de uma concepção que sublima a espontaneidade do brincar e do jogo, mantendo-se à margem da atividade educativa. Concepção que irá se fixar no Romantismo: a criança dotada de valor positivo, natureza boa, que se expressa espontaneamente por meio do jogo, natureza semelhante à alma do poeta.

Segundo MACHADO (1995) com suas pesquisas legaram à educação grande importância no desenvolvimento das crianças, romperam a tradição com a educação verbal e tradicionalista da época e propuseram uma educação sensorial, com jogos e materiais didáticos, que deveria traduzir por si a crença numa educação natural dos instintos infantis, mas tais concepções contêm limitações. Marcadas pela ideia da acumulação de conhecimentos, cuja elaboração se dá pela exploração empirica da realidade que parte do simples ao complexo, do concreto, ao abstrato, sem considerar a importância dos processos representacionais. Como efeito disso, algumas escolas restringem-se a exercícios repetitivos de discriminação viso-motor e auditiva, como um trabalho lúdico didatizado, infantilizando as crianças.

Conforme MACHADO (1995) no século XIX Darwin irá falar do jogo como elemento participante da seleção natural, torna os animais mais aptos para a sobrevivência. Neste eixo surge a teoria de Gross, que considera o jogo como pré-exercício de instintos herdados, necessidade biológica, treino de instintos e atividade prazerosa e livre.

Claparéde (1956 ) vê como papel importante do jogo o motor do auto-conhecimento, método natural da educação e instrumento do desenvolvimento. É pela brincadeira e imitação que se dá a educação natural, como postula o escolanovismo. Piaget em parte também adota esta posição, ao dar destaque à função assimiladora da imitação.

Para alguns psicológicos freudianos desta época, a brincadeira tornou-se meio de estudar a criança a perceber seus comportamentos, meio de diagnóstico.

Surgem os psicólogos soviéticos Vygostki, por exemplo, que ressaltam a brincadeira como resultado de processos e influências sociais, assim como toda conduta humana.

0 CONCEITO DE BRINCAR

Segundo Kishimoto(2002) “ A brincadeira é uma atividade que a criança começa desde seu nascimento no âmbito familiar”. Primeiramente, não possui objetivos educativos ou de aprendizagem. Vários autores afirmam que é desenvolvida pelas crianças como recreação e prazer e permite interagir com os adultos e explorar o meio ambiente.

A criança está em constante desenvolvimento e a brincadeira vai se estruturando com o que é capaz de fazer. Ao longo desse período a criança

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