Bicho De 7 Cabeças
Trabalho Universitário: Bicho De 7 Cabeças. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Drezinha • 19/11/2013 • 1.152 Palavras (5 Páginas) • 482 Visualizações
O filme é permeado entre conflitos e dilemas relacionados ao sofrimento psíquico de um jovem e a sua trajetória por instituições de reclusão.
Nós temos a oportunidade de analisar e nos questionar sobre vários pontos. O que leva um jovem a fazer uso de drogas ilícitas e ao comportamento à beira da marginalização? O que leva os pais ao desespero à atitudes rígidas com a intenção e intuito de ajudar e salvar seus filhos, que aparentemente estão viciados e sem alguma perspectiva?
Estes para mim, além das questões institucionais para o doente mental, foram os impasses que ficaram em minha cabeça. As perguntas são tantas que se, fossemos tentar dar resposta à todas, talvez ficaríamos “endoidecidos”.
Quais os culpados, ou culpado? Qual o papel de cada um: a família, a sociedade, os profissionais da saúde? Até que ponto um ou outro contribuiu para que Neto mergulhasse em um poço totalmente vazio e escuro que o levaria a perda de seu próprio eu e de sua dignidade?
O certo é que, eu enquanto cidadã e acadêmica de enfermagem, atenta e comprometida com os preconceitos e práticas no que diz respeito à saúde mental em nosso país, posso dizer que o filme mostrou uma realidade já não mais majoritária, mas que predominou até décadas atrás e deixou cicatrizes impressas que permanecem nas atitudes e pensamentos de muitos profissionais da saúde até os dias de hoje. Mesmo porque, coloca-se um muro instantaneamente a partir do momento em que uma pessoa é diagnosticada com alguma patologia mental ou alguma dependência química.
No filme, Neto é visto como um “louco”, que precisava ser isolado do mundo por ser um perigo à sociedade dita “normal”. Não houve profissionalismo, humanização dentro do contexto apresentado. Ele não foi ouvido, ele não foi examinado, ele não foi investigado. Ele simplesmente foi depositado dentro de um manicômio, lugar onde na minha opinião, não é lugar para recuperar alguém com dependência química.
Em vista do que foi exposto, acredito que a enfermagem já está sendo grande figura do movimento em prol dos direitos do portador de doença mental e dependência química e a prevenção aos agravos das mesmas.
Portanto, para que seja possível a extinção do “Bicho de 7 Cabeças”, o qual se construiu em torno de atitudes consideradas frutos da loucura, é de suma importância que a enfermagem coloque todos os conceitos estudados em prática e acima de tudo, preze por um cuidado livre de maus tratos, pela escuta terapêutica e pela transposição da barreira que separa o doente mental e o dependente químico da vida plena em sociedade.
Aluna: Margareth Tacla
O filme além de abordar as questões de éticas profissionais, aborda também a questão de drogas, relação entre pais e filhos, que em minha opinião foi muito carente nessa história.
O personagem vivido por Rodrigo Santoro, vive “literalmente no mundo da lua”, sem objetivos, com frustações e conflitos com ele mesmo.
Diante da história, percebi que ele tinha sonhos, desejos e fantasias, mas estava vivendo num mundo vazio, escuro e sem vida. Faltava algo, foltou amor, crinho e compreensão.
Mesmo com as atitudes que hoje nós julgamos erradas, era apenas um adolescente, que um dia fui também.
O pai ao encontrar um cigarro de maconha no casaco do filho, fez disso um “BICHO DE 7 CABEÇAS”, se quer tentou uma aproximação para dialogar, compreender e ajudar.
Por más informações em questões de comportamento diante das drogas, a família achou que estaria ajudando, o internou em um manicômio, onde o adolescente conviveu com pacientes psiquiátricos em estado avançado.
A internação já começou mentirosa, levando o pai a mentir dizendo que iria passear com o filho, e esse passeio era para um buraco escuro, mentiroso e sem nenhum tipo de defesa e compreensão.
Lá dentro, viveu o mundo do medo, da mentira e da tristeza, do abandono o que ele carregará para sempre.
Aluna: Tamara Tedesco
O filme mostra conflitos familiares.
Neto, na adolescência, na fase rebelde, não tem diálogo algum com os pais.
Por encontrar um cigarro de maconha nas coisas do filho, os pais decidem que ele deve ser internado em uma clínica psiquiátrica.
Mais um conflito, os pais sem saber o que fazer, pedem ajuda à alguém sem experiência alguma de vida, a filha mais velha.
Então é privado de ter a liberdade e de pensar como alguém normal.
As consequências desta internação desnecessária são grandes. De um adolescente saudável a um paciente psiquiátrico, com objetivos incorrigíveis.
Algo que no momento era muito bom (maconha) foi punido tão severamente que o superego começou punir também fazendo-se culpar.
Aluno:
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