Barroco No Brasil

A história do Barroco no Rio de Janeiro inicia com a descoberta do ouro em Minas Gerais, fazendo com que o Rio de Janeiro se tornasse uma grande exportadora, utilizando o porto para comercializar as riquezas para a metrópole. Tal importância teve o fato, que o Rio de Janeiro recebeu o título de capital até então pertencente à Salvador, o que ocasionou um maior contato com a Europa e atraindo os piratas franceses.

A melhoria da defesa do porto era necessária para proteção e facilidade para o escoamento das riquezas. Edifícios foram construídos ao redor, e surgiram as primeiras construções barrocas no Rio de Janeiro, construídas por engenheiros militares portugueses.

O Mosteiro de São Bento foi um desses edifícios, projetado pelo engenheiro militar Francisco Farias de Mesquita. A obra arquitetônica que mais chamou atenção foi a Igreja de Nossa Senhora do Outeiro da Glória que se localiza no alto do Outeiro da Glória, pois foi o primeiro projeto barroco com planta poligonal, apresentando a solução para as escadarias de acesso, projetada pelo engenheiro militar José Cardoso Ramalho. Além das obras religiosas, a Casa dos Governadores ou Paço, projetada pelo engenheiro militar José Fernando Pinto Alpoim também teve destaque, e serviu de estadia para a corte real portuguesa no país.

O projeto inicial do barroco era seguido em todos os projetos, exceto na Igreja de Nossa Senhora da Candelária, por Francisco João Róscio. A planta apresentava em cruz latina e a decoração interior tinha a influencia italiana, com revestimento interior em mármore, fachada em cantaria e portas trabalhadas em bronze.

Um dos maiores nomes da época é do escultor Franscisco Xavier de Brito, teve como destaque as esculturas que fez para a Capela da Venerável Ordem Terceira de São Franscisco da Penitência. Valentim da Fonseca e Silva ou Mestre Valentim também é um grande nome da escultura na época, de estilo mais próximo ao rococó. Foi o responsável pelas esculturas do Passeio Público, uma primeira tentativa realizada pelo vice-rei D. Luís de Vasconcelos de criar um espaço público mais requintado. Além de esculturas possuía ainda pavilhões, obeliscos, chafarizes e jardins desenhados.

A pintura barroca teve grande desenvolvimento no Rio de Janeiro. Pode se falar inclusive de uma escola fluminense iniciada com Frei Ricardo do Pilar e liderada principalmente pelo retratista e pintor religioso José de Oliveira Rocha. Nela destacam-se nomes como Caetano da Costa Coelho, primeiro a tentar a pintura de perspectiva com "Nossa Senhora da Visitação", Leandro Joaquim responsável por seis painéis ovais que retratam a paisagem carioca localizado em um dos pavilhões do Passeio Público, Manuel da Cunha, José Leandro de Carvalho, retratista da família real e Francisco Pedro de Amaral, o último dos pintores dessa escola pertencente à tradição colonial.

Teatro Municipal do Rio de Janeiro: localizado na Praça Floriano, a construção foi inaugurada em 1909 e tem a fachada caracterizada por uma escadaria de acesso e três cúpulas na cobertura.

Igreja do Carmo: com a construção finalizada em 1850, a igreja fica no centro da cidade e tem a fachada revestida de pedra, com portais, janelões e um